• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Maior dose de ondansetrona é eficaz para tratar alcoolismo


A ondansetrona, substância comumente utilizada para evitar náusea em pessoas que estão sob quimioterapia, teve sua eficácia testada no tratamento de dependentes de álcool. Em estudo realizado no Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o médico João Maria Corrêa Filho verificou sua ação em dose maior do que vem sendo utilizada e comprovou o retardamento do consumo de álcool, além da redução de sintomas de depressão e do desejo pelas bebidas alcoólicas. Ele também descobriu quais são os fatores que tornam o abandono do tratamento mais propício.

Preferir cerveja foi um fator associado a não desistir do tratamento, segundo a pesquisa

A ondansetrona atua como antagonista do receptor da serotonina, substância envolvida com a sensação de prazer promovida pela bebida alcoólica. Assim, “esse antagonismo faz com que o prazer que poderia sentir ao se ingerir a bebida diminua”, explica Corrêa Filho, que testou a dose de 16 miligramas (mg) por dia, usada atualmente apenas para tratamento de enjôo. Esta dosagem diária é maior do que a aplicada anteriormente – 4 microgramas a cada quilo do paciente (mcg/kg) – e surtiu efeito nos pesquisados em relação aos medicados com placebo. Os dependentes medicados com o fármaco demoraram mais a ingerir o primeiro gole de bebida alcoólica (54,7 versus 40,9 dias, em média, a partir do início do tratamento) e a ter o primeiro consumo intenso (58,4 versus 45,4 dias, em média). Além disto, a pesquisa descobriu que a dose de 16 mg testada, além de diminuir o prazer na bebida, chegou a melhorar sintomas depressivos dos testados, bem como a reduzir o desejo de consumir álcool.
 
A pesquisa foi feita de 2007 a 2010 com 102 alcoolistas, com idade entre 18 e 60 anos, que buscaram tratamento para a dependência no IPq. Metade deles recebeu placebo e a outra metade, as 16 mg da ondansetrona, divididas em duas doses diárias, por via oral. A medicação foi acompanhada de entrevistas sobre os sintomas depressivos e técnicas motivacionais, exames para avaliar o consumo ou não de álcool, conversas com a família e de encontros no grupo Alcoólicos Anônimos (AA). Abandono do tratamento
O abandono do tratamento foi grande e chegou a 50% dos pesquisados, taxa equivalente à média de outros tipos procedimentos de reabilitação, de acordo com a literatura médica. O pesquisador, porém, não esperava este resultado, já que o ensaio clínico foi planejado para não perder pacientes ao longo do tratamento.

Quando o dependente não ia aos encontros semanais, “a gente ligava para a família, chamava, buscava onde estava o paciente para ver se ele aparecia”, conta o médico. Após a etapa do tratamento, os resultados foram comparados a outras pesquisas com metodologias iguais feitas no mesmo grupo de estudo, o Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, mas que usavam medicamentos diferentes, como o topiramato, o acamprosato e a naltrexona.

O que se comprovou é que a porcentagem de pesquisados que concluíram o processo foi equivalente entre todas as substâncias. Corrêa Filho explica que “aparentemente, a maior adesão depende de questões pessoais e do tipo de tratamento que é ofertado, e não do efeito direto dos medicamentos avaliados”. No estudo intitulado Eficácia da ondansetrona no tratamento de dependentes de álcool e orientado por Danilo Antonio Baltieri, foi elaborada uma tipologia dos perfis de pacientes mais propícios a concluir ou não o tratamento. Os resultados mostraram que os mais suscetíveis à desistência são aqueles mais novos, que começaram os problemas por consumir bebida alcoólica precocemente, têm maior histórico familiar de alcoolismo, menos sintomas depressivos e maior gravidade do alcoolismo.

Já os fatores que individualmente aumentaram a chance da continuidade do tratamento foram a preferência pela cerveja, o tabagismo, a idade mais elevada e a assiduidade no grupo do AA.

Agência USP de Notícias - Por Laura Deus

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Álcool acelera envelhecimento da pele; veja bebidas mais nocivas

O vinho tinto é considerado pelos especialistas como a bebida menos nociva para a pele


Álcool acelera envelhecimento da pele; veja bebidas mais nocivas
O que diferencia uma bebida de outra quando o assunto são os danos para a pele é o que mais tem dentro dela além do álcool. Isso faz das bebidas claras as melhores opções, já que não têm açúcar extra, sal ou outros ingredientes agressivos  
Muitas pessoas conhecem os malefícios do álcool, mas na hora de saborear um bom drinque, é difícil pensar nas consequências. E quem se preocupa com a saúde da pele, também deve saber escolher a dedo o que vai beber.

O site do jornal Huffington Post listou alguns dos malefícios nesse sentido,  com a ajuda de David Colbert, fundador do New York Dermatology Group, e de Jessica Krant, professora do Suny Dowstate Medical Center.
Colbert alerta que o álcool pode nos fazer nos sentir bem, mas é uma “hepatoxina”, que tem impactos negativos especialmente no fígado. Ele explica que o álcool também contem congêneres, substancias químicas presentes durante o processo de fermentação que contribuem para a ressaca.
Além disso, o especialista afirma que o álcool desidrata a pele. “Isso significa que sua pele vai parecer menos macia e fresca na manhã seguinte”, ressalta. Confira a seguir quais são os mais prejudiciais neste sentido.

Bebidas claras (vodca, gim, tequila)

O que diferencia uma bebida de outra quando o assunto são os danos para a pele é o que mais tem dentro dela além do álcool. Isso faz das bebidas claras as melhores opções, já que não têm açúcar extra, sal ou outros ingredientes agressivos. Os especialistas afirmam que um drinque destas bebidas não vai trazer grande danos no dia seguinte. No entanto, vale lembrar que com este tipo de bebida é fácil perder o controle – e o excesso de álcool nunca é bom para sua pele.

Bebidas escuras (rim, uísque, tequila)

Assim como as bebidas claras, estas opções também vêm sem aditivos. Mas a diferença chave é a quantidade de congêneres. Jessica explica que este fator não só pode contribuir para uma ressaca mais pesada, como também o excesso de impurezas dos congêneres podem acelerar o envelhecimento da pele.

Mojitos e outros driques adocicados

O perigo destes drinques é o açúcar. “O açúcar, combinado com outros carboidratos em excesso, leva à inflamação sistêmica, que contribui com o dano das células e o aumento do envelhecimento”, explica Jessica.  Ela ressalta que quanto menos açúcar se usar na bebida, melhor. E não só os mojitos são culpados neste cenário: outras bebidas açucaradas como refrigerante, suco de laranja, energéticos e outros podem contribuir até mesmo para a acne.
Margaritas
Margaritas também são ricas em açúcar. Estes drinques à base de tequila  também vêm com uma dose extra de sal. “O consumo de sal contribui para o inchaço”, afirma a especialista, que ressalta que o efeito é temporário. “Porém, ninguém quer se sentir inchado no auge de uma ressaca”, completa.

