• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Anvisa simplifica processo de importação de canabidiol por pessoas físicas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) simplificou, nessa quinta-feira (18), os trâmites necessários para importação de produtos à base de canabidiol, beneficiando pessoas físicas e o uso próprio. A partir de agora, a documentação apresentada pelos interessados na importação terá validade de um ano, sendo necessária apenas a apresentação da receita médica a cada novo pedido de importação.

Para a primeira importação de derivado do canabidiol, a pessoa física deverá preencher formulário com dados gerais, além de apresentar prescrição e laudo médico. O solicitante também deverá assinar termo de responsabilidade, junto ao médico responsável pelo tratamento. A partir da primeira autorização, o solicitante terá autorização de importação excepcional por um ano.

A Anvisa retomará, na primeira semana de janeiro, a discussão sobre a reclassificação do canabidiol. Será durante a primeira reunião da diretoria do órgão em 2015. A informação foi confirmada para famílias de pacientes que fazem uso da substância no Brasil, após reunião com a diretoria da agência. Atualmente, o produto está classificado na lista de substâncias proscritas (proibidas).

Recentemente, o Conselho Federal de Medicina decidiu autorizar neurocirurgiões e psiquiatras a prescrever remédios à base de canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsia, cujos tratamentos convencionais não surtiram efeito.

Fonte - Agência Brasil

Fumantes do sexo masculino são três vezes mais propensos a perder cromossomos Y, mostra pesquisa

Fumantes do sexo masculino são três vezes mais propensos a perder cromossomos Y, mostra pesquisa
Homens que fumam são três vezes mais propensos a perder seus cromossomos Y que os não fumantes. A conclusão é da pesquisa da Universidade de Uppsala, na cidade de Uppsala, na Suécia, publicada pela revista americana “Science”. Uma vez que a perda desses cromossomos está associada a um maior risco de idosos do sexo masculino terem câncer, a descoberta pode ajudar a explicar o motivo de homens desenvolverem tumores e morrerem da doença em maiores proporções que mulheres e também o motivo de o fumo parece ser um fator de risco maior para eles que elas.

Os cientistas analisaram dados de mais de seis mil homens, levando em conta idade, hábitos de exercício, níveis de colesterol, nível educacional e outros fatores de saúde e de comportamento. Eles descobriram que é mais comum que o cromossomo Y, importante para a determinação do sexo e produção do esperma, desapareça das células sanguíneas fumantes em comparação aos homens que nunca fumaram. Esse efeito depende do nível de dependência do usuário. Alguns homens que pararam de fumar, por exemplo, chegaram a recuperar cromossomos Y. Uma das explicações para isso é a de que a perda de cromossomos Y seja um processo dinâmico e reversível.

Ainda não está claro se a perda dos cromossomos Y é a causa do desenvolvimento do câncer ou se é um indicador de danos gerais causados nos cromossomos por causa do tabagismo. No entanto, indica que o hábito de fumar é um fator de risco evitável para a perda de cromossomos Y.

O estudo lembra que o tabagismo matou cerca de cem milhões de pessoas ao longo do século XX e deve matar um bilhão no século XXI. Apesar de o câncer de pulmão ser o principal tipo de tumor associado ao tabagismo, fumar é um fator de risco para outros tipos da doença, fora do aparelho respiratório, que são mais comuns em homens que em mulheres.


Fonte - O Globo

Cientistas dos EUA criam bafômetro para maconha no trânsito

Cientistas dos EUA criam bafômetro para maconha no trânsito
Dirigir sob influência de drogas é ilegal em vários países, inclusive no Brasil. Mas, até hoje, os policiais precisam esperar por exames de sangue para confirmar se um motorista está sob efeitos de entorpecentes, o que pode levar até 24 horas, fazendo com que a fiscalização não seja eficaz. Agora, pesquisadores da Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveram um bafômetro capaz de detectar o THC, princípio ativo da Cannabis sativa, com resultados gerados quase que imediatamente.

O dispositivo usa a tecnologia de espectrometria de massa por íons, que é usada por profissionais de segurança de aeroportos para detectar drogas e explosivos. O protótipo, que poderá ser testado em humanos já no próximo ano, não é projetado para calcular o “quão drogado” um condutor pode estar, mas simplesmente para confirmar se eles têm THC em seus corpos.

A intenção é, no caso do teste acusar níveis de THC, o motorista ser direcionado a um exame de sangue que poderia ser usado como prova em tribunal. O consumo de drogas afeta habilidades de condução das pessoas, e pode dar-lhes tempos de reação mais lentos, náuseas, alucinações, ataques de pânico, paranoia, tontura, fadiga e dificuldade de concentração, o que poderia aumentar as chances de um acidente.

Fonte - O Tempo

Lei Antifumo entra em vigor nesta semana

Lei Antifumo entra em vigor nesta semana
Entra em vigor nesta quarta-feira (3) a Lei Antifumo que proíbe, entre outras coisas, fumar em locais fechados, públicos e privados, de todo o país. Para especialistas, a medida é um avanço no combate ao hábito de fumar. Pouco mais de 11% da população brasileira são fumantes.


Com a vigência da Lei 12.546, aprovada em 2011 mas regulamentada em 2014, fica proibido fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. Se os estabelecimentos comerciais desrespeitarem a norma, podem ser multados e até perder a licença de funcionamento.

A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda, onde era permitida publicidade em displays. Fica permitida a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os males provocados pelo fumo. Além disso, os fabricantes terão que aumentar os espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que deverão aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.

Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, em áreas abertas de estádios de futebol, em vias públicas e em tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções também estão cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar, caso isso faça parte do ritual.

Nas Américas, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), 16 países já estabeleceram ambientes livres de fumo em todos os locais públicos fechados e de trabalho: a Argentina, Barbados, o Canadá, Chile, a Colômbia, Costa Rica, o Equador, a Guatemala, Honduras, a Jamaica, o Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago, o Uruguai e a Venezuela.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, o mais comum de todos os tumores malignos, estão relacionados ao tabagismo. A instituição estima que em 2012 foram diagnosticados mais de 27 mil novos casos da doença, considerada “altamente letal”.


Fonte - Agência Brasil

Álcool danifica área do cérebro responsável pelo autocontrole, aponta pesquisa

Álcool danifica área do cérebro responsável pelo autocontrole, aponta pesquisa
Cientistas acreditam que descobriram a causa de alcoólatras não conseguirem parar de beber. De acordo com o estudo da Harvard Medical School, dos Estados Unidos, as bebidas alcoólicas danificam a parte do cérebro encarregada do autocontrole e, quanto mais a pessoa a consome, menos autocontrole terá.


De acordo com as informações divulgadas pelo site DailyMail, as varreduras do cérebro realizadas em alcoólatras mostraram que a massa branca dos lobos frontais do cérebro foram altamente danificadas pelo consumo das bebidas.

Para especialistas, os lobos frontais são o centro de integração para todas as outras áreas do cérebro que são encarregadas de características comportamentais, como o autocontrole, julgamento e aprendizagem. Com a deterioração dessa parte do cérebro, o paciente fica sem o controle dos seus impulsos e, sem isso, ele não consegue parar de beber.

O estudo envolveu 31 alcoólatras abstinentes com uma média de 25 anos de uso excessivo do álcool e cerca de cinco anos de sobriedade, e 20 indivíduos do grupo controle não alcoólicos. Constatou-se que o abuso de álcool interrompe os caminhos que permitem que as diferentes partes do cérebro se comuniquem de maneira eficaz.

