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Álcool e Juventude II

Alcoolismo na adolescência

Dr. Ronaldo Ramos Laranjeira é médico psiquiatra, phD em Dependência Química na Inglaterra e professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. Dr. Mauricio de Souza Lima é médico hebiatra, coordenador do Ambulatório de Filhos de Mães-Adolescentes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro da Associação Paulista de Adolescentes e do Departamento de Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

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Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.

Para essa reviravolta em relação ao uso de álcool entre os adolescentes, que ocorreu bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, acham normal que eles bebam porque, afinal, todos bebem.
Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo –, a pressão do grupo de amigos, o sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo.
Não é raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou com o mau exemplo que alguns pais dão vangloriando-se de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana.
Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se expõem os usuários.
Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.

EFEITOS METABÓLICOS

Drauzio – Qual é a diferença dos efeitos metabólicos do álcool no corpo dos meninos e das meninas adolescentes?

Ronaldo Laranjeira – A grande diferença é que a mulher tem um padrão enzimático de absorção do álcool mais efetivo e rápido, porque possui relativamente mais gordura e menos água no organismo. Se compararmos uma menina e um menino, com mesma estatura e peso, que tenham ingerido quantidade igual de álcool, veremos que a concentração alcoólica é maior no sangue da menina. Sendo assim, o dano biológico que o álcool produz nela é mais devastador.
Daí, nossa preocupação com essa mudança substancial no padrão de consumo do álcool na adolescência. Estudos considerando a população adulta do Brasil mostram que 50% das mulheres e 30% dos homens não bebem nada. Entre os adolescentes, essa diferença desapareceu em apenas uma geração. Independentemente do sexo, 25% dos adolescentes bebem em quantidades perigosas do ponto de vista biológico. As meninas que estão começando a beber precocemente grandes volumes, com certeza, irão apresentar no futuro mais danos biológicos do que suas mães e seus colegas meninos.

INCENTIVO AO CONSUMO

Drauzio – Ao que você atribui a tendência ao alcoolismo ter-se tornado mais acentuada na adolescência e a das meninas beberem mais do que suas mães?

Maurício de S. Lima – A propaganda dirigida ao público jovem é mais intensa hoje e existem produtos desenvolvidos especialmente para essa faixa etária. Um exemplo são as sodas alcoólicas que, apesar de aparentemente fraquinhas, contêm teor alcoólico muito mais elevado do que a cerveja.
Por outro lado – e outro motivo de grande preocupação –, é alguns pais permitirem que os filhos bebam porque não vêem problema na bebida. A justificativa é que, afinal, todos os adolescentes bebem. Por isso, aceitam como normal o fato de os filhos começarem a consumir álcool cada vez mais cedo. Hoje, é comum os adolescentes se reunirem na casa de um deles para o “esquenta”, ou seja, para beber alguma coisa e chegar meio alcoolizados à festa. Se não for assim, parece que a festa não tem graça.

Ronaldo Laranjeira – É importante destacar essa ideia de que, no Brasil, muitos pais acham normal os garotos de 14 anos beberem grandes volumes. Isso não acontece em países como os Estados Unidos, por exemplo, onde 21 anos é a idade mínima que a pessoa precisa ter para comprar bebida alcoólica, porque se chegou à conclusão de que o consumo precoce de álcool, além de aumentar o risco de acidentes, facilita o uso de outras drogas.
E lá a lei não ficou só no papel. Seu cumprimento passou a ser rigorosamente acompanhado por fiscais que controlam a venda de bebida para menores. Nos últimos 20 anos, graças a essa fiscalização efetiva, caiu muito o número de acidentes relacionados com o “beber e dirigir” naquele país.

CONTROLE DO CONSUMO

Drauzio – No Brasil, não existe nenhum tipo de controle. Moro no centro de São Paulo, bem perto de um grande colégio, na frente do qual funciona um supermercado. Frequentemente de manhã, quando saio de casa, vejo um grupo de alunos do segundo grau, portanto entre 14 e 17 anos, tomando cerveja na porta do supermercado. É óbvio que conseguiram comprar cerveja apesar da pouca idade.