Cerveja

A cerveja também é uma bebida rica em sal. “Se você ingerir muito sal terá sintomas como olhos inchados e pele cansada, e seu corpo irá pedir que você beba mais água para se livrar dele”, explica David. A boa notícia é que, em comparação às outras bebidas, a cerveja também tem algumas qualidades: contém antioxidantes e outros benefícios anti-idade. Mas lembre-se: a cerveja também é rica em álcool.

Vinho branco

O vinho branco contém açúcar e sal. O Dr. David lembra que a bebida pode causar o inchaço e, além disso, aumentar a fome. Além disso, infelizmente, o vinho branco não contém os mesmos benefícios saudáveis do que os já tão propagados do vinho tinto.

Vinho tinto

O vinho tinto, como já se sabe, pode ser bom para a saúde. Ele contém mais antioxidantes do que o branco, o que pode neutralizar alguns processos do envelhecimento. A dra. Jessica afirma que esta é a única bebida que pode contribuir para a saúde da pele.
No entanto, vale lembrar que o vinho tinto é uma das bebidas mais prejudiciais para quem tem problemas de pele, como a rosácea. Além disso, ele também pode causar a liberação de histamina em algumas pessoas, levando ao aumento da vermelhidão e uma ressaca um pouco mais pesada. “Qualquer tipo de alcool em excesso contribui mais para o envelhecimento da pele do que a protege”, finaliza Jessica.  

Fonte - Terra

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Progresso: Motoristas - Além do álcool outras drogas podem ser detectadas por aparelho

Motoristas - Além do álcool outras drogas podem ser detectadas por aparelho

Progresso: Motoristas - Além do álcool outras drogas podem ser detectadas por aparelho
Um projeto-piloto realizado pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Centro de Pesquisas em Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) pretende testar um equipamento que identifica o uso de drogas em motoristas a partir da saliva.

O uso do “drogômetro”, uma espécie de bafômetro para drogas, ainda está em estudo pelas entidades envolvidas, mas a PRF prevê sua aquisição até o primeiro semestre de 2014.

O projeto é feito em parceria com o Instituto de Saúde Pública da Noruega, país que, com Austrália, Estados Unidos e Canadá, é referência mundial no combate ao uso de álcool e drogas ao volante. Órgãos como a Brigada Militar e o Departamento de Trânsito do Estado (Detran-RS) também estão envolvidos no projeto.

Fabricado pela Alere, o chamado DDS-2 se assemelha a uma máquina leitora de cartão de crédito. Funciona a partir da saliva, colocada em uma espécie de canudo e processada por análise química em até cinco minutos.

Esta não é a primeira vez que se fala em drogômetro no país. Iniciativa semelhante ocorreu na capital paulista durante o Carnaval de 2013, em blitze da Lei Seca. Na ocasião, foi utilizado um equipamento semelhante, o chamado kit multidrogas. As diferenças entre os dois aparelhos, segundo a professora da Faculdade de Farmácia e do Laboratório de Toxicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Renata Pereira Limberger, são a automatização e a documentação – enquanto o primeiro é manual e não produz prova documental, o segundo é eletrônico e imprime o resultado.

– Por falta de legislação específica, esse (aparelho) ainda não é produzido, vendido nem registrado no Brasil. Por isso, após encerrada a fase de estudos, e se o resultado dos testes for satisfatório, será solicitado o registro para, posteriormente, sua aquisição (de forma) ampla – explica a pesquisadora.

Aparelho é capaz de flagrar diversos tipos de substâncias


Para o chefe do Serviço de Psiquiatria de Adição, da Unidade Álvaro Alvim do HCPA, Flávio Pechansky, o que torna o equipamento promissor é a possibilidade de flagrar vários tipos de drogas, como opiácios (morfina e heroína), cocaína, anfetaminas, metanfetaminas, benzodiazepínicos (tranquilizantes e ansiolíticos) e calabinoides (maconha), por exemplo. No Brasil, o abuso de substâncias não previstas no DDS-2, como os rebites, por exemplo, pressupõe uma adaptação do instrumento à realidade local.

Hoje, 5% das mortes no trânsito ocorrem devido ao uso de drogas ilícitas, conforme o Estudo do Impacto do Uso de Bebidas Alcoólicas e Outras Substâncias Psicoativas no Trânsito Brasileiro, lançado em 2010 pelo Centro de Pesquisa de álcool de Drogas da UFRGS. Para Pechansky, comparado ao percentual de 32% do uso de álcool, o índice é baixo, mas, em relação à realidade de outros países, é alto:

– O custo do drogômetro pode parecer caro (US$ 5 mil), mas, se comparar ao custo do teste em laboratório e ao custo das vidas que se vão, não representa muito – diz o pesquisador.

TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE O EQUIPAMENTO


O teste poderá acusar a presença de drogas na saliva até quanto tempo após o consumo?
Isso varia de acordo com o tipo de droga, mas estima-se que a identificação possa detectar o consumo realizado nas 24 horas anteriores ao teste.

Haverá punição para as pessoas que forem pegas no drogômetro durante a fase de testes?

Não. Na primeira etapa – a chamada “balada preventiva” –, não haverá punições. Será uma etapa com interesse de pesquisa.

Haverá exames em laboratório para confirmação dos testes?

Sim, na fase de pesquisa, os resultados do drogômetro passarão por confirmações posteriores.

A lei atual contempla a utilização do drogômetro?

Não, a legislação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) não inclui o uso do aparelho. Após a etapa dos testes, será necessária uma alteração da regulamentação para que, assim como o bafômetro, o equipamento possa ser utilizado.

REGULAMENTAÇÃO


Referência mundial no controle do uso de álcool e drogas no trânsito, a Noruega foi o primeiro país a regulamentar a proibição da bebida na direção, em 1936. Após a redução concreta do número de mortes por álcool, os noruegueses tiveram espaço para discutir outras drogas e o “texting” (uso do celular ao volante). No Brasil, a legislação que prevê punições para motoristas alcoolizados é de 2008, sendo que o uso de bafômetros passou a ocorrer de forma mais frequente em 2011, e a fiscalização tornou-se rígida apenas a partir de 2012. 

Atualmente, a proibição do uso de drogas na direção no Rio Grande do Sul é regulamentada pela resolução 075/2013, do Conselho Estadual de Trânsito do RS (Cetran-RS). A lei traz um protocolo que orienta os fiscais dos órgãos de trânsito a conferirem se o motorista fez o uso de drogas, a partir de evidências como a roupa desalinhada, os olhos vermelhos, o caminhar alterado e a respiração ofegante, entre outras características. 