Fonte - Portal R7

Conselho autorizará prescrição de canabidiol por médicos de todo o país

O Conselho Federal de Medicina (CFM) discute os termos de uma resolução que autorize os médicos de todo o país a prescreverem, para uso medicinal, remédios feitos a partir da substância canabidiol, um derivado da maconha (Cannabis sativa) que não causa efeitos alucinógenos ou psicóticos. A falta de normatização sobre o assunto é uma das dificuldades para que pessoas que estão em tratamento devido a doenças graves obtenham uma receita médica para pleitear, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorização para importar medicamentos feitos a partir do canabidiol
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A expectativa é que a proposta de texto seja apreciada durante a próxima reunião da instituição médica. Segundo Frederico Garcia, representante do CFM no Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (Conad), uma das hipóteses em análise é autorizar o chamado uso compassivo do canabinóide (conjunto de substâncias derivadas da Cannabis sativa, dentre elas o canabidiol) como mais um procedimento clínico.

“Qualquer procedimento clínico precisa ser autorizado pelo CFM. O que o CFM vai fazer é autorizar o uso compassivo para situações extremas, emergenciais, e nas quais médico e paciente discutem quais os benefícios e os possíveis riscos do tratamento. Se os dois estiverem de acordo, assinam um termo de consentimento e de responsabilidade”, disse Garcia à Agência Brasil após participar, ontem (12), da reunião ordinária do Conad, em Brasília. De acordo com o médico a norma, na prática, dará amparo legal aos especialistas que prescreverem o uso do canabidiol.

Há meses o CFM vem avaliando o uso do canabidiol para fins medicinais. A instituição já se manifestou favorável às pesquisas com quaisquer procedimentos e substâncias, inclusive os canabinóides, que possam amenizar os transtornos causados por doenças para as quais outros tratamentos já aprovados não surtiram efeitos sob alguns pacientes. A publicação de uma resolução, no entanto, tem sido discutida com cautela, levando-se em conta as conclusões de vários estudos científicos e a ponderação entre eventuais riscos e benefícios.

De forma inédita, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) antecipou-se e publicou, no mês passado, uma resolução que autoriza os médicos que atuam no estado a receitar, mediante o consentimento do paciente ou de seu responsável legal, o canabidiol para o tratamento das epilepsias mioclônicas graves em crianças que não tenham reagido bem aos tratamentos convencionais.

Segundo o vice-presidente do Cremesp, Mauro Aranha, a resolução paulista levou em conta o fato de que, para liberar a importação e o uso clínico do canabidiol, a Anvisa exige que não apenas os pais dessas crianças, mas também seus médicos, assinem um termo de responsabilidade dando ciência de que o medicamento ainda não foi devidamente testado. “Essa é a primeira dificuldade das famílias que procuraram a Anvisa, pois os médicos estavam temerosos de receitar, pois o Código de Ética Médica determina que o profissional só pode prescrever o que já estiver regulamentado pelas autoridades sanitárias – o que não é o caso do canabidiol”.

Aranha disse ter sido informado de que o CFM está finalizando sua resolução que estenderá aos médicos de todo o país a decisão já adotada em São Paulo. “Quando um conselho de ética se pronuncia neste sentido, liberando o uso terapêutico de uma substância, acaba por fazer com que as pessoas repensem [preconceitos]”.

Para a representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Loiva Santos, é necessário ampliar o debate. “Não estamos defendendo a liberação das drogas, mas sim exigindo o acesso ao uso terapêutico de certas substâncias. Há pesquisas que mostram a redução dos danos causados pelo crack quando substituído [durante o tratamento] pela maconha. Há profissionais da saúde que propõem essa substituição a usuários de crack, mas eles não podem falar nisso abertamente. Por isso precisamos regulamentar essas práticas”, diz Loiva, defendendo que as autoridades públicas e os profissionais de saúde devem levar em consideração o bem-estar do paciente e de sua família.

Fonte - Agência Brasil

Pesquisa: maioria dos usuários de cocaína tem problema cardíaco sem sintomas

Pesquisa: maioria dos usuários de cocaína tem problema cardíaco sem sintomas
Ao todo, 71% das pessoas que consomem cocaína possuem algum tipo de afetação leve no coração, embora não apresentem sintomas, uma anomalia que caso se agrave pode provocar infarto ou morte súbita e que poderia ser revertida deixando de consumir a droga.


Essas conclusões fazem parte de um estudo apresentado nessa quinta-feira em Valência, que conseguiu quantificar a magnitude do efeito que o consumo de cocaína produz no sistema cardiovascular e detectá-lo em pacientes assintomáticos por meio de técnicas de imagem. A pesquisa foi feita em 94 pessoas, sendo 81 homens, com a participação do Eresa Grupo Médico, três hospitais valencianos e um de Londres.

O resultado foi publicado na revista científica "Journal of Cardiovascular Magnetic Resonance", e é a primeira pesquisa destas características que analisa de forma global todas as cavidades do coração e a aorta em pacientes assintomáticos.

Após utilizar uma técnica de imagem de cardio-ressonância magnética, se estudou o tamanho e a função do coração das pessoas que participaram da pesquisa e se pôde detectar danos leves localizados no miocárdio de 71% delas.

Uma segunda fase do estudo tentará determinar quais são os fatores que condicionam a afetação cardíaca nos usuários de cocaína, que fatores de consumo (via, dose ou anos de ingestão) influem em sua aparição ou se a doença é reversível quando deixam de consumir a droga e têm um manejo cardiológico adequado.

Em uma terceira fase, o objetivo é estudar por meio de coronariografia não-invasiva (CTC) o efeito do consumo de cocaína nas coronárias de pessoas viciadas não fumantes, viciadas fumantes e fumantes não consumidores de cocaína.

O perfil do paciente estudado é o de pessoas que foram a alguma Unidade de Conduta Adictiva (UCA) de Valência buscando acabar com sua dependência à cocaína. Segundo Alicia Maceira, o objetivo do estudo é alertar às pessoas que querem deixar de consumir cocaína a que procurem um cardiologista, embora estejam assintomáticas.

Fonte - Agência EFE

Consumo de maconha por adolescentes pode causar danos ao sistema imunológico

Consumo de maconha por adolescentes pode causar danos ao sistema imunológico
Uma nova pesquisa publicada no “Journal of Leukocyte Biology” sugere que a exposição precoce à maconha pode afetar o desenvolvimento do sistema imunológico. Composta por cientistas italianos, a equipe constatou que o uso de maconha na adolescência pode causar sérios danos a longo prazo. Tais danos podem resultar em doenças autoimunes e doenças inflamatórias crônicas, como a esclerose múltipla; doença inflamatória do intestino e artrite

reumatoide na fase adulta.

Para chegar a essa descoberta, os cientistas injetaram em um grupo de ratos "adolescentes" THC, o principal componente ativo da maconha, por 10 dias. Este período no ciclo de vida do rato corresponde ao período da adolescência em humanos. Um segundo grupo de animais testados recebeu apenas um placebo. No final do tratamento, ambos os grupos foram deixados em repouso durante aproximadamente dois meses, até atingirem a idade adulta completa.

Em seguida, a atividade do sistema imunitário foi avaliada considerando diversas medidas importantes, tais como a capacidade dos leucócitos de produzir citocinas para montar uma resposta de anticorpos à vacinação ou a capacidade do macrófago para partículas de fagócitos. O grupo de ratinhos tratados com THC na adolescência tinha alterações graves nas respostas imunitárias na idade adulta.

Para os cientistas, esses estudos não só apontam a adolescência como uma fase-chave da sensibilidade do sistema imunológico, mas também como dramáticos e duradouros os efeitos negativos que o abuso da droga por adolescentes pode ter sobre a função imunológica. Os estudiosos esperam que o risco de adoecimento na fase adulta seja um fator de impedimento do abuso de maconha entre os jovens.