Ronaldo Laranjeira – Uma pesquisa realizada por nossa equipe em Diadema e Paulínia, duas cidades paulistas, mostrou que os entrevistadores adolescentes conseguiram comprar bebida alcoólica em 95% dos estabelecimentos visitados (mundialmente, a taxa aceitável é de 10%), o que denota total descontrole da situação.
Na verdade, vivemos num mercado descontrolado, estrategicamente favorecido pela indústria do álcool. No Brasil, há um milhão de pontos de venda de álcool, um para cada 180 mil habitantes, a propaganda é bastante intensa, o preço é baixo e prevalece a falta de controle sobre a comercialização da bebida para menores de idade.

Drauzio – O custo da bebida alcoólica também tem papel importante no alcoolismo.

Ronaldo Laranjeira – Sem dúvida, o preço baixo é um dos fatores que facilitam o consumo de álcool pelos adolescentes. Nas reuniões da Organização Mundial de Saúde, quando se fala que, no Brasil, um litro de pinga custa meio dólar e a latinha de cerveja, menos do que a de coca-cola, ninguém acredita. Outro fator de risco importante é a ausência de controles sociais que ajudem as pessoas a beber menos ou a retardar o começo do beber regular que, no nosso país, ocorre em torno dos 14 anos.

Maurício de S. Lima – Já que estamos falando em controles sociais, é fundamental destacar que eles devem começar em casa. Muitos pais dão mau exemplo, quando se vangloriam de que secaram uma garrafa de uísque ou não sei quantas latinhas de cerveja no fim de semana. Os filhos chegam à adolescência ouvindo isso de uma pessoa que lhesw serve de referência, o que de certa forma acaba incentivando-os a consumir álcool.
Sempre vale a pena repetir também que, se a bebida alcoólica traz prejuízos para o adulto, prejudica muito mais o corpo ainda em formação do adolescente. A época do estirão puberal, por exemplo, é extremamente contra-indicada para o contato com o álcool, uma substância tóxica que se distribui por todos os órgãos do organismo.

Drauzio – Você poderia explicar o que é o estirão puberal?

Maurício de S. Lima – É a famosa espichada que ocorre na adolescência. A criança cresce num determinado ritmo, que é acelerado quando chega a puberdade. Nessa fase de crescimento rápido, o contato com o álcool é muito prejudicial para o organismo. Isso para não falar no aumento do número de acidentes que seu consumo provoca nessa e em qualquer outra faixa de idade.

Drauzio – Na verdade, o álcool é tóxico em qualquer dose.

Ronaldo Laranjeira – É tóxico em qualquer dose; a diferença está só na intensidade dos efeitos tóxicos. Doses mais baixas têm menos toxicidade do que as mais altas, o que não quer dizer que, consumido em pequenas quantidades, o álcool deixe de trazer danos biológicos para as mulheres grávidas e para os adolescentes, por exemplo. Traz, sim, embora a propaganda se encarregue de fazer as pessoas se esquecerem do componente tóxico do álcool, principalmente durante o crescimento, quando não só o corpo, mas também o cérebro se desenvolve numa velocidade espantosa.
No Brasil, a maioria dos adolescentes ainda não bebe, mas os que bebem, bebem muito e com picos de consumo. Embora pouco se fale, esse padrão de consumo – a pessoa não bebe nada durante a semana, mas no fim de semana bebe cinco vodcas ou dez cervejas -, do ponto de vista biológico, é muito danoso para o organismo.

Maurício de S. Lima – É bom pensar que para conseguir beber cinco vodcas ou dez cervejas num dia, antes o adolescente começou por uma bebida que eles chamam de “light”, mas que nada tem de “light”, em casa ou numa festa.
A questão é que, atualmente, festa de adolescentes sem bebida alcoólica parece que não tem graça. Já vi muitos deles insistindo – “Pai, se na minha festa não tiver alguma coisa para beber, meus amigos não vão”, isso aos 13 anos e não aos 17, 18 anos. Conheço um pai que acabou cedendo e permitiu que servissem uma bebida fraquinha na festa do filho. Mesmo assim, um dos convidados exagerou na dose e passou mal. No dia seguinte, o pai desse garoto foi reclamar na escola da irresponsabilidade do outro que tinha oferecido bebida para quem não estava acostumado e não sabia qual era o momento de parar.