O drogômetro, conhecido como DDS-2, faz a leitura sobre o que a pessoa usou, com a possibilidade de imprimir o comprovante. Seria uma facilidade extra para a fiscalização, que atualmente se baseia apenas em gestos e comportamentos. 

A aquisição do aparelho servirá para realização de testes que possam comprovar o consumo e, com isso, modificar a regulamentação. Segundo o inspetor da PRF Alessandro Castro, a intenção do órgão é adquirir o modelo para viabilizar o estudo. 
- Esperamos integrar o mais rápido possível com os demais órgãos de trânsito – explica. Coordenador da Balada Segura do Detran-RS, Adelto Rohr alerta que, para o equipamento ser usado na fiscalização do trânsito, é necessário que, antes, seja feita a sua regulamentação junto ao Denatran.

Autor - Lara Ely
Fonte - Zero Hora 

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Centro de atendimento tem 706 pessoas cadastradas. 27% dos pacientes são menores de 18 anos.

Usuários de cocaína e crack lideram atendimentos no Caps

Centro de atendimento tem 706 pessoas cadastradas.
27% dos pacientes são menores de 18 anos.

Kedma Araújo Do G1 Santarém
 
Pacientes CAPS - Cocaína e Crack
Paciente recebe atendimento psicológico
(Foto: Kedma Araújo/G1)
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em Santarém, oeste do Pará, de janeiro a outubro de 2013, o Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) cadastrou 706 pacientes. Desse total, 41% são usuários de pasta de cocaína ou crack, 37% utilizam álcool, 12% são usuários de cigarro, 8% usam maconha e 2% usam pó de cocaína ou cola.
Segundo a psicóloga do Caps AD, Carla Myrian, o aumento do tráfico na cidade facilitou o consumo de cocaína e crack. “E muitos traficantes, no intuito de viciar o usuário, começaram a mesclar drogas, como por exemplo, maconha com cocaína. E a tendência é o usuário procurar sempre por algo mais forte”, completa.
Conforme o cadastro, 27% dos pacientes são menores de 18 anos. Carla afirma que a evasão escolar, a falta de concentração e a dificuldade no aprendizado, são alguns sinais de alerta na conduta de adolescentes. “Comportamento mais agressivo, dormir demais ou olhos vermelhos são questões que tem que ser levadas em consideração. E também ver as amizades que esse jovem está saindo. É necessário ter essa preocupação, porque cada vez mais atendemos pacientes de 14 anos ou até menos”.

Caps AD
 
A equipe do Caps AD é formada por psicóloga, enfermeira, clínico geral, psiquiatra, assistente social, terapeuta ocupacional e técnicos de enfermagem.  Na instituição, o paciente é acolhido e após o cadastro, é atendido de acordo com a necessidade.

Além de atendimentos individuais, oferece terapias em grupo, onde o paciente tem contato com outras pessoas que estão passando pela mesma dificuldade. “A família também recebe suporte por meio de atendimentos individuais e grupos terapêuticos voltados aos familiares, onde recebem orientação de como conviver, o que fazer e como ajudar o paciente. Temos as oficinas terapêuticas que são variadas e relativas de acordo com a preferência deles, como artesanato com jornal, culinária, fabricação de gesso”, diz Carla.
O eletricista, Antônio Eugênio Filho, de 45 anos, recebe atendimento no Caps AD há dois anos. Ele começou a usar drogas durante um relacionamento. “Comecei com maconha, depois fui para cocaína, e quando eu fiquei dependente eu usava tudo, álcool e até remédios. 

Usava tudo que me tirasse do estado normal, não fazia nada sem droga”, lembra.
Atualmente, o eletricista está há um ano sem usar drogas. “Cada dia é um passo no tratamento pra mim. Minha vida profissional está começando a voltar ao normal, reconquistei minha família, que nunca me largou, mas recuperei a confiança deles. Meus filhos tinham medo de mim. Hoje já reconquistei o amor, o carinho deles, eles me abraçam, dizem que me amam, falam que eu sou o melhor pai do mundo, isso pra mim é uma injeção de ânimo para eu não voltar para aquela vida”.
 
Comunidade Terapêutica
 
Outro lugar que trabalha a recuperação de dependentes químicos, em Santarém, é a Comunidade Terapêutica Família Feliz. De acordo com o responsável pela instituição, o pastor José Carlos Lopes, mais de 2 mil homens foram atendidos em oito anos.
Na comunidade, o paciente fica hospedado por oito meses e não é obrigado a permanecer internado. “Nós só trabalhamos com a internação voluntária, onde o paciente não vai estar preso, não vai estar obrigado”.
O programa de recuperação distribui atividades para cada paciente. “Na terapia ocupacional eles limpam os ambientes e cuidam da horta. Nas aulas eles vão aprender sobre a recuperação, a vida e a postura deles; e o que eles têm que fazer para ficar longe do vício e vivenciar na prática dentro da comunidade”, explica o coordenador.

O técnico em informática, Marcos Gomes, de 42 anos, está em recuperação e dá aula de informática aos outros pacientes. Para ele, o isolamento é fundamental para a recuperação. “Se eu continuasse naquela vida, ia causar mais prejuízo para minha família, para os meus conhecidos e clientes. Precisava me isolar para minha mente estabilizar. O isolamento é a maior ajuda que tem nesse tratamento”, explica.

Faltam voluntários

Atualmente, a instituição é carente de ajuda profissional. De acordo com o coordenador da Comunidade Terapêutica, o quadro de funcionários é composto por pessoas que passaram pelo programa de recuperação e são voluntários. “Muita gente diz que quer ajudar, que vai ser voluntário, mas são muito vulneráveis, se empolgam e desempolgam muito rápido”.
Lopes afirma que é difícil encontrar quem queira trabalhar voluntariamente. Segundo ele, é necessário ter um terapeuta ocupacional, um psicólogo e um médico para acompanhar os tratamentos.