Fonte - Medical News Today (com adaptações)

Estudo relata prejuízo do consumo do álcool durante a gravidez

Estudo relata prejuízo do consumo do álcool durante a gravidez
Nova pesquisa norte-americana sugere que uma em cada 20 crianças dos Estados Unidos podem ter problemas de saúde ou comportamentais relacionados à exposição ao álcool antes do nascimento. O estudo revelou, ainda, que entre 2,4 por cento e 4,8 por cento das crianças têm algum tipo de transtorno do espectro do álcool fetal.


Para os pesquisadores, a alta prevalência de crianças afetadas pelo álcool durante a gravidez pode ser devido a pressões sociais ou dificuldade das mulheres em mudar seus hábitos de consumo. De outro lado, a exposição ao álcool é a principal causa evitável de defeitos congênitos e deficiência intelectual e de desenvolvimento neurológico

O estudo explica que os distúrbios do espectro do álcool fetal incluem o transtorno de síndrome alcoólica fetal, que significa o fim mais grave do espectro. As crianças com essa condição têm características anormais faciais, anormalidades cerebrais estruturais, problemas de crescimento e problemas de comportamento. Já as crianças na extremidade menos graves do espectro podem ter deficiências na capacidade de executar as tarefas necessárias para fazer bem na escola, ou ter problemas de comportamento.

Este estudo também identificou fatores que produzem um risco maior de que uma criança ser prejudicada pelo consumo de álcool materno. Por exemplo, o tempo que levou a mãe ao saber que ela estava grávida e a frequência com que ela bebeu três meses antes da gravidez.

Fonte - HealthDay News (com adaptações)

Pesquisadores comparam consumo do álcool a distúrbios do sono

Pesquisadores comparam consumo do álcool a distúrbios do sono
Um artigo publicado no jornal eletrônico “Behavioral Brain Research” indica mudanças que acontecem no cérebro resultantes de exposição crônica ao álcool. A pesquisa constatou que o consumo elevado pode levar a perturbações no ciclo de sono.


As avaliações realizadas mostram que os indivíduos com transtornos por uso de álcool sofrem grave distúrbio no sono. Isso pode ocorrer quando as pessoas estão bebendo ativamente, quando elas estão passando por retirada ou, até mesmo, quando estão em abstenção.

Um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo afirma que os distúrbios do sono-vigília podem durar meses ou mesmo anos depois de parar de beber. Esse dado indica que o abuso crônico de álcool pode causar efeitos negativos a longo prazo sobre o sono.

Alterações cerebrais

Os pesquisadores acreditam que a utilização crônica de álcool conduz a uma disfunção de células colinérgicas (células que sintetizam o neurotransmissor acetilcolina), em uma zona do tronco cerebral, chamada tegmento pedúnculo. Essa área está envolvida na regulação de diversos aspectos do sono.

Como um resultado da exposição prolongada de álcool, a atividade de produtos químicos que estimulam os neurônios no cérebro aumenta enquanto diminui simultaneamente a atividade de um composto químico que inibe essa atividade neuronal. Essa alteração resulta no excesso de atividade de produtos químicos no cérebro, provocando uma ruptura no ciclo normal do sono.
 
Fonte - Medical News Today (com adaptações)

Criatividade não é melhorada através do uso de maconha, diz pesquisa

Criatividade não é melhorada através do uso de maconha, diz pesquisa
Algumas pessoas acreditam que fumar maconha aumenta a criatividade. Mas um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leiden, na Holanda, afirma que este não é o caso; fumar maconha pode até prejudicar a criatividade. A equipe de pesquisa publicou recentemente suas descobertas na revista Psychopharmacology.


Efeitos como descontração e aumento da criatividade têm sido atribuídos ao principal ingrediente psicoativo da maconha – o tetrahidrocanabinol (THC). Os pesquisadores queriam testar como a maconha - com diferentes doses de THC - influencia o pensamento criativo. Foram observados 59 usuários regulares de maconha para o estudo que os dividiu em três grupos.

Um grupo recebeu a cannabis com teor elevado de THC (22 mg, equivalente a três articulações). A outro grupo foi dado cannabis com uma dose baixa de THC (5,5 mg, equivalente a uma articulação), enquanto ao grupo restante foi dado um placebo. Duas formas de pensamento criativo foram medidas: o pensamento divergente (chegando com ideias, explorando o máximo de soluções possíveis) e o pensamento convergente (encontrar a única resposta correta a uma pergunta).

Resultados

Os pesquisadores descobriram que a maconha com THC com altas doses prejudicava o pensamento divergente entre os participantes em comparação com uma dose baixa de THC e um placebo. Em participantes expostos a altas doses, houve diminuição na fluência, flexibilidade e originalidade das respostas dos participantes.


Além disso, o estudo constatou que os participantes que fumavam maconha com baixa dose de THC não superam significativamente os outros grupos. Desse modo, baixas e altas doses da substância parecem não ter efeito sobre o pensamento convergente dos participantes.

O estudo conclui que a melhoria da criatividade é uma ilusão. Para superar um bloqueio ou qualquer outra lacuna criativa, fumar maconha não é a melhor opção. E aumentar as doses pode até ser contraproducente para o pensamento criativo.

Fonte - Medical News Today (com adaptações)

Anvisa aprova 113 pedidos excepcionais de uso de canabidiol

Anvisa aprova 113 pedidos excepcionais de uso de canabidiol

Pesquisadores têm apontado efeitos positivos do uso do derivado da maconha em pacientes com mal de Parkinson
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu desde abril deste ano 167 pedidos excepcionais de importação do canabidiol (CDB), substância derivada da maconha, para uso pessoal. Segundo a agência, o prazo para a liberação tem sido em média de uma semana.

Segundo a Anvisa, 113 pedidos foram aprovados, dez aguardam o cumprimento de exigência pelos interessados e 39 estão sob análise na área técnica. Outros quatro pedidos foram arquivados por interesse da família ou por falecimento do paciente.

Pesquisadores têm apontado efeitos positivos no uso do canabidiol em pacientes com mal de Parkinson, ansiedade, esquizofrenia e alguns transtornos de sono, entre outras doenças. No entanto, segundo a Anvisa, a substância nunca vem pura. Normalmente ela vem com uma pequena porcentagem de THC, substância proibida no Brasil, pois está na a Lista F2 da Portaria 344/1998, do Ministério da Saúde, que trata de psicotrópicos.

Além disso, o canabidiol não tem eficácia e segurança registrados na Anvisa, o que é necessário para a comercialização de medicamentos no país. Por esses motivos, os pacientes que querem usar a substância precisam fazer esse pedido excepcional.

O uso medicinal do CDB passou a ser discutido nacionalmente depois que Katiele Fischer foi a justiça pedindo autorização para usar o medicamento na filha Anny, de 6 anos. Segundo a mãe, Anny tinha até 80 crises convulsivas por semana, e depois que passou a usar o canabidiol esses eventos pararam de acontecer.

A diretoria colegiada da Anvisa chegou a discutir a possibilidade de permitir o uso controlado do CDB no Brasil, porém, ainda não houve decisão a respeito.

Para se solicitar a autorização excepcional para a importação de produto à base de canabidiol, o solicitante deve preencher um formulário específico, encontrado no site da Anvisa, e juntá-lo ao laudo médico, à prescrição e ao termo de responsabilidade/esclarecimento.