Drauzio – O que você acha que os pais devem fazer quando o adolescente insiste messe ponto?

Maurício de S. Lima — Não devem dar a festa com bebida alcoólica.

Ronaldo Laranjeira – Temos de acreditar nas leis e respeitá-las. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente deixa claro que é proibido oferecer até os dezoito anos qualquer tipo de substância que aja no cérebro da criança. Então, os pais que, em sua casa ou numa festa, permitem servir bebida alcoólica para adolescentes estão infringindo a lei do país.

CONHECENDO LIMITES

Drauzio – O álcool é uma droga socialmente aceita. Como o pai pode ajudar o filho a conhecer seus limites?

Ronaldo Laranjeira – Em casa, em situações familiares bem definidas, mesmo o filho sendo menor, o pai pode ensiná-lo a beber. Aliás, isso foi sempre feito assim. Nas culturas mediterrâneas, as crianças aprendem a beber nas cerimônias de família, como parte de um ritual. No almoço de domingo, por exemplo. Entretanto, nesse contexto alimentar harmonioso, que inclui o vinho, a intoxicação alcoólica é condenada.
Muito diferente é o pai permitir que na festa do filho crianças de 13, 14 anos bebam com o objetivo de intoxicar-se. Porque querem bebidas destiladas para ter um “barato”, não são poucos os adolescentes desistem de participar das festas, quando o convidado principal – o álcool – não está presente,

Maurício de S. Lima – Muitos pais perguntam se o filho não ficará frustrado se não houver bebida alcoólica na sua festa. Se ficar, não tem importância. Frustração faz parte da vida. Eu mesmo fico frustrado todos os dias, às vezes, várias vezes no mesmo dia. Portanto, ótimo que o filho se sinta frustrado num ambiente em que o assunto pode ser ventilado e discutido. Essa é uma forma que ele tem de aprender a lidar com as frustrações que, sem dúvida alguma, terá de enfrentar em muitos outros momentos da vida. O problema é que a relação pais e filhos está mais difícil, porque os filhos estão se tornando cada vez mais exigentes e os pais, com mais dificuldade de dizer não.

Drauzio – Na verdade, os pais se sentem inseguros porque, se proibirem o filho de beber em casa, ele podem beber escondido na rua; se não deixarem que sirvam bebida na sua festa, ele beberá nas outras a que for convidado.

Ronaldo Laranjeira – Dentro de casa deve existir um padrão de comportamento baseado naquilo que os pais acreditam. Fora de casa, eles têm de buscar um tipo de ambiente que os filhos possam freqüentar e não devem tolerar que nesses locais haja descontrole no consumo de álcool.
Aliás, como cidadãos, os pais devem pressionar as autoridades para que medidas eficazes sejam tomadas nesse sentido. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos e democráticos que criaram leis rígidas sobre o uso do álcool por adolescentes.
Na minha opinião, faz parte do processo democrático contar com uma sociedade preocupada em proteger seus membros, em especial os mais vulneráveis como são os dessa faixa de idade, uma vez que cada vez mais eles estão indo para longe de casa. Antes as famílias exerciam controle maior sobre os lugares que os filhos freqüentavam. Eles saiam, mas ficavam a dois quarteirões de distância. Agora, vão para o outro lado da cidade. A sociedade se sofisticou nas opções de lazer oferecidas aos adolescentes. Por isso, repito, é papel dos pais, como cidadãos, lutar por uma política de fiscalização nos ambientes que os filhos costumam frequentar.