Para ajudar nas despesas, a instituição reaproveita zinco para montar outdoor e recebe uma contribuição financeira de algumas famílias dos pacientes. A comunidade também conta com a ajuda do Programa Mesa Brasil, do Sesc, o que ajuda nos custos de alimentação. “Tem dias que aperta financeiramente, então eu começo ligar, e felizmente temos pessoas que se eu ligar ajudam”, diz o coordenador da Comunidade.
O servidor público, Giovani Feitosa, de 48 anos, buscou tratamento na Comunidade após perceber os danos que a dependência química estava causando em sua vida, como perda de salário e dificultando cada vez mais o relacionamento familiar. “A fraqueza me levou a usar drogas. Usei os problemas familiares e a solidão quando viajava e ficava longe da família, como desculpa para entrar para o meio do vício. Eu usava álcool e outras drogas ilícitas, como maconha e cocaína”, lembra.
Após o tratamento, Feitosa recuperou a autoestima, a credibilidade e o salário que estava suspenso. Ele afirma que Deus, disciplina, autoconfiança e apoio foram muito importantes para a sua recuperação. “O trabalho da instituição foi fundamental, a forma como somos abordados é de muita conscientização. Hoje sou muito feliz”, afirma.

Serviço
Caps AD
Travessa 7de setembro, 692, bairro Aparecida.
Atendimento ao público: De segunda a sexta de 8h às 18h.
Documentos necessários: cartão do SUS, xerox do RG, do CPF e do comprovante de residência.
Comunidade Terapêutica Família Feliz
Avenida Lira Castela, 100, bairro Área Verde
Informações: 9131 1576

Fonte - G1
 
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Me dê motivos... para não usar

Em se tratando de prevenção às drogas e ao uso delas, existem "mil" sugestões e possibilidades. Todos tem seu ponto de vista: Reprimir, não reprimir, tratar, liberar, legalizar, educar, até matar (e já ouvi este absurdo muitas vezes...), dentre outros tantos.

Me dê motivos... para não usar drogas - http://www.masi24hrs.blogspot.com.br
Vê-se nos últimos tempos na mídia, economistas falando do assunto, filósofos, cientistas políticos...Algumas possibilidades, com fundamento e razoáveis até, outras não, e outras ainda um absurdo completo claro. É de se espantar as soluções dadas por alguns. Porque ? Bem, é a velha história, do "marceneiro" querer opinar no trabalho do "alfaiate", ou imaginar que conhece a função deste.

Bem como existem profissionais sérios, médicos-psiquiatras, cientistas, pesquisadores, assistentes sociais, psicólogos, com boa vontade, muitas vezes mal remunerados, que travam também muitas vezes lutas solitárias na tentativa de resgatar vidas.

Também existe o lado dos usuários, no caso da maconha por exemplo. É fato, que estão advogando em causa própria, por isto óbvio que não merece consideração alguma. Primeiro, porque não há o menor embasamento científico que justifique, e segundo porque trata-se de defender a droga recreativa, não importando qual, e aí não há o menor cabimento. Justificar, o injustificável..."Liberar porque o crime irá diminuir...., porque é saudável, porque faz menos mal, porque isto e aquilo". Todo usuário, em "início de carreira" (no uso e abuso de drogas) tem um sonho: Poder usar sem consequências !

Talvez a questão, acerca das drogas, seria: Porque não usar drogas ?


Me dê motivos... para não usar drogas - http://www.masi24hrs.blogspot.com.br
Porque usar: A insatisfação pessoal, ou a busca pela aceitação do grupo de amigos, fatores casuais, ou desestruturação familiar, enfim, "n" razões podem contribuir e levar a experimentação, e ao uso. Mas porque continuar, após a experimentação, se esta aconteceu ? O usuário continuará em minha opinião se: 1 - Alguns dos fatores citados acima estejam presentes (usuário abusivo) e/ou 2 - Possui predisposição para a dependência química.

Então vem um fato inegável...e chocante: Oras, a droga é boa ! Claro que é, a primeira dose, a sensação de euforia no momento em que a dopamina em grande escala é liberada, o "alívio"...são coisas que são interpretadas pelo cérebro, como "boas"...E o cérebro, pede mais, porque isto ficou registrado na mente. O cérebro, é uma máquina, não age por si só, mas possui algumas "fórmulas" pré-determinadas, como instintos....tal qual programações, se estamos com fome, temos de comer, se estamos com sede, temos de beber. E o prazer, ou a busca deste, é uma destas "fórmulas". Mas nós, temos o controle sobre esta máquina, dosando e administrando as reações, como por exemplo: o medo de uma cobra, nada mais é do que uma reação instintiva, porque pre-determinadamente, sabemos que as cobras (a mente generaliza) são venenosas e podem matar. Portanto o cérebro sabe, que ao ver uma cobra, devemos ficar em estado de alerta, onde acontecem uma série de reações químicas liberando adrenalina, etc.

Assim, existem duas situações:

1ª Situação

Voltando às questões ou circunstâncias que podem levar a experimentação, por exemplo, a frustração pessoal: É uma condição ruim estar frustrado, que pode gerar uma depressão, ou uma condição ruim para nós, portanto o cérebro interpreta como algo negativo. Aí a pessoa experimenta uma droga, inclusive o álcool (a experimentação fica ligada ao fato da frustração), imediatamente a frustração passa. O cérebro interpreta, como algo bom, isto é algo que grava-se em nossa mente, portanto a princípio "ele" irá pedir novamente a droga porque criou-se em nossa mente, que a solução do problema (frustração) é a droga. Neste caso, também é liberada nas sinapses uma substância especial chamada dopamina, por meio de reações químicas artificiais provocadas pela substância. E daí por diante....É uma explicação simples, de pessoa não formada na área, mas que fala por experiência pessoal, e com base em busca de conhecimento.

Cérebro e mente:
O cérebro é uma estrutura física, um órgão, considerado por muitos como o mais importante, que controla tudo o que um indivíduo faz. A mente é um sistema integrador de processos dinâmicos em interacção: processos conativos, cognitivos e emocionais. Um pouco confuso não? De uma forma mais simples, a mente constitui o lugar da actividade psíquica, considerada na sua totalidade, englobando operações conscientes e não conscientes, entre elas as emoções e os sentimentos. Assim, a mente é algo imaterial, invisível e, portanto, não palpável. (...) O cérebro e a mente estão então inter-relacionados: um influencia o outro de forma mútua. Pode assim afirmar-se que apresentam uma relação de interdependência que poderá ser melhor entendida usando a famosa metáfora do hardware (cérebro) e do software (mente). Tal como sem o hardware o software de um computador não pode existir, sem o cérebro, a mente não pode existir, sem a manifestação comportamental, a mente não pode ser expressada.
Fonte - cerebroemente
2ª Situação

Casualidade

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Ou, por uma casualidade houve a experimentação, e o resultado foi o prazer. A "conta" é basicamente simples e o processo mental praticamente o mesmo. Registra-se na mente que, o uso de determinada droga trouxe prazer, portanto, a mente solicitará novamente a droga, para que haja a reação orgânica e química no cérebro, e o ciclo forma-se.