Fonte - O Dia

Outras informações

Segundo a Agência Brasil, a Anvisa reforçou que, no país, a importação de medicamentos sujeitos a controle especial sem registro no Brasil, por pessoa física, é possível por meio de pedido excepcional de importação para uso pessoal. “Havendo esse pedido formal, acompanhado de prescrição médica, laudo médico e termo de responsabilidade, a Anvisa analisará a possibilidade de autorizar a aquisição”.

O pedido de excepcionalidade é necessário porque medicamentos sem regulamentação no país não contam com dados de eficácia e segurança registrados. Nesse caso, cabe ao profissional médico a responsabilidade pela indicação do produto, especialmente na definição da dose e das formas de uso.

Para dar início ao pedido excepcional de importação para uso pessoal, é necessário enviar uma solicitação ao gabinete do diretor-presidente da agência e apresentar documentos como o laudo e a prescrição médica.

Repercussão 


Conforme mostrou O TEMPO no último domingo, um caso de sucesso do uso de canabidiol é da menina Anny Fischer, 6, primeira a conseguir a autorização da Anvisa para importar o remédio, em abril.

“A Anny nasceu com uma síndrome rara, a CDKL5 (causadora de epilepsia grave). Aos 45 dias de vida, teve sua primeira convulsão, e aí começou nossa luta. Tentamos tudo o que nos foi recomendado pelos médicos, mas nada adiantava. Ela tinha de 60 a 80 crises por semana, pesava menos de 12 kg e era uma boneca em cima de uma cama. Agora (depois de dez meses tomando o remédio), ela está ótima, com 17 kg, alegre, não teve mais crises”, contou Norberto Fischer, pai de Anny.

Pesquisas com a substância não são permitidas no país, mas os próprios pacientes relatam as melhoras.

Audiências - Na última segunda-feira, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realizou uma audiência pública para discutir o marco legal do uso da maconha. O projeto é fruto de uma proposta popular e está sendo debatido com a sociedade desde o dia 2 de junho.

Na edição da última terça-feira, O TEMPO adiantou que o destino da proposta pode ser um plebiscito, segundo relatou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), após a segunda de quatro audiências públicas que o Senado promoverá para decidir o futuro do assunto. 


Uso legal

Discussão - A proposta de origem popular que prevê a descriminalização da maconha pode tornar-se um projeto de lei ou um plebiscito. O arquivamento da discussão foi descartado. 


Documentação

Para dar início a pedidos de medicamentos, é preciso:

Prescrição médica com o nome do paciente e do medicamento
Laudo e justificativa para uso de medicamento sem registro no país
Termo de responsabilidade do médico e paciente
Formulário de solicitação de importação


Fonte - O Tempo

Consumo de álcool associado à direção reduz 45%

Em sete anos, a frequência de adultos que dirigem após o consumo abusivo de álcool foi reduzida em 45%, segundo dados de um estudo do Ministério da Saúde, divulgado nessa segunda-feira (6). O índice passou de 2% em 2007, para 1,1% em 2013.

A redução mostra uma mudança significativa nos hábitos da população após a aprovação das duas edições da lei seca (2008-2012), tornando mais rígida a proibição do consumo de álcool associado à direção. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, que entrevistou 52,9 mil pessoas maiores de 18 anos durante o ano de 2013.

A coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, explica que a redução significativa pode ser atribuída ao rigor da legislação, implantada pelo governo federal. “Uma lei mais rígida mexe com o comportamento da população de todo o país”, destaca a coordenadora.

De acordo com o estudo, houve uma queda de 47% no consumo de bebidas alcoólicas entre os homens associado à direção. De 4,0% em 2007 para 2,1% em 2013. Já entre as mulheres, este percentual se manteve estável 0,3 no mesmo período. A pesquisa identificou também queda de 62% no consumo de álcool relacionado ao volante na faixa etária de 35 a 44 anos, passando de 2,1% para 0,8%.

Houve ainda uma redução no consumo de álcool quando se trata do número de anos de escolaridade. Entre pessoas com mais de 12 de escolaridade, a redução passou de 2.8% para 1.7%.

Os dados apontam ainda diminuição no consumo de álcool associado à direção entre os homens nos estados: Salvador, Maceió, Macapá, Porto Velho, Palmas e Belo Horizonte. E um aumento significativo entre as mulheres, de 0,1 para 0,4%; entre 2007 e 2013; em São Paulo. Já entre os homens, o consumo em São Paulo registrou 2.9%.

Foram encontradas também diferenças entre as regiões entre homens e mulheres. Na região Norte, a redução foi de 54% - passando de 2,2% para 1,0% - e no Nordeste de 50% - de 2,4% para 1,2%. Na região sul, a queda de consumo de álcool associado ao volante foi de 47% - de 2,1% para 1,1%; na região Centro-Oeste a diminuição foi de 40% - passando de 3,0% para 1,8% - e no Sudeste também foi 40%, de 1.5% para 0.9%.

Acidentes

Em 2012, 44.812 mil pessoas perderam a vida no trânsito. Essa violência reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, foram registradas 169.869 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de 229 milhões de reais.

Com o objetivo de reduzir as mortes e número de pessoas feridos em decorrência de acidentes no trânsito, em junho de 2010, o Ministério da Saúde implantou o Projeto Vida no Trânsito. Entre suas ações está a realização de campanhas educativas e a qualificação dos sistemas de informação sobre acidentes, feridos e vítimas fatais.

Com o banco de dados atualizado, os gestores de saúde podem identificar os fatores de risco e as vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios, assim como os locais onde o risco de acidente é maior. Desde a implantação do Vida no Trânsito, já foram liberados cerca de R$ 41,3 milhões para as atividades do projeto.

Lei Seca


Para inibir o consumo de bebidas alcoólicas antes de dirigir, em dezembro de 2012, o governo federal sancionou e tornou mais rígida a Lei 12.760, conhecida como Lei Seca. A medida autoriza o uso de testemunhos, exame clínico, imagens e vídeos como meios de provas para confirmar a embriaguez de motoristas.

Quem for pego dirigindo sob influência de álcool ou outra substância psicoativa terá a carteira de habilitação recolhida e o veículo retido. O motorista está sujeito à multa, no valor de R$ 1.915,40, e à suspensão do direito de dirigir por 12 meses. O valor da multa dobrará em caso de reincidência.

Fonte - Portal da Saúde

Exercitar memória de curto prazo diminui contato de adolescentes com drogas


Adolescentes com forte memória de trabalho, ou seja, de curto prazo, têm mais probabilidades de prevenir o contato precoce com drogas, mesmo que tenham sido expostos a estas anteriormente. A conclusão é de um estudo feito por investigadores da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.


A equipe, coordenada por Atika Khurana, avaliou quase 400 meninos e meninas de 11 a 13 anos em situação de risco. Eles foram acompanhados até ao final da adolescência.

Estudos anteriores já indicaram que, quando jovens experimentam drogas muito cedo, o risco de se tornarem dependentes no futuro é muito alto. Apesar disso, há os que deixam de usar a substância conforme envelhecem. Para os cientistas, a memória de curto prazo pode ser um fator que colabora para isso.


Para comprovar a tese, a equipe aplicou quatro diferentes testes de memória nas crianças e acompanhou a evolução dos participantes em relação ao uso de drogas. No fim, ficou claro que os jovens que apresentaram um bom desempenho nos testes foram os menos propensos a progredir no uso das substâncias.

A explicação, segundo os cientistas, é que regiões pré-frontais do cérebro, ligadas à atenção e à memória de curto prazo, são capazes de exercer controle sobre o comportamento impulsivo e a busca por recompensa imediata.