Maurício de S. Lima – Os pais devem conversar com os filhos adolescentes e fazer a distinção entre duas condutas absolutamente diferentes: beber um cálice de vinho no contexto familiar, como parte de um ritual, e beber com o objetivo de ficar embriagado para a festa ter graça, por exemplo. Essa postura de diálogo em casa a respeito das preocupações paternas talvez seja a única coisa a fazer para que, na hora de tomar uma decisão diante da oferta de bebida alcoólica, os filhos pensem antes de agir e não ajam sem pensar.

Drauzio – Meu pai só tinha certezas. Eu nunca pude beber em casa antes dos 18 anos. Não se discutia, era proibido e pronto! Os pais de hoje têm muitas dúvidas quanto à melhor forma de educar os filhos. Como essa hesitação se reflete na vida dos adolescentes?

Maurício de S. Lima – Ela é péssima para os adolescentes. Eles se sentem mais seguros, quando os limites são colocados com clareza pelos pais. Podem até discordar, podem reclamar, o que normalmente acontece, mas depois refletem e acabam concluindo que foi bom terem sido alertados sobre determinadas situações de risco ou que foi bom o pai ter sido rígido exigindo respeito a certos princípios.
Atualmente, muitos pais chegam a consultar os filhos sobre o que acham conveniente fazer em determinadas situações, quando cabe a eles e não aos filhos a iniciativa de achar a melhor resposta para o problema.
No tempo de nossos pais ou avôs, bastava um olhar para os mais novos entenderem o que os mais velhos queriam. Hoje, ganhamos muito com a possibilidade do diálogo entre pais e filhos para chegarmos a um consenso. Entretanto, em assuntos como o do álcool, esse meio-termo não existe: os limites têm de ser colocados com firmeza. Na maioria dos casos, infelizmente, não é isso que os pais estão fazendo no momento.

Ronaldo Laranjeira – Sob esse ponto de vista, há dois parâmetros a considerar. O primeiro são os valores da família. Se os pais acham que o filho não deve ser iniciado no álcool antes dos dezoito anos ou que por motivos religiosos não deve beber, têm de deixar claro os limites impostos. O outro diz respeito à segurança. O adolescente precisa saber que beber fora de casa implica risco maior de sofrer vários tipos de acidentes e atos violentos. Há estudos categóricos provando isso. Portanto, mesmo abertos ao diálogo, em relação à segurança dos filhos não cabe discussão: os pais não devem autorizar que bebam fora de casa.

Maurício de S. Lima – Os pais não hesitam ao proibir que a criança pequena entre na cozinha quando há panelas sobre o fogão ou ande por locais perigosos. Da mesma forma que colocam telas na janela para evitar que caiam, precisam colocar “telas” emocionais para que o adolescente não se lance em situações perigosas, haja vista que os acidentes são a primeira causa externa de morte nessa faixa de idade, especialmente os acidentes relacionados com o consumo de álcool.

DEPENDÊNCIA

Drauzio – Normalmente, a dependência do álcool leva anos para estabelecer-se. Mesmo assim, é possível o adolescente tornar-se dependente?

Ronaldo Laranjeira – De fato, a dependência do álcool leva anos para estabelecer-se. Porém, um artigo publicado há pouco tempo no “Pediatrics” mostrou que  a exposição precoce à bebida alcoólica na adolescência aumenta muito a probabilidade de a pessoa tornar-se dependente.
Expor o cérebro em formação, principalmente no estirão da puberdade, à bebida alcoólica faz com que o jovem valorize o prazer químico do álcool e passe a usá-lo regularmente. Por isso, se comparada com a dos adultos que é de 11%, a prevalência do alcoolismo é baixa na adolescência, gira em torno de 2%, 3%. Mas, se levarmos em conta que os adolescentes estão começando a beber cada vez mais cedo, com certeza, as taxas de dependência do álcool vão subir muito nessa população de jovens que começou a beber cedo.

Drauzio – O que você chama de alcoolismo?

