Droga: Apenas a ponta do iceberg

Droga: Apenas a ponta do iceberg


A ponta do iceberg - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Quando você lê, esta frase, não pode imaginar, como é que a droga, seja ela o crack, o álcool, maconha, ou qualquer outra droga, é apenas um "detalhe", ou melhor dizendo, um "resultado final". Somos levados, a imaginar, que a droga é, o grande problema, e de certa forma é, claro, mas há muito mais por detrás da doença da adicção, ou dependência química, que neste caso, são basicamente a mesma coisa. Um adicto, portador desta doença, tem toda uma história de ações, comportamentos, e sentimentos típicos que são iguais, ou quase iguais, a um adicto que esteja no uso. Esta doença, e suas características, revelam-se muito antes às vezes, de sequer o adicto saber, o que vem a ser um baseado. Em alguns, de forma imperceptível, noutros de forma mais aparente. Estes comportamentos, assemelham-se, e misturam-se, aos comportamentos digamos normais à fases da vida de uma criança, ou adolescente, ou jovem. Alguns até os tem ou tiveram, e jamais tocarão em algum tipo de droga.

A Organização Mundial de Saúde reconhece a dependência química como doença. Uma doença é uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa, que lhe seja prejudicial. Por definição, como o diabete ou a pressão alta, a doença da dependência não é culpa do dependente; o paciente somente pode ser responsabilizado por não querer o tratamento, se for o caso. Exatamente da mesma maneira que poderíamos cobrar o diabético ou o cardíaco de não querer tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta necessária. Dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral. É uma doença crônica progressiva, incurável e fatal. Ninguém sabe, se tem a predisposição, ou não para esta doença. De acordo com estudos científicos, ela é genética, ou seja, o adicto ou dependente químico, já nasce com a doença. Alguns não terão, os comportamentos descritos acima, mas possuem esta predisposição, ou, possuem a doença.  

A tolerância, física e orgânica às drogas (droga: substância que altera a mente e o humor), é uma característica importante, pois sem ela, não existe a doença (em sua forma de dependência), ainda que existam os comportamentos característicos. A tolerância, é a capacidade de adaptação do organismo, podemos chamar assim, que alguns indivíduos possuem, face a substâncias. Você já deve ter notado, se este é o seu caso ao ler este artigo, que ao consumir álcool, de maneira "normal" como todos, uma ou duas doses já satisfazem, no máximo três, após as quais, passa a "sentir" os efeitos da intoxicação alcoólica, ou seja, relaxamento, uma leve "tonturinha", certa "alegria". Pois bem, e muitos, passarão a vida, nestas condições, ou seja, bebedores sociais e recreativos (aqui não iremos julgar, a necessidade ou não do álcool, é apenas um exemplo ilustrativo) do álcool. Outros, usam algumas vezes, outros tipos de drogas, e param simplesmente. Este citados, não possuem a capacidade, ou qualidade do organismo, de desenvolver tolerância, que nada mais seria do que, o aumento da capacidade do consumo, ou seja, o organismo, absorve doses maiores da substância, com baixa intoxicação. Um exemplo prático, é aquele que a pessoa, em determinado momento, ao invés de parar nas usuais 3 doses, bebe 4, para surtir o mesmo efeito. Depois passa para 5, 6. Até chegar a consumir toda uma garrafa, situação a qual, deixaria em coma alcoólico uma pessoa sem tolerância.

Portanto, ao tratar a dependência química, a questão não é somente a droga em si, sim, é claro que é importante. Mas a grande questão, é a mudança do indivíduo. A conscientização e interiorização de sua condição de doente, e a prática de uma solução, para estagnar a esta doença. É uma doença que atinge o espiritual, o emocional, os comportamentos, e o físico. As mudanças, são em todas as áreas. O equilíbrio, destas partes, é muito importante, e primordial, para o sucesso.  

Tome este exemplo: Alguém, frequenta um ambiente de prostituição, assiduamente, acaba infelizmente, por contrair uma doença. Pois bem, inicia um tratamento, e acaba por curar, a doença. Tempos depois, volta a frequentar, o mesmo ambiente, irá com grande possibilidade, adquirir novamente a mesma doença, ou pior. Tal qual, é a dependência química, ao ser tratada, e estagnada, se o indivíduo, voltar a ter os mesmos comportamentos, o mesmo modo de agir e pensar, os mesmos sentimentos e atitudes, frequentar os mesmos ambientes e andar com as mesmas companhias, é grande a possibilidade, de voltar ao uso de substâncias, e a recaída, pode vir de forma devastadora.


Autor - Emerson
Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade 
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2 comentários:

  1. MEU MAIOR DESEJO HOJE É PODER AJUDAR O MEU MARIDO Q É ADICTO, ATE AGORA ACHAVA Q NAO ERA DOENÇA E SIM SEM-VERGONHICE NA CARA, APOS LER ESTE TESTO DESCUBRO Q MEU MARIDO É DOENTE E QUERIA MUITO SABER COMO AJUDA LO.
    MAIANI CARDOSO
    PORTO ALEGRE RS

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  2. Acredito ser importante que, em primeiro lugar, a pessoa que tem o problema com as drogas, queira esta ajuda, isto é a princípio fundamental. Por vezes, esta "vontade" de buscar um tratamento surge, as vezes para tanto, é necessário uma conversa franca dentro da própria família. A família; cônjuges, pais, irmãos, etc, devem-se questionar a si mesmos, se realmente a situação chegou no "seu limite", e colocar isto então, de maneira firme, clara, e objetiva, ao ente que necessita de ajuda. Seguindo esta linha, após isto, buscar alternativas: grupos de mútua ajuda (AA (Alcoólicos Anônimos) NA (Narcóticos Anônimos), Unidades CAPS ou CAPS'AD (além de excelentes profissionais como Psicólogos e Psiquiatras, há o fato que, dependendo da droga da qual o indivíduo é dependente talvez necessite de auxílio medicamentoso), e ou até uma internação seja esta em Clínica Especializada ou Comunidade Terapêutica. Também é de suma importância a participação da família em algum grupo de apoio a familiares de dependentes: Al-Anon (Familiares de Alcoólicos Anônimos), Nar-Anon (Familiares de Narcóticos Anônimos), ou AE (Grupo de Amor Exigente), por exemplo. Para que, a família passe a conhecer um pouco mais sobre a doença da qual o seu ente é portador, e como lidar com as situações diversas que se apresentam em virtude desta, também trocando experiências sobre todas as questões relacionadas. A família, torna-se codependente, e adoece também. A busca pela ajuda por parte dos familiares, é necessária e recomendada em todos os casos, mais principalmente ainda quando não há desejo de ajuda por parte do dependente químico.

    Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade, Emerson

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