A descoberta aponta para novas abordagens para a prevenção do uso de drogas. O trabalho, publicado na revista Development and Psychopathology, sugere que um ambiente familiar com rotinas estruturadas e estimulação cognitiva pode fortalecer a memória de trabalho em crianças já a partir dos três anos. Para as mais velhas, a indicação é de atividade que estimulem a competência social e a resolução de problemas.

Fonte - University of Oregon

Família de Criciúma, no Sul, luta pela liberação de uso do canabidiol

Família de Criciúma, no Sul, luta pela liberação de uso do canabidiol
Coisas simples como sorrir, balbuciar sons e responder a estímulos visuais ou auditivos são uma conquista para uma menina de quatro anos em Criciúma, no Sul do Estado. Portadora de CDKL5, rara síndrome genética com apenas seis casos no Brasil, a menina luta contra crises convulsivas desde bebê.

Ela foi capaz de fazer coisas pela primeira vez recentemente, graças ao tratamento com a pasta de canabidiol (CBD). Antes, pouco se movia. Passava os dias deitada, com o olhar inexpressivo, e tinha de 20 a 30 crises convulsivas por semana. Aos dois anos, a menina chegou a sofrer de 15 a 20 crises por dia.

— Ela ficava como uma bonequinha de pano, com o olhar perdido. Nos primeiros dias que a gente começou a dar o CBD ela apresentou melhora. Vai fazer quatro meses que ela está usando e chegou a ter um período de 30 dias sem crise. No último mês, teve apenas quatro ou cinco — conta o pai, cujo nome foi omitido pela reportagem para preservar a família.

Menina tem melhora com o tratamento

Além da visível melhora, ela deixa de depender de medicações que provocavam efeitos colaterais. Foi por meio de uma rede online, que une pais de crianças com CDKL5, que o canabidiol se tornou alternativa para Natália, no final do ano passado. Antes, já haviam tentado todos os anticonvulsivantes disponíveis, sem melhora no quadro.

Empolgados com a resposta ao tratamento com outras crianças, a família decidiu adquirir o canabidiol. Embora tenha a prescrição do pediatra da menina, falta parte da documentação necessária. O pai decidiu pedir ajuda a um amigo para conseguir a pasta, que nos Estados Unidos é vendida como suplemento alimentar e custa cerca de US$ 500 a unidade.

— O pediatra até prescreveu o CBD, mas não forneceu o laudo e a responsabilidade técnica, esse é o problema — diz o pai.

A ideia é comprovar a melhora por meio de exames para conseguir o aval dos médicos, levantar a documentação e importar o canabidiol legalmente.
 
Fonte - Diáriocatarinense

Estudo americano aponta círculo vicioso em quem fuma maconha

Estudo americano aponta círculo vicioso em quem fuma maconha
Segundo o estudo, os jovens que usam maconha frequentemente experimentam um aumento de sensação negativa nas 24 horas anteriores ao uso. Nesse sentido,
fumar maconha como uma técnica de enfrentamento de situações problemáticas pode tornar mais complexo e real o cenário de um círculo vicioso.

Para o estudo, foram recrutadas 40 pessoas, com idades entre 15 e 24 anos, que usaram maconha pelo menos duas vezes por semana, embora sua média tenha sido de 9,7 vezes por semana. Elas foram treinadas para usar um computador de mão que lhes assinalava em um horário aleatório dentro de intervalos de três horas (quatro a seis vezes por dia) durante duas semanas. A cada sinal, os participantes foram questionados sobre humor, se estavam acompanhados, disponibilidade de maconha e uso recente da droga. Os participantes também foram solicitados a relatar imediatamente sobre qualquer uso de maconha. Eles completaram mais de 3.600 relatórios.

Resultado

Os pesquisadores descobriram que o afeto negativo aumentou significativamente durante as 24 horas anteriores ao uso da maconha em comparação a outros períodos. No entanto, a sensação de afeto positivo não variou no período antecedente ao uso da maconha em comparação a outras épocas.

O estudo conseguiu coletar os dados em tempo real para avaliar o humor em comparação ao uso de maconha. Por fim, indica-se aos médicos e conselheiros que ajudem seus pacientes a identificar padrões de sentimentos negativos e implementar estratégias de regulação de humor para substituir o uso da maconha.

Fonte - Medical News Today (adaptado)

Maconha diminui chances de jovem terminar os estudos

Maconha diminui chances de jovem terminar os estudos
Adolescentes que fumam maconha com frequência têm menos chances de concluir os estudos na escola e de conseguir um diploma no ensino superior do que jovens que não são usuários da droga.É o que descobriram pesquisadores após analisarem os resultados de pesquisas feitas anteriormente sobre o assunto.


O trabalho ainda indicou que o uso da maconha aumenta em até oito vezes as chances de os adolescentes consumirem outras drogas ilícitas nos anos seguintes.A nova pesquisa, feita por especialistas da Austrália e Nova Zelândia, se baseou nos dados de 3765 pessoas que fumavam maconha e que fizeram parte de três estudos científicos sobre os impactos da droga na adolescência.Segundo a análise, publicada nesta terça-feira no The Lancet Psychiatry, fumar maconha todos os dias antes dos 17 anos diminui em até 60% as chances de o adolescente concluir os estudos em comparação com nunca ter usado a droga.

O estudo fornece uma evidência consistente de que prevenir ou postergar o uso de maconha pode promover amplos benefícios sociais e de saúde, diz o coordenador da pesquisa, professor do Centro Nacional de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade de New South Wales, na Austrália. Iniciativas para reformular leis sobre o uso de maconha devem ser avaliadas cuidadosamente para garantir que o uso da droga entre adolescentes diminua.

Fonte - odebate.com.br (adaptado)

Brasil é o 2º consumidor mundial de cocaína e derivados, diz estudo

Brasil é o 2º consumidor mundial de cocaína e derivados, diz estudo

Mais de 6 milhões de brasileiros já usaram cocaína, crack, óxi ou merla. Unifesp divulgou segunda parte de levantamento detalhado sobre drogas. O Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína e derivados, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e divulgado nesta quarta-feira (5). O estudo mostra que o país responde hoje por 20% do mercado mundial da droga.


Ao todo, mais de 6 milhões de brasileiros já experimentaram cocaína ou derivados ao longo da vida. Entre esse grupo, 2 milhões fumaram crack, óxi ou merla alguma vez e 1 milhão foram usuários de alguma dessas três drogas no último ano.
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Só nos últimos 12 meses – ou seja, de janeiro a março de 2011 até o mesmo período de 2012, quando as pessoas foram entrevistadas –, 2,6 milhões de adultos e 244 mil adolescentes brasileiros consumiram cocaína sob alguma forma.

Destes usuários constantes, 78% aspiraram o pó, 5% fumaram derivados e 17% usaram as duas formas. Além disso, 27% fizeram uso diário ou superior a duas vezes por semana, e 14% admitiram já ter injetado a droga na veia em alguma ocasião.

Segundo os autores da pesquisa, coordenada pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, essa é a primeira amostra representativa da população brasileira sobre o uso e a dependência de cocaína. Como equivale à nossa população, a cidade de São Paulo, por exemplo, teve mais participantes. Por essa razão, os resultados dão uma noção mais precisa de onde o país se encontra hoje entre os consumidores de drogas.
Fonte - G1

Consumo diário de maconha coloca em risco saúde e bem-estar


Consumo diário de maconha coloca em risco saúde e bem-estar

Os adolescentes que usam maconha diariamente correm um risco maior de se tornarem dependentes de drogas, cometer suicídio ou experimentar outras drogas e são menos propensos a ter sucesso em seus estudos do que aqueles que a evitam, anunciaram pesquisadores australianos nesta quarta-feira (10).