Perde-se as vezes de vista o fato de que, a vida, fundalmentalmente, foi feita para ser vivida sem o uso de substâncias por mera recreação, da mesma forma como exemplo,  diversas pesquisas já demonstraram que não temos o "desenho" natural para sermos carnívoros, mas de qualquer modo, comemos carne, e muita as vezes.

Porque não usar drogas ?

Em primeira mão, a princípio, as pessoas tem todas as informações factuais e concretas, sobre as mais variadas consequências do uso das drogas (ou deveriam ter). Pinta-se as vezes até o irreal, com o intuito mais "assustar" ou "aterrorizar" do que informar. Oras, se seguir esta linha, esquece-se do seguinte: 1 - A maioria dos jovens (inclusive eu fui assim) pensam que sabem de tudo, e podem controlar tudo, e 2 - Vem a pergunta: - Porque se é tão ruim, tem tanta gente que usa ?

Apesar de tudo o que passa nos jornais, a respeito do crack, apesar de podermos ver nas ruas de praticamente todas as cidades brasileiras usuários de crack...apesar e contudo, ainda assim é necessário apontar outras direções, o "terror" sobre as drogas, as vezes não convence.

Me dê motivos... para não usar drogas - http://www.masi24hrs.blogspot.com.br
Muito também, soma-se ainda tem o fato de se ter toda esta exploração na mídia e nos meios por parte de legalizar ou não a maconha...onde o direito e liberdade de opinião (necessários até), leva porém muitas vezes conhecimento parcial e distorcido, que chega aos lares e as jovens, onde então muitos esperavam somente por estes motivos irreais (mas plausíveis porque vem de "alguma mente brilhante"), para poder usar sem muitas cobranças. 


Opiniões de especialistas não faltam:

Debates - Acreditar que hoje é possível legalizar a maconha no Brasil é uma grave miopia!

Pesquisa nega que maconha tenha benefício contra esclerose múltipla progressiva 

Alguns efeitos ou consequências físicas, psíquicas, e clínicas do uso de maconha

Há todo um "clima" em torno do assunto, que é tratado de maneira leviana, e sem responsabilidade por alguns. Afora isto, ainda temos álcool, ecstasy, lsd, mma, etc. em festas e baladas, em grande oferta e em escalas sem precedentes. É extremamente fácil, se adquirir estas drogas em uma destas festas, e outras drogas também. Algo em torno de 5% a 10% dos frequentadores destas festas consomem drogas ilegais, cerca de 60% a 70% consomem algum tipo de álcool, os restantes 10% a 20% realmente só estão nestes locais e festas para divertir-se com a dança. Portanto a "mecanismos" e "caminhos" sociais extremamente fáceis de oportunizar a experimentação de algum tipo de droga ilegal, e/ou abusar das legalizadas.

Não usar... Descobre-se com a estagnação do uso, algumas diretrizes sem as quais, todo o processo que perdura enquanto se vive, não funcionará, destacando:

Aprender a viver realmente a vida, com consciência do que acontece, sem máscaras, sem entorpecimentos;
Aceitar a si mesmo e gostar de si mesmo;
Aceitar sua própria condição social, ou buscar meios para melhorá-la;
Aceitar o grupo social a que pertence;
Saber para onde se vai: caso contrário qualquer lugar serve;
Ter objetivos concretos;

E outras tantas motivações...

É necessário ofertar motivos, mesmo que a curto prazo estes não sejam tão atraentes quanto a superficialidade de festas, e imediatamente prazerosos como a droga. Acredito que a droga, por si só, não seja o problema principal. Família, educação de qualidade, emprego, infraestrutura, bem como mudança de cultura social...

Algumas coisas, são óbvias porém radicais....se a cultura geral apela para o consumo de álcool, isto é algo que não mudará do dia para noite, visto estar enraizado muito profundamente, então é bem simples, leis mais rígidas, absolutamente rígidas sobre o consumo, venda e propaganda de bebidas alcoólicas...Mas, claro que tal medida vai contra não só a grandes empresas que lucram alto, vai contra até o próprio governo, que lucra também alto com impostos...

Creio que resume-se em uma só palavra, e um bom motivo, para não se usar drogas...VIDA. Haverá o dia em que todos terão em mente a seguinte equação: DROGA=MORTE, aí talvez...as coisas possam tomar um rumo diferente.


Autor  - Emerson
Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade 



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Debates - Acreditar que hoje é possível legalizar a maconha no Brasil é uma grave miopia!


Por Por Ana Cecilia Petta Roselli Marques, especial para o Yahoo Notícias* | Yahoo Notícias

Debates - Acreditar que hoje é possível legalizar a maconha no Brasil é uma grave miopia!
A médica psiquiatra Ana Cecília Petta Marques: Vive-se no Brasil um momento de baixíssima percepção de risco em relação ao uso de todas as drogas, principalmente, sobre o uso da maconha e seu impacto no desenvolvimento dos adolescentes.
Desde 2006, com a nova tão lei de drogas, o clima tem sido de extrema permissividade, quase uma cegueira, infelizmente, reforçando uma velha e ineficaz dicotomia na área, o “tudo ou nada”. Existem tantos aspectos importantes, que vão desde a diferença entre o usuário recreacional e o dependente, o traficante, patrão ou empregado da indústria das drogas, às vezes dependente também, e ninguém enxerga que está tudo misturado, e sem saber o que se tem pela frente, como é possível aplicar uma lei, ou até mesmo criticá-la, uma lei apenas resolverá a questão das drogas? 

Os países desenvolvidos que adotaram políticas mais flexíveis no século passado, já voltaram atrás e hoje, regulam muito mais a oferta de drogas, avaliam continuamente o resultado, e o mais importante, definem de forma rápida, novas medidas para o bem estar comum. Eles enfrentaram e ainda enfrentam o aumento do consumo, o uso ainda mais precoce, o aumento da prevalência da dependência e de todas as suas consequências, como o aumento do consumo de outras drogas, o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, e o mais grave, apontam para um perfil de vulnerabilidade, pois acometem indivíduos jovens, no auge de sua saúde física, capacidade laboral, com toda a vida ainda por viver. Mas que de repente, se viram mergulhados em uma nova guerra...

Pior ainda são os exemplos de países como o Afganistão, com suas “cracolândias” de ópio e seus derivados... Por lá, as drogas estão no varejo, disponíveis, o acesso é fácil, o preço muito baixo. Mas e por aqui? A miopia do sistema não permite enxergar o que diz a realidade e a Ciência das Drogas, que avançou muito nos últimos 30 anos, que alerta continuamente, para um conhecimento novo sobre um tema tão complexo.

