• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

"Porque, hoje, já não dão."


O STF está julgando a liberação do porte de maconha para uso próprio. A favor da medida estão, como sempre, cantores, jornalistas, sociólogos, advogados, surfistas e ex-presidentes que, durante seus governos, nunca tiveram uma política sobre drogas em termos de esclarecimento, prevenção e cura –entre os quais, FHC. Mas o que pensam a respeito os profissionais da saúde, como os médicos e os psiquiatras?


A entrevista da dra. Ana Cecilia Marques, presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas), à Folha ("População não entende liberação de droga para uso próprio, diz psiquiatra", 21/8), responde a essa pergunta. Merece ser acessada e lida na íntegra. Mas aqui vão alguns de seus principais pontos.


"A população não entenderá que a liberação é só para uso pessoal. Pensará que liberou geral. * Nos países que aplicaram essa flexibilização, houve aumento de consumo entre adolescentes, de dependência da cannabis e da facilidade para consumir outras drogas. * Fala-se do porte individual, mas onde cada um vai comprar? De empresas que plantem, colham e fabriquem o cigarro. Ou seja, vai-se criar uma indústria da maconha, como a do álcool. * Quem dita a política do álcool no Brasil? A Ambev. Quem ditará a política da droga? A indústria da droga.



"Onde está escrito que a droga é um problema individual, que não afeta terceiros?
* A maconha não é um simples produto. É uma droga psicotrópica, que atinge o córtex pré-frontal, que controla a autonomia. O usuário não controla a quantidade que usa nem os seus atos e muito menos as consequências, que não atingem só a ele. "As pessoas vão usar mais, vão pirar mais e não haverá leitos ou serviço de saúde que deem conta dos quadros de intoxicação e dependência – porque, hoje, já não dão."
Autor - Ruy Castro, Folha de São Paulo 

IML afirma: álcool está presente no sangue de 21% das vítimas em acidentes


A Gerência de Estatística do Departamento de Trânsito (Detran) divulgou, nesta semana, um levantamento com dados fornecidos pelo Instituto Médico Legal (IML) que apontou que 21% das pessoas vítimas fatais no trânsito do Distrito Federal, no primeiro semestre deste ano, tinham ingerido bebida alcoólica. O exame de sangue realizado pelo IML indicou resultado positivo para álcool em 38 das 180 pessoas.


De acordo com o Detran, nas vias internas das cidades, o segmento que apresentou maior índice de vítimas alcoolizadas foi o de motociclistas. Os dados mostraram que cinco dos 20 motociclistas mortos tinham ingerido bebida alcoólica, um índice de 25%. Já nas rodovias distritais e federais que cortam o DF, a presença de álcool foi constatada no sangue de quatro dos 25 motociclistas mortos (16%).

Com base nesses dados, o Detran informou que já preparou ações educativas e de fiscalização com foco na condução de motocicletas. O órgão esteve presente no evento Brasília Motocapital, ocorrido em julho deste ano, na Granja do Torto, para realizar uma campanha educativa com o slogan “Motociclista: se beber, não pilote”.

A ocorrência de alcoolemia também esteve presente em 16 dos 56 pedestres mortos (28%) e cinco dos 20 ciclistas vitimados (25%). A análise por tipo de via apontou que o número de pedestres mortos sob efeito de álcool foi de 35% nas rodovias (11 de 31) e 25% nas vias urbanas (5 de 20); já os ciclistas alcoolizados representaram 30% das ocorrências nas rodovias (3 de 10) e 20% nas vias urbanas (2 de 10).


Fonte - Jornal de Brasília