Em uma análise de estudos sobre a cannabis, os cientistas afirmaram que esses efeitos de longo prazo sobre a saúde e a vida são importantes, uma vez que vários países estão planejando afrouxar a legislação sobre o uso da planta.


A cannabis é a droga ilícita mais consumida em todo o mundo, apesar de haver uma tendência para sua descriminalização em alguns países.

"Nossas descobertas são particularmente oportunas, dado que vários estados dos EUA e países da América Latina têm feito movimentos para descriminalizar ou legalizar a cannabis, levantando a possibilidade de a droga se tornar mais acessível para os jovens", disse Richard Mattick, professor do Centro Nacional de Pesquisa sobre Drogas e Álcool da Universidade de New South Wales, na Austrália, que co-liderou o estudo.

Usando dados de três estudos amplos e de longa duração, os pesquisadores descobriram que as pessoas que começam a fumar maconha diariamente antes dos 17 anos têm uma probabilidade 60% menor de concluir o ensino médio ou obter um diploma universitário.

A análise cruzada também indicou que os os que usam diariamente maconha durante a adolescência são 7 vezes mais propensos a tentar o suicídio, tem 18 vezes mais risco de dependência da substância, e são 8 vezes mais propensos a usar outras drogas ilícitas na vida adulta.

"Os formuladores de políticas precisam estar cientes de que o uso precoce de cannabis está associado a uma série de resultados negativos para os jovens adultos que afetam sua saúde, bem-estar, e também suas realizações", disse Edmund Silins, também do Centro Nacional de Pesquisa sobre Drogas e Álcool, que apresentou os resultados em uma coletiva de imprensa 


Ligações Claras e consistentes

Dados recentes mostram que os jovens em alguns países estão começando a usar maconha mais cedo do que antes e que mais adolescentes estão fazendo uso pesado de maconha.

Nos Estados Unidos, cerca de 7% dos estudantes no último ano do ensino médio usam diariamente ou quase diariamente maconha, enquanto na Inglaterra, 4% dos jovens de 11 a 15 anos informou ter usado maconha no mês passado.

Na Austrália, cerca de 1% dos jovens de 14 a 19 anos de idade são usuários diários da droga, enquanto 4% fuma semanalmente.

Silins disse que quaisquer mudanças na legislação sobre a cannabis devem ser avaliadas cuidadosamente para garantir que elas vão ajudar a reduzir o consumo de maconha na adolescência e prevenir seus efeitos potencialmente adversos.
O estudo, publicado na revista "Lancet Psychiatry", analisou dados de até 3.765 participantes consumidores de maconha com relação a sete efeitos no desenvolvimento até a idade de 30 anos.

Esses fatores incluíram a conclusão do ensino médio, a obtenção de um diploma universitário, dependência da cannabis, o uso de outras drogas ilícitas, tentativas de suicídio, depressão e o bem-estar.

Constataram-se associações claras e consistentes entre frequência do consumo de cannabis durante a adolescência e os resultados na maioria dos jovens adultos investigados, mesmo após o controle de potenciais fatores de interferência como idade, sexo, etnia, nível socioeconômico, uso de outras drogas e doenças mentais.

Fonte - Reuters - G1

Risco de dependência por cigarro é maior que por cocaína, diz estudo

Risco de dependência por cigarro é maior que por cocaína, diz estudo
Relatório preparado pela organização de controle do tabagismo Campanha Crianças Livres do Tabaco (CTFK) lançado nesta terça-feira, 02, no Brasil, mostra que cigarros estão com mais poder de dependência e perigosos. Feito a partir da análise de pesquisas científicas e de documentos fornecidos pela indústria do tabaco, o trabalho afirma ser mais fácil tornar-se dependente de cigarro do que de cocaína e de heroína. A mudança, afirma o documento, é resultado de estratégia adotada pelas companhias.

Ao longo dos últimos 50 anos, assegura o relatório, os produtos passaram a apresentar um teor maior de nicotina, tiveram a inclusão em sua fórmula de amônia e açúcares, que aumentam seu efeito e tornam a fumaça mais fácil de ser inalada.O próprio formato do cigarro mudou: produtos passaram a trazer filtros com pequenos orifícios, muitas vezes imperceptíveis, que levam o fumante a aumentar o volume e a velocidade de aspiração.

Alta engenharia, avalia o relatório, para aumentar a atratividade, facilitar o consumo e a dependência.Nicotina e heroína apresentam mecanismos semelhantes para o desenvolvimento da dependência, afirmou à reportagem um dos autores do relatório.Ele observou, no entanto, que o número de experimentadores de cigarro que se tornam dependentes é maior do que os que entram em contato com a heroína pela primeira vez.Documentos reunidos no relatório mostram que os teores de nicotina dos cigarros aumentaram 14,5% entre 1999 e 2011.Substância encontrada naturalmente na planta do tabaco, a nicotina, quando chega aos pulmões, é absorvida pela corrente sanguínea e em segundos é transportada para o cérebro.

Os sintomas de abstinência surgem logo nas primeiras horas depois de parar de fumar.Pesquisadores afirmam no trabalho que a amônia acrescentada ao tabaco aumenta a velocidade com que a nicotina chega ao cérebro e a sua absorção, o que torna a sensação de prazer mais rápida e mais intensa. A amônia também torna a fumaça do cigarro mais suave, o que facilita a sua inalação pelos pulmões. Além da maior capacidade de desenvolver dependência, as mudanças ampliaram o risco de câncer de pulmão.As misturas do tabaco e os aditivos tornaram a fumaça do cigarro mais fácil de ser inalada, aumentando os níveis de nicotina no sangue e no cérebro.

Outros agentes potencializaram o impacto da nicotina, como o acetaldeído produzido com a queima do açúcar adicionado ao cigarro. Tudo isso aumenta o risco de dependência.O pesquisador, que é da Universidade da Califórnia, ressaltou que, principalmente nos Estados Unidos, cigarros passaram a ter uma concentração maior de nitrosaminas específicas do tabaco, uma substância carcinogênica. Essa última mudança, associada com a adoção de filtros ventilados - que levam a inalações mais profundas - torna o fumante mais vulnerável e exposto a substâncias, aumentando o risco de câncer provocado pelo consumo do cigarro.

De acordo com o trabalho, apesar de fumarem menos, tanto homens quanto mulheres têm um risco muito maior de desenvolver câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica do que em 1964, quando foi divulgado o primeiro relatório produzido pelo governo americano sobre o impacto do tabagismo na saúde.O pesquisador americano ainda criticou a suspensão no Brasil da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibia a adição de produtos que conferissem sabor para os cigarros.

Fonte - EXAME

Bebidas energéticas podem fazer mal ao coração, aponta estudo

Bebidas energéticas podem fazer mal ao coração, aponta estudo
Os energéticos, bastante consumidos por jovens em festas, podem levar a problemas no coração, diz estudo apresentado neste domingo durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que acontece em Barcelona até quarta-feira. Segundo o autor da pesquisa, da Faculdade de Medicina de Nice, na França, o consumo em excesso dessas bebidas pode levar a condições adversas incluindo angina, arritmia cardíaca e até mesmo morte súbita.

Cerca de 96% dessas bebidas possuem cafeína, com uma lata típica de 250 mililitros contendo o equivalente a dois cafés expressos. A cafeína é um dos mais potentes estimulantes dos receptores de rianodina e leva a uma grande liberação de cálcio dentro das células cardíacas. Isso pode causar arritmias, mas também tem efeitos sobre a capacidade do coração de se contrair e usar oxigênio.O estudo analisou diversos casos associados ao consumo de energéticos entre janeiro de 2009 e novembro de 2012 e contou com a participação de 15 especialistas, incluindo cardiologistas, psiquiatras, neurologistas e fisiologistas.