É preciso que os legalistas enxerguem que a cascata de eventos produzidos pela liberalização do uso de drogas em um país em desenvolvimento, muito jovem ainda, de dimensões continentais, onde não existe prevenção nem tratamento, e muito menos uma regulação adequada das drogas lícitas para adultos, pode ser ainda mais danosa que a política de guerra às drogas. E isto não significa voltar à repressão, mas urge a adoção de um tripé político para um dos problemas humanos mais antigos da História.

Esclarecimento permanente, dentro de uma prevenção moderna, com foco no preconceito, diminuirá um pouco o abismo enorme existente entre o uso de drogas e o modelo de proteção para crianças e adolescentes brasileiros. Uma “política para o bem do Brasil”.

Não, ainda não dá nem para pensar na legalização. É preciso dirigir todos os esforços para promover o debate, realizar pesquisas, obter financiamento para implantar medidas de acordo com a cultura brasileira, revitalizando a ética coletiva, e ao final de um longo prazo, definir com a aprovação da maioria dos brasileiros qual é a melhor política de drogas? Por onde começar? Enxergar “bem claramente” um dos princípios mais importantes da Humanidade: respeitar o direito humano, principalmente das crianças, de não usar drogas!

* Ana Cecilia Petta Roselli Marques é médica psiquiatra, doutora em ciências pela UNIFESP e professora afiliada da mesma instituição.

Tylenol causa 150 mortes por ano nos EUA, diz ONG

Um levantamento feito pela organização sem fins lucrativos Pro Publica, dos EUA, mostra que, de 2001 a 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano por intoxicação após o consumo de paracetamol, princípio ativo do analgésico Tylenol. 


Tylenol causa 150 mortes por ano nos EUA, diz ONG
Segundo a Pro Publica, que consultou dados dos CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), essas mortes ocorreram por ingestão acidental de doses maiores do que as recomendadas na bula. 
O problema, diz a organização, é que a diferença entre a dose máxima por dia para adultos (4 g) e a quantidade que pode causar danos ao fígado é pequena, facilitando a overdose acidental. Outro problema é que a FDA (agência reguladora de remédios nos EUA) demorou muito para incluir na bula alertas importantes sobre o uso da droga, em especial para pessoas que bebem álcool regularmente ou tomam outros remédios. FÍGADO O paracetamol é metabolizado no fígado. 
 
Em caso de doses excessivas ou de pessoas desnutridas, que bebam álcool regularmente ou que tomem outros remédios, esse metabolismo produz uma substância tóxica que pode levar à falência hepática. No Brasil, segundo o hepatologista Raymundo Paraná, não há dados sólidos sobre intoxicações por paracetamol, mas a Sociedade Brasileira de Hepatologia está iniciando um estudo em oito centros de referência para doenças do fígado e em uma unidade básica de saúde para medir sua ocorrência. O hepatologista, que é professor da faculdade de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma que a dose máxima do remédio deveria ser reduzida de 4 g por dia para 3 g. 
 
"É uma droga segura, mas se usada no limite terapêutico. Até 3 g por dia não causa problemas. Entre 3 g e 4 g já houve casos [de intoxicação] em pacientes que usavam outras medicações." Ele destaca que o efeito colateral causado pelo paracetamol é previsível e proporcional à dose tomada, diferentemente dos problemas que podem ocorrer com o uso do analgésico que encabeça a lista dos remédios mais vendidos no Brasil, a dipirona. A droga já foi ligada a um problema raro que leva a medula óssea a parar de produzir células de defesa. 
 
Nos EUA e em alguns países da Europa, a dipirona não é vendida. Já para Aurélio Saez, diretor de relações institucionais da Abimip (associação de fabricantes de remédios isentos de prescrição), o fato de o Brasil e outros países onde a dipirona é vendida não terem números tão grandes de intoxicação por paracetamol fala a favor da dipirona. Mas ele lembra que nos EUA e em outros países com altas taxas de intoxicação por paracetamol, é comum o uso desse remédio em tentativas de suicídio. OUTRO LADO Em nota, a Johnson&Johnson, fabricante do Tylenol, afirma que, quando usado de acordo com a bula, o paracetamol tem "um dos melhores perfis de segurança entre os analgésicos isentos de prescrição". Mas, como qualquer remédio, pode trazer riscos acima das doses recomendadas. "Os consumidores devem sempre ler a bula, não ingerir mais do que a dose recomendada e seguir sempre a orientação de um médico." À Pro Publica, a FDA admitiu que houve demora em acrescentar alertas às bulas do Tylenol, mas que isso foi feito conforme a evolução das evidências científicas.


Fonte - Folha de São Paulo 
 
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Por filhos, mulheres vencem o crack

A unidade só recebe pessoas encaminhadas pela Seção de Acolhimento para Adultos, Idosos e Família


Por filhos, mulheres vencem o crack
Secor/Prefeitura de Santos

Na vida, é mais fácil e rápido destruir do que construir. Na Seção Abrigo para Adultos, Idosos e Família (SeAbrigo-Aif), quatro mulheres tentam reconstruir suas vidas após várias perdas. Psicólogos e assistentes sociais da Seas (Secretaria de Assistência Social) fazem um trabalho paciente. Sabem que as marcas da rua, sejam elas o vício das drogas ou o descompromisso social, são difíceis de serem apagadas.


J.F. é uma dessas mulheres. Aos 30 anos, passou metade da vida na rua. Consumiu e foi consumida pelo crack por 20 anos, se prostituiu e perdeu a guarda de seis filhos, de quatro não tem qualquer informação. Mas tudo mudou em 12 de novembro de 2012, quando nasceu a caçula. “Não sei explicar a força desse amor, mas o medo de perder minha filha me fez parar (de usar crack)”. E ela o fez sem tratamento médico, contou só com o apoio dos profissionais da Seas. Hoje faz planos: matricular a filha na creche e entregar as encomendas de costura, seu novo trabalho.
A história de M.N. não é muito diferente. Aos 14 anos conheceu o crack e por causa da droga perdeu a família. Só descobriu a gravidez aos 7 meses, mas a notícia a motivou a "parar com tudo de errado". Cuidando da filha de 2 meses e "limpa" há 4 meses, faz planos de trabalhar e depois apresentar a menina para a família, que vive em Santo Amaro. "Só quero fazer isso depois de estar trabalhando".

Serviço

A SeAbrigo-Aif fica na rua General Câmara, 249, tem capacidade para 30 pessoas e está completa. A unidade só recebe pessoas encaminhadas pela Seção de Acolhimento para Adultos, Idosos e Família. Na SeAbrigo-Aif, eles continuam com um plano individual de atendimento e são inseridos em oficinas de qualificação profissional. O objetivo é conseguirem autonomia para saírem do abrigamento.