Ronaldo Laranjeira – Existem três padrões de consumo de bebida alcoólica. O padrão de baixo risco para os adultos é beber um ou dois copos de vinho, ou o equivalente em teor alcoólico, por dia. A maioria das pessoas tolera esse nível de toxicidade do álcool e não paga um preço biológico alto. Há quem diga até que esse padrão de consumo tem efeitos positivos.
Se beber mais do que isso, porém, estará fazendo uso nocivo do álcool, embora ainda possa não ser dependente. A dependência se caracteriza pelo uso regular de álcool em grandes volumes. Esse procedimento indica que a pessoa já se tornou tolerante e não bebe mais pelos efeitos agradáveis que a bebida possa provocar. Bebe porque precisa. Se não o fizer, fica irritada. Quem se vangloria de beber cinco doses de vodcas, de uísque ou dez latinhas de cerveja sem ficar bêbado já demonstra sinais de dependência porque pode expor o organismo a grandes volumes sem alterar o comportamento.

FATORES DE RISCO

Drauzio – Existem fatores de risco para o alcoolismo na adolescência?
Mauricio de S. Lima – Existem, sim, para o alcoolismo e para a dependência de qualquer outra droga. Existem até características que são geneticamente transmitidas, mas nem todos os que as possuem se tornam dependentes. Como Dr. Ronaldo falou, há pessoas que bebem e param sem criar dependência. A grande questão, porém, é que é impossível saber quem irá tornar-se dependente no futuro. Ninguém pode correr esse risco com os adolescentes, sobretudo porque nessa fase da vida, eles são tomados por um falso sentimento de onipotência: acham que tudo podem e que, portanto, pararão de beber quando quiserem. Outro fator que pesa muito é pertencer a uma turma em que todos bebem.
É importante destacar, ainda, que alguns adolescentes estão mais propensos a desenvolver esse tipo de comportamento. Vão a festas porque tem bebida e não por qualquer outro prazer que ela possa proporcionar.
Talvez, daqui a alguns anos, consigamos mapear essa tendência e alertar o jovem para que não entre em contato com determinadas substâncias porque, geneticamente, a probabilidade de tornar-se dependente é grande. Como não dominamos esse conhecimento ainda, a questão do álcool na adolescência deve ser tratada com muita cautela.
Drauzio – O adolescente que bebe está mais propenso a usar outras drogas?
Ronaldo Laranjeira – Disso ninguém tem dúvida. Uma das evidências mais consistentes na literatura médica é que o uso de álcool ou de cigarro antes dos 16, 17 anos aumenta muito o risco de experimentar maconha e, depois, partir para outras drogas.

Fonte-Drauzio Varella

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Álcool e Juventude

Álcool e Juventude


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Seu melhor amigo? Não, talvez o seu pior inimigo. Estamos falando do álcool, uma droga lícita que enquadra os jovens no rol das suas principais vítimas. Segundo a OMS, 320 mil jovens morrem todos os anos por causa do álcool. O que nós devemos fazer?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool mata 320 mil jovens todos os anos e está entre as principais causas de adoecimento e morte no Brasil, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mais de 60 tipos de doenças estão ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas; além disso, a maioria dos jovens que iniciam sua vida nas drogas mais pesadas testemunham que o álcool foi a porta de entrada para elas.
 
“O camarada diz: ‘Ah, eu só bebo no final de semana’. No entanto, se ele ultrapassa os limites do seu organismo, também vai enfrentar sérios problemas de saúde”, diz o psiquiatra Nilson Lyrio.
 
Muitos jovens não sabem, mas o simples fato de ultrapassarem os 30 gramas de álcool no sangue (o equivalente a três copos de chope), já causa danos a vários órgãos, como fígado, pâncreas, estômago, coração e cérebro. “O álcool gera o aldeído acético que é um veneno. Ele mata as células do fígado e mata neurônios”, alerta doutor Nilton.
 
Além das doenças, as bebidas alcoólicas também fazem vítimas na combinação “bebida x direção”. Estima-se que 75% das causas de mortes no trânsito estejam – de forma direta ou indireta – ligadas ao consumo delas [bebidas alcoólicas] . “As pessoas que bebem perdem, em grande parte, a sua capacidade reflexiva, alterando o equilíbrio e seu senso espacial”, explica a psicóloga Elaine Ribeiro.
 
Por que eu bebo?
 