Durante o período, foram reportados 257 casos, sendo que 212 forneceram informações suficientes para análise.Os especialistas informaram que, dos casos reportados, 95 apresentaram sintomas cardiovasculares, 74, psiquiátricos; e 57, neurológicos, com sobreposição em alguns. Paradas cardíacas ou mortes inexplicadas aconteceram em ao menos 8 dos casos, enquanto 46 pessoas apresentaram arritmia, 13 tinham angina e 3, hipertensão.Nós encontramos que a síndrome da cafeína era o problema mais comum, acontecendo em 60 pessoas. Ela é caracterizada por taquicardia, tremores, ansiedade e dor de cabeça.

Eventos raros, mas severos, também foram associados a essas bebidas, como morte súbita, arritmia e parada cardíaca.O estudo recomenda que pessoas que já apresentam algum problema no coração devem evitar o consumo de energéticos, pois a cafeína pode exacerbar a condição com consequências fatais. Ademais, registrou-se alerta sobre o risco de consumo dessas bebidas durante exercícios físicos ou misturadas com álcool

Fonte - O globo

Mais de um quarto de milhão de jovens que nunca tinham fumado um cigarro usaram e-cigarros em 2013

Mais de um quarto de milhão de jovens que nunca tinham fumado um cigarro usaram e-cigarros em 2013
Mais de um quarto de um milhão de jovens que nunca tinham fumado um cigarro usaram cigarros eletrônicos em 2013, de acordo com um estudo do CDC publicado na revista Nicotine e Pesquisa do Tabaco. Esse número reflete um aumento de três vezes, passando de cerca de 79 mil em 2011, para mais de 263.000 em 2013.

Os dados, que vem de 2011, 2012, 2013 e dos levantamentos do National Youth Tobacco de alunos do ensino fundamental e médio, mostram que os jovens que nunca fumaram cigarros convencionais, mas que usaram e-cigarros, eram quase duas vezes mais propensos na intenção de fumar cigarros convencionais do que aqueles que nunca haviam usado os e-cigarros. Entre os jovens não-fumantes que já tinham usado os e-cigarros, 43,9 % disseram que possuem a intenção de fumar cigarros convencionais, no próximo ano, em comparação com 21,5% dos que nunca tinham usado os e-cigarros.
Existe uma preocupação, por parte dos pesquisadores do CDC, com o uso de nicotina entre os jovens, independentemente do fato de provir de cigarros convencionais, e-cigarros ou outros produtos do tabaco. Não só é altamente viciante de nicotina, mas pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro do adolescente

Há evidências de que os efeitos adversos da nicotina sobre o desenvolvimento do cérebro do adolescente pode resultar em défices duradouros na função cognitiva. A nicotina é altamente viciante. Cerca de três em cada quatro fumantes adolescentes se tornarem adultos fumantes, mesmo que eles pretendam deixar a dependência em poucos anos. O aumento do número de jovens que usam e-cigarros deve ser uma preocupação para os pais e para a comunidade de saúde pública, especialmente porque os usuários jovens de e-cigarros eram quase duas vezes mais propensos a terem a intenção de fumar cigarros convencionais em comparação com jovens que nunca tinha experimentado e-cigarros.

O estudo também analisou a associação entre a publicidade ao tabaco e intenções do tabagismo entre estudantes de ensino fundamental e médio. Os alunos foram questionados sobre se já haviam visto os anúncios de tabaco na internet, em revistas e jornais, em lojas de varejo, e em programas de televisão e filmes. Consistente com estudos anteriores, este estudo constatou que os jovens que relataram exposição a anúncios de cigarros tiveram maiores taxas de intenções de fumar do que aqueles que não foram expostos a esses anúncios.

Os pesquisadores também descobriram que quanto maior o número de fontes de exposição de publicidade para os jovens expostos, maior a sua taxa de intenção de fumar cigarros. 13% dos estudantes que disseram que não tinha a exposição a esses anúncios tinham intenção de fumar, em comparação com 20,4% entre aqueles que relataram exposição de uma a duas fontes de anúncios e de 25,6% entre aqueles que relataram exposição de três para quatro das fontes.
Mais de 50 anos desde que o Relatório do Surgeon Genera, marco ligando o cigarro ao câncer de pulmão, o tabagismo continua a ser a principal causa de morte e de doenças evitáveis ​​nos Estados Unidos. Fumar mata quase meio milhão de americanos a cada ano. Mais de 16 milhões de americanos vivem com uma doença relacionada ao tabagismo.

Doenças relacionadas ao fumo custam 132 bilhões de dólares americanos por ano em despesas com cuidados diretos de saúde , muito disso vem em pagamentos suportados pelos contribuintes. A cada dia, mais de 3.200 jovens americanos fumam seu primeiro cigarro. O Surgeon General concluiu que a menos que a taxa de tabagismo seja rapidamente reduzida, 5,6 milhões de crianças norte-americanas vivas hoje - cerca de um em cada 13 - irá morrer prematuramente de uma doença relacionada ao tabagismo.

Fonte - MedicalNewsToday (Adaptado)

A ingestão de antidepressivos durante a gravidez pode estar relacionada ao risco de hiperatividade das crianças, sugere um estudo americano publicado nesta terça-feira em uma revista do grupo Nature

A ingestão de antidepressivos durante a gravidez pode estar relacionada ao risco de hiperatividade das crianças, sugere um estudo americano publicado nesta terça-feira em uma revista do grupo Nature.
A ingestão de antidepressivos durante a gravidez pode estar relacionada ao risco de hiperatividade das crianças, sugere um estudo americano publicado nesta terça-feira em uma revista do grupo Nature.

Os transtornos por déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) se caracterizam pelas dificuldades que algumas crianças têm em se concentrar ou realizar atividades complexas.Estas desordens afetariam de 3% a 5% das crianças em idade escolar na França, segundo diferentes estudos, e se caracterizam por uma forte impulsividade e a dificuldade para permanecer sentado no mesmo lugar ou esperar sua vez.Neste estudo publicado na Molecular Psychiatry (grupo Nature), especialistas do Massachusetts General Hospital "observam um risco persistente de TDAH após uma exposição aos antidepressivos, particularmente durante o primeiro trimestre" de gravidez.Este estudo estatístico foi realizado com dados de um sistema de cuidados do nordeste dos Estados Unidos, com uma amostra de 2.243 menores com problemas de TDAH e com 1.377 crianças autistas.

O objetivo inicial era estabelecer se os antidepressivos durante a gravidez provocam um maior risco de autismo, como alguns estudos haviam sugerido.Neste sentido, os cientistas consideram que, finalmente, o vínculo é "não significativo", já que é preciso levar em conta outro fator potencialmente agravante para o autismo em crianças: o estado depressivo da mãe.Por sua vez, os pesquisadores descobriram que é significativa a associação entre a ingestão de antidepressivos por parte da mãe gestante e o risco de desordens de atenção com hiperatividade em crianças.Este risco é, no entanto, "modesto em termos absolutos", e o resultado pode ter sido afetado por erros em matéria de classificação, reconhecem os pesquisadores, que exigem estudos adicionais sobre este assunto.

Em um comentário separado, o psiquiatra britânico Guy Goodwin também se mostra prudente. Considera que o alcance do estudo é limitado e estima que é possível e inclusive provável que o efeito observado esteja relacionado a riscos genéticos crescentes, herdados da mãe, de sofrer transtornos psiquiátricos.