Fonte - Diário do Litoral

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Recaída ao uso de drogas é alvo de pesquisa de neurocientistas

Em busca de tratamentos mais eficazes contra a dependência, cientistas do National Institute on Drug Abuse (Nida/NIH), dos Estados Unidos, têm se dedicado a criar métodos para identificar e estudar pequenos grupos de neurônios relacionados com a sensação de fissura por drogas.


Recaída ao uso de drogas é alvo de pesquisa de neurocientistas
O grupo coordenado por Bruce Hope conta com o brasileiro Fábio Cardoso Cruz, ex-bolsista de mestrado e de pós-doutorado da FAPESP que acaba de publicar um artigo sobre o tema na revista Nature Reviews Neuroscience.

“Nossa linha de pesquisa se baseia no pressuposto de que a dependência é um comportamento de aprendizado associativo. Quando um indivíduo começa a usar uma determinada substância, seu encéfalo associa o efeito da droga com o local em que ela está sendo consumida, as pessoas em volta e a parafernália envolvida, como seringas, por exemplo. Com o uso repetido, essa associação fica cada vez mais forte, até que a simples exposição ao ambiente, às pessoas ou aos objetos já desperta no dependente a fissura pela droga”, afirmou Cruz.

Evidências da literatura científica sugerem que essa memória associativa relacionada ao uso da droga com os elementos ambientais seria armazenada em pequenos grupos de neurônios localizados em diferentes regiões do encéfalo e interligados entre si – conhecidos em inglês como neuronal ensembles.

“Quando o dependente depara com algo que o faz lembrar da droga, esses pequenos grupos neuronais são ativados simultaneamente e, dessa forma, a memória do efeito da droga no organismo vem à tona, fazendo com que o indivíduo sinta um desejo compulsivo pela droga que é capaz de controlar o comportamento e fazer com que o dependente em abstinência tenha uma recaída mesmo estando ciente de possíveis consequências negativas, como perda do emprego, da família ou problemas de saúde”, disse Cruz.

Por meio de experimentos feitos com animais, os pesquisadores do Nida mostraram que apenas 4% dos neurônios do sistema mesocorticolímbico são ativados nesses casos de recaída induzida pelo ambiente. “São vários pequenos grupos localizados em regiões do cérebro relacionadas com as sensações de prazer, como córtex pré-frontal, núcleo accumbens, hipocampo, amígdala e tálamo”, contou.

Segundo Cruz, a maioria dos trabalhos que buscam entender a neurobiologia da dependência e descobrir possíveis alterações moleculares relacionadas com comportamentos que levam à recaídaavalia todo o conjunto de neurônios presente em amostras de tecidos cerebrais em vez de focar apenas nesses pequenos grupos.

“Acreditamos que uma alteração realmente significativa pode ser mascarada por mudanças nesses outros 96% dos neurônios não relacionados com a recaída. Por isso buscamos metodologias para estudar especificamente esses 4%”, explicou.

Uma das estratégias descritas no artigo publicado na Nature Reviews Neuroscience faz uso de uma linhagem de ratos transgênicos conhecida como lacZ. Os animais são modificados para expressar a enzima β-galactosidase apenas nos neurônios ativos.

“Nós colocamos o animal em uma caixa e o ensinamos a bater em uma barra para receber cocaína. Depois de um tempo, movemos o animal para uma caixa diferente, na qual ele não recebe a droga quando bate na barra. Chega uma hora em que o animal para de bater na barra. É como se estivesse em abstinência. Mas quando o colocamos de volta na primeira caixa, ou seja, no ambiente que ele foi treinado a receber a droga, ele imediatamente volta a bater na barra à procura da droga”, contou Cruz.

Nesse momento, os pequenos grupos neuronais são ativados no rato pelos elementos do ambiente. Os pesquisadores administram então uma substância chamada Daun02, que interage com a enzima β-galactosidase e se transforma em um fármaco ativo chamado daunorubicina, que provoca a morte desses neurônios ativos.

“Esperamos cerca de dois dias para o fármaco concluir seu efeito e, quando colocamos novamente o animal no ambiente associado à administração da droga, ele não apresenta mais o mesmo comportamento de busca da substância. É como se a fissura tivesse sido apagada após a morte desse pequeno grupo de neurônios relacionado com esse comportamento de recaída”, contou Cruz.

Outra técnica descrita no artigo também faz uso de animais transgênicos capazes de expressar uma proteína fluorescente apenas nas células ativadas. “Com auxílio da citometria de fluxo, conseguimos isolar apenas essas células que ficam fluorescentes e então procuramos por possíveis alterações moleculares. Podem ser alterações estruturais, como aumento no número de espinhos dendríticos, o que aumenta a interação sináptica e deixa o neurônio mais sensível. Podem ser proteínas intracelulares que também aumentam a atividade desses neurônios”, explicou.

Uma vez identificadas essas alterações, acrescentou Cruz, elas vão se tornar alvos para o desenvolvimento de fármacos capazes de tratar de forma mais eficiente a dependência. “Não existe hoje um medicamento realmente eficaz, tanto que cerca de 70% dos usuários de cocaína sofrem recaída após um período de abstinência. No caso do álcool, o número é maior que 80%”, afirmou.

O grupo do Nida conta ainda com outros pesquisadores brasileiros, entre eles Rodrigo Molini Leão, que acabou de concluir o doutorado com Bolsa da FAPESP na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (FCFAr-Unesp) em Araraquara. Também participa o doutorando Paulo Eduardo Carneiro de Oliveira, da FCFAr-Unesp.

Fonte - Agência FAPESP 

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No Rio, 90% das crianças à espera de adoção são filhas de usuários de crack

Neste ano, 300 crianças já foram abandonadas no Estado do Rio por mães usuárias de crack

Neste ano, 300 crianças já foram abandonadas no Estado do Rio por mães usuárias de crack
Milhares de casais aguardam a adoção de crianças no Rio de Janeiro. Por outro lado, vários recém-nascidos, filhos de viciados em crack são encaminhado para abrigos e precisam de um lar. A cada dia, pelo menos um recém-nascido é abandonado nos hospitais públicos do Rio de Janeiro. Só em 2013 foram 300 casos. A maioria são filhos de mães viciadas em crack, que, após o parto, voltam para as ruas. Os números representam um aumento de 50% em relação ao ano passado.

A situação tem gerado outro problema, os abrigos públicos não estão preparados para receber as crianças e acabam superlotados. A juíza Ivone Caetano conta que os locais são apenas uma saída para o problema, mas não são adequados para nenhuma criança. 
— O número de vagas disponibilizadas pela rede pública é muito pequeno. Além das condições também não serem as melhores. Na minha opinião, está faltando tudo.
A produção do Balanço Geral, com uma câmera escondida, teve acesso a um desses abrigos na Barra da Tijuca, na zona oeste. As imagens mostram o local completamente depredado, com portas arrombadas, janelas quebradas e com muito lixo dentro.