A pergunta é: por que os jovens estão bebendo cada vez mais cedo e em maior quantidade? O que está por trás do consumo abusivo entre este grupo?
 
“Muitas vezes, o jovem busca a solução para seus problemas no álcool, numa tentativa de fugir do meio em que se encontra”, conta o psicólogo Marcos Ariel. De acordo com o profissional, é normal a transgressão de algumas regras e limites nessa etapa, mas o consumo abusivo pode estar escondendo a fuga de alguma situação problemática ou conflito interior. É nesta hora que o álcool surge como um “anestésico”.
 
“O uso abusivo do álcool pode estar escondendo alguma situação problemática ou conflito interior”.
 
Para a psicóloga Elaine, o adolescente também tem a necessidade de fazer parte de um grupo e de ser aceito socialmente por ele, porque busca uma identidade; assim o álcool surge como uma forma de socialização. Mas a especialista alerta: “muitos jovens pensam que a bebida vai deixá-los mais livres, mais alegres, no entanto, o álcool é um inibidor do sistema nervoso central. Então, depois daquele momento de euforia vem a depressão”.
No ano de 2011, a mundo assistiu ao fim trágico de uma das mais talentosas cantoras da atualidade, a britânica Amy Winehouse. Segundo o laudo a jovem morreu por causa do abuso do álcool e drogas. “Por mais talentosa que esta cantora tenha sido, o que fica é o ‘como’ ela terminou. Querendo ou não estes artistas também são referência para os jovens e, neste caso, uma referência negativa”, destaca a psicóloga Elaine.
 
Quando o vício bate à porta
 
Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e, deste número, 19% são considerados dependentes do álcool. “A pessoa que bebe deve procurar saber se, na sua família, há histórico de alcoolismo, porque ela pode trazer o gene da dependência, que vai predispô-la a ser uma adicta em potencial”, orienta o psiquiatra, doutor Nilton Lyrio.
Segundo o psiquiatra, além da questão genética que pode causar dependência, o consumo exagerado e frequente pode viciar a pessoa no álcool. “No fim de semana, o cara diz que ‘bebe todas’. Ele começa assim, bebendo ‘todas’ no fim de semana, mas, depois, passa a beber muito também durante a semana. Quando vê, já está buscando a bebida de forma compulsiva. Podemos dizer que este cidadão já está dependente”.

A religião como fator preventivo
 
A religiosidade vem ganhando destaque quando se trata da prevenção e da recuperação de jovens adictos de drogas lícitas e ilícitas. Dados publicados pelas PubMed e Scielo (Revistas de Medicina da Saúde dos Estados Unidos da América), revelam que pessoas que seguem uma religião ou dão importância à espiritualidade apresentam baixos índices de consumo de drogas como o álcool. Outro dado é que adictos que se tratam em comunidades terapêuticas de cunho religioso apresentam uma recuperação mais satisfatória do que aqueles tratados em clínicas médicas convencionais.
 
“Às vezes, pensamos que o recuperando não tem jeito, mas é neste momento que Deus age e muda a vida dessa pessoa”, ressalta Márcia Hoenhe, da Pastoral da Sobriedade da Diocese de Lorena (SP). Para Márcia, que trabalha na Casa Ágape (uma comunidade terapêutica), é notável a recuperação da pessoa que crê em Deus e participa das atividades de espiritualidade da casa de recuperação, diferentemente daquelas que não acreditam e não participam.
 


Basta passar, em frente a um grande posto de combustíveis, de minha cidade, nos fins de semana para constatar: as vezes, mais de uma centena de jovens, de todas as idades. No chão, garrafas de vodkas, uísques, cachaça, cervejas, ao som alto de carros, realizando uma espécie de "esquenta", que pode durar horas...Menores muitas vezes de 15, 16 anos. Sob que aspecto, um jovem pode, fazer uso de dezenas de doses de destilados, ainda que fins de semana, de maneira segura ? Não vejo como. Várias são as possibilidades, mas talvez 1% vislumbra o que seria a correta: o uso esporádico e salutar. (Quem, vez por outra, bebe 1, no maximo 2 doses...e para). Na verdade, o total descontrole é o que acontece, e aí, questionamo-nos, do porque ? 