Fonte - istoedinheiro.com.br

Difusão de informações sobre os riscos do consumo da droga: Um desafio europeu

Relatório da EMCDDA
A Comissão Europeia utilizou fundos de cinco programas financeiros da UE para apoiar uma série de projetos que visam, entre outros aspetos, reforçar a captura e identificação de novas substâncias psicoativas e os riscos que lhes estão associados.


Difusão de informações sobre os riscos do consumo da droga: Um desafio europeu

Os jovens europeus estão menos informados sobre os efeitos e riscos de drogas do que há alguns anos atrás. Uma pesquisa recente, chamada de Eurobarómetro (Eurobarometer survey), demonstra que, em comparação com 2011, os participantes dos questionários utilizam principalmente a Internet para obter informações e têm menores probabilidades de receber informações de outras fontes, intituladas de campanhas mediáticas e programas de prevenção escolares. ,

Como os novos números confirmam, é crucial aumentar o conhecimento e a divulgação de informação junto dos jovens.A Comissão Europeia utilizou fundos de cinco programas financeiros da UE para apoiar uma série de projetos que visam, entre outros aspectos, reforçar a apreensão e identificação de novas substâncias psicoativas e os riscos que lhes estão associados. Um novo relatório publicado hoje apresenta uma panorâmica dos 18 projetos que se beneficiaram do financiamento desde 2007.

Alfândegas: A Comissão adota uma estratégia e um plano de ação para uma melhor gestão dos riscos aduaneiros

Uma nova estratégia para melhorar a gestão dos riscos, juntamente com um plano de ação pormenorizado, foi adotado pela Comissão. É essencial a existência de uma gestão sólida dos riscos aduaneiros para proteção e da segurança da UE e dos seus cidadãos, bem como para proteger os interesses dos agentes econômicos e os interesses financeiros da UE, viabilizando, simultaneamente, a fluidez das trocas comerciais.

À medida que o volume do comércio aumenta e a cadeia de abastecimento internacional se torna cada vez mais complexa e em rápida evolução, o quadro de gestão dos riscos aduaneiros deve ser adaptado e desenvolvido em conformidade. A nova estratégia pretende garantir que o setor aduaneiro ganhe em coerência, eficiência, eficácia e rentabilidade, no que se refere à identificação e supervisão dos riscos da cadeia de abastecimento, de uma forma que reflita as realidades do mundo de hoje. O plano de ação define medidas específicas para alcançar estes objetivos, conjuntamente com os atores responsáveis e estabelece prazos claros para o fazer.


Fonte - rostos.pt

Efeito de eventual legalização da maconha sobre a violência divide opiniões

Efeito de eventual legalização da maconha sobre a violência divide opiniões

A regulamentação da produção, comércio e uso da maconha pode ajudar a reduzir a violência associada ao tráfico de drogas? A questão levantada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi um dos pontos centrais de debate promovido nesta segunda-feira (11) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Embora os dois debatedores convidados tenham, em geral, questionado a efetividade da repressão, houve muitas opiniões divergentes após a abertura da palavra aos demais presentes.

Relator da sugestão popular para regulamentação do uso medicinal e recreativo da maconha (SUG 8/2014), Cristovam disse que recebeu muitas críticas por colocar o assunto em debate, mas argumentou que "é um crime" fechar os olhos para o problema das drogas. A comissão aguarda a opinião do senador para decidir se a proposta vai virar projeto de lei.

- O Brasil está perdendo a guerra contra as drogas. Temos que procurar outro caminho para enfrentar essa guerra. Ou regulamentando, não para permitir o uso, mas para resolver o problema, ou criando novos mecanismos que, sem regulamentar, façam com que a gente consiga ganhar – observou.

O coronel Jorge da Silva, ex-chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro, concordou com o senador. Ele disse que, embora já tenha sido favorável à prisão de usuários e à proibição total das drogas, os índices de violência demonstram que o atual modelo proibicionista não deu resultados positivos.

- Esse modelo, em vez de cumprir a sua finalidade, que é proteger a juventude, massacra a juventude – afirmou o coronel, ressaltando que as populações mais pobres são as principais vítimas da violência que envolve traficantes e policiais.

Segundo Nivio Nascimento, do programa Estado de Direito do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), faltam evidências de efeitos da regulamentação da maconha, seja no nível de consumo ou na redução da violência. Ele defendeu um equilíbrio entre ações destinadas à redução da oferta e à redução da demanda.

- Durante muitos anos, as políticas de drogas se centraram na redução da oferta por meio de ações de repressão ao uso, porte e tráfico de entorpecentes. Erros ocorreram, mas também acertos. O fato é que ficou em segundo plano a redução da demanda, que se traduz em ações destinadas a educação, tratamento e reintegração social de usuários e dependentes – disse.

Opiniões contrárias

Na fase de abertura da palavra aos que acompanhavam a audiência na plateia, houve mais manifestações contrárias à regulamentação, com argumentos como a relação entre o uso da maconha e o consumo de drogas mais nocivas.

Segundo Rossana Brasil, presidente da Comissão de Políticas Públicas sobre Drogas da OAB-CE, o uso de drogas é uma doença incurável e progressiva que leva a apenas dois caminhos: cadeia ou cemitério. Segundo ela, a maconha funciona como uma porta de entrada para o mundo das drogas.

Nazareno Feitosa, da Federação Espírita do Distrito Federal, levantou uma série de pontos contrários à regulamentação e questionou eventuais benefícios da maconha para uso terapêutico. Em sua opinião, a legalização da maconha tampouco é caminho para se reduzir a violência.

- As leis e as proibições não eliminam totalmente os crimes, mas diminuem sua incidência e o número de vítimas. É assim na China, em Cuba, nos EUA e na Suécia, para citar alguns exemplos. E a legalização da maconha não influenciaria o tráfico, pois somente 20% do dinheiro do tráfico advêm da maconha – afirmou.

Contrária à legalização, Solange Palhardo, coordenadora do projeto "Amor à vida, droga não!", relatou a morte de um familiar, que teria ocorrido em decorrência do uso de drogas.

O ex-deputado federal Luiz Bassuma disse que a questão passa também por interesses comerciais. Para ele, o Brasil não pode servir como laboratório para a questão.

- O que está por trás são especulações de grupos poderosos. O Brasil, diferente do Uruguai, hoje tem terras improdutivas em que a maconha se aplica muito bem. Na hora que tornar legal, os traficantes do mundo vão comprar droga aqui – afirmou.

'Maniqueísmos'

Em resposta às críticas à regulamentação, o coronel Jorge da Silva disse que é preciso evitar maniqueísmos e apostar em um modelo que paute a prevenção em vez da proibição.

- Eu fico impressionado com o fato de as pessoas quererem demonstrar os males da maconha. Quem está dizendo que não faz mal? Claro que ela faz mal também, mas alguns aspectos da cannabis podem ser utilizados para o bem. Costumo ouvir das pessoas comentários como: meu irmão foi drogado e sou contra por isso. A minha filha não sei o quê. Mas, vem cá, ele foi drogado em que modelo? – rebateu.

Segundo ele, o álcool é tão ou mais maléfico que a maconha para a saúde, mas ninguém propõe a criminalização do uso do primeiro.

- Na minha cabeça não entra criminalizar um e não criminalizar outro. Se vamos criminalizar tudo, então, vamos conversar – disse.

Felipe Marques, estudante de Ciências Política da Unb, observou que, mesmo sendo proibido, o consumo de maconha não cessa.

- Não se trata de legalizar. Já está legalizado. As pessoas consomem independente de estar proibido ou não. Quando você legaliza, você dá a chance ao estado de pelo menos acolher essas pessoas – ponderou.

Fonte - Senado