No centro do Rio, um educandário tem recebido o maior número dessas crianças. Mas o local sobrevive apenas de doações e o espaço é limitado. O prédio tem capacidade para 15 crianças, mas acaba recebendo mais do que pode devido ao abandono constante dos filhos pelas mães viciadas em drogas. Além disso, os bebês que chegam a instituição sofrem com abstinência. Elas apresentam sintomas como irritação constante, pouco apetite, sono agitado, entre outros.
Enquanto mães abandonam os filhos 27 mil casais aguardam na fila de adoção no Brasil. O problema é que nem sempre as crianças tem o perfil que os futuros pais procuram. No 

Estado, 90% das crianças na lista de adoção são filhos de usuários de crack. Mas o dado parece não ter assustado o casal Janise e Thales. Eles adotaram uma delas, o Nicolas. Ele morava com oito irmãos em um barraco em uma comunidade da Baixada Fluminense. Thales relata o estado em que encontraram o menino.
— Ele estava deitado em um colchão, sujo, preto, sem um travesseiro, sem um lençol, cheio de mosca. A fisionomia dele estava toda destruída por causa do catarro seco no rosto, sem conseguir respirar e tendo convulsões.
As crianças abandonadas só se tornam disponíveis para adoção quando se esgotam todas as possibilidades dos pais ou parentes darem os cuidados necessários a elas e na maioria das vezes comprovar isso leva tempo. A espera também fez parte da história de Vânia. Ela aguardou por três anos até conseguir a guarda definitiva de Mariana, que na época era um bebê.
— Eu queria ser mãe e eu sou mãe. Não importa se eu não gerei, mas eu gerei de uma forma linda, maravilhosa, sagrada.
Atualmente, Mariana tem 7 anos e a mãe dela acredita que ela terá um futuro promissor.


Fonte - R7

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Brasil está entre os países onde publicidade de cigarro influencia crianças

A publicidade das empresas fabricantes de cigarros influencia crianças de cinco e seis anos nos países de renda baixa e média, como o Brasil, o que aumenta o risco de que venham a se tornar fumantes, revelou um estudo americano divulgado nesta segunda-feira.


Brasil está entre os países onde publicidade de cigarro influencia crianças
A pesquisa publicada na revista Pediatrics abrangeu seis países: Brasil, China, Índia, Nigéria, Paquistão e Rússia, escolhidos por terem as taxas mais elevadas de tabagismo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Nesses países, as crianças reconhecem com mais frequência pelo menos um logotipo de uma fabricante de cigarros, não necessariamente por morarem com alguém que fuma, destacou o estudo da Escola de Saúde Pública de Johns Hopkins em Baltimore (Maryland, leste).

— O incrível para mim foi ver crianças que não moravam com fumantes, mas eram muito conscientes das marcas de cigarros", disse à AFP a principal autora do estudo, Dina Borzekowski, da Universidade de Maryland. O que isso me diz é que (as crianças) estão recebendo a mensagem em sua comunidade, em seu entorno. Estão vendo em estabelecimentos comerciais, estão vendo cartazes. Quando vão comprar uma bala em uma loja local, elas veem esses logotipos.

Das 2.423 crianças estudadas em seis países, 68% eram capazes de reconhecer ao menos uma marca de cigarros, em um percentual que vai de 50% na Rússia a 86% na China, onde mais de 28% da população fuma (53% dos homens e 2% das mulheres), segundo a pesquisa da Escola de Saúde Pública de John Hopkins em Baltimore (Maryland, leste).

As taxas mais elevadas de reconhecimento foram registradas na China, onde 86% das crianças conseguiram identificar pelo menos um logotipo de uma marca de cigarros.

— Na China, em média, as crianças conheciam quase quatro de oito das marcas", disse Borzekowski. "Eram crianças pequenas. É incrível que possam reconhecer logotipos com tão pouca idade.

No extremo oposto do espectro está a Rússia, onde 50% das crianças estudadas conheciam pelo menos um logotipo de cigarros. No Brasil, 59% das crianças podiam reconhecer uma marca de cigarros e 16% reconheceram especificamente a Marlboro.

Os resultados geram preocupação sobre o cumprimento das restrições internacionais da publicidade de tabaco em países de renda baixa e média, disseram os autores do estudo.Mais de um quarto das crianças estudadas foram capazes de identificar de duas a três marcas de cigarros e 18% conheciam quatro ou mais.

Também foi perguntado às crianças se pensavam em fumar quando chegassem à idade adulta. A taxa mais alta de respostas afirmativas ocorreu na Índia, onde 30% - tanto meninos quanto meninas - disseram que pensavam em se tornar fumantes.

Em China, Nigéria, Paquistão e Rússia, mais meninos do que meninas disseram que fumariam no futuro.

O estudo foi realizado em áreas urbanas e rurais, com cuidado especial em não refletir apenas a realidade das comunidades mais ricas, onde a consciência da comercialização do tabaco poderia ser maior, afirmaram os pesquisadores.

No entanto, eles advertiram que o estudo "pode não refletir as populações nacionais de cada país". Este estudo e outros semelhantes evidenciam estratégias de marketing sofisticadas e eficazes, adotadas pelas fabricantes de tabaco, cujas mensagens afetam claramente os mais jovens, lamentaram os autores da pesquisa.

Embora muitos fatores estejam relacionados com o tabagismo, o estudo mostra que, para os mais jovens, estar exposto ao tabaco e ter uma atitude de aceitação dos anúncios de cigarros está ligado a um aumento da probabilidade de fumar.

Em 2003, a OMS reagiu à epidemia mundial do tabagismo com a adoção de um convênio assinado por 168 países, que aponta para um controle maior, especialmente da publicidade, da promoção e do patrocínio de eventos por parte das fabricantes.

Mas segundo esses estudiosos, ainda há um longo caminho para a plena aplicação da presente Convenção e suas recomendações.

Diante das rígidas regulações da publicidade de cigarros e das campanhas antitabaco nos países industrializados, as fabricantes de cigarros concentram seus esforços promocionais em países de renda baixa e média, a maioria dos quais têm leis mais brandas nesta questão, destacaram os pesquisadores.

Um estudo feito nos Estados Unidos há 22 anos demonstrou que crianças de 6 anos podiam reconhecer tanto o logotipo da Disney quanto dos cigarros Camel. Essa pesquisa levou a regulamentações da publicidade de tabaco nos Estados Unidos para proteger as crianças, lembraram os cientistas.

Fonte - R7 Notícias 
 
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