Soltar-se ? Ora, então criamos gerações de pessoas inseguras, que necessitam de doses de álcool para se sentirem seguras e poderem se socializar melhor em meio ao grupo ao qual pertencem. 

Apenas para "alegrar" ? A mesma primícia, temos jovens então, que não veem alegria nos lugares que frequentam, escolhas suas, apenas sentem-se alegres e a vontade, quendo sob efeito do álcool.

Outra hipóteses existem. O fato é que, há nisto tudo, e nesta situação, uma boa chance de cada um destes jovens, desenvolver problemas no futuro com o álcool, quiça outras drogas também, porque não é novidade, que neste local, circulam pessoas que proporcionam a venda desde maconha, cocaína, até o crack. 

Autor-Emerson

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Jovens infratores : 75 % são usuários de drogas !

75% dos jovens infratores no Brasil são usuários de drogas, aponta CNJ

Roubo foi causa de 36% das internações pelo país, segundo estudo.
Relatório sobre medidas socioeducativas foi divulgado nesta terça (10).

Do G1, em São Paulo
 
Dos adolescentes internados em cumprimento de medidas socioeducativas no Brasil, 75% são usuários de entorpecentes. O dado foi apresentado nesta terça-feira (10) em um relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A pesquisa “Panorama Nacional, a Execução das Medidas Socioeducativas de Internação” foi realizada pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) e pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ). O levantamento foi realizado por uma equipe multidisciplinar que visitou, de julho de 2010 a outubro de 2011, os 320 estabelecimentos de internação existentes no Brasil, para analisar as condições de internação de 17.502 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de restrição de liberdade. Durante estas visitas, a equipe entrevistou 1.898 adolescentes internos.
75% dos jovens infratores no Brasil são usuários de drogas, aponta CNJ
Dos jovens entrevistados, 74,8% faziam uso de drogas ilícitas, sendo o percentual ainda mais expressivo na Região Centro-Oeste, onde 80,3% dos adolescentes afirmam ser usuários de drogas. Em seguida está a Região Sudeste, com 77,5% de usuários.
Dentre as substâncias utilizadas pelos adolescentes, a maconha foi a droga mais citada (89%), seguida da cocaína (43%), com exceção da Região Nordeste, em que o crack foi a segunda substância mais utilizada (33%). Aparecem no levantamento ainda usuários de inalantes, medicamentos e LSD. De acordo com o relatório, a alta incidência de uso de psicoativos pode estar relacionada à ocorrência dos atos infracionais.
Segundo o CNJ, considera-se ato infracional toda conduta praticada por criança ou adolescente definida como crime ou contravenção pelo Código Penal brasileiro. Entre os atos infracionais mais comuns entre os adolescentes internados estão crimes contra o patrimônio, como roubo e furto. De acordo com o levantamento, 36% dos entrevistados afirmaram estar internados por roubo. Em seguida aparece o tráfico de drogas (24%).
Gráfico drogas crimes (Foto: Arte/G1)
Ainda segundo o estudo, o crime de homicídio foi bastante expressivo em todas as regiões do país, com exceção do Sudeste, onde o delito corresponde a 7% do total. Nas regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sul os percentuais de homicídio como motivo da atual internação dos jovens correspondem, respectivamente, a 28%, 21%, 20% e 20%.
O estudo divulgado nesta terça aponta o roubo também como principal motivo de internação entre os adolescentes reincidentes. O levantamento constata, porém, que a ocorrência de homicídio na reiteração da prática infracional foi aproximadamente três vezes superior à primeira internação, aumentando de 3% para 10% dos casos em âmbito nacional.
Entre os adolescentes entrevistados em cumprimento de medida de internação, 43,3% já haviam sido internados ao menos uma outra vez, segundo adiantou o Jornal O Globo na segunda-feira (9). Nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, 54% e 45,7% dos jovens, respectivamente, são reincidentes; nas demais regiões o índice de reincidência entre os entrevistados varia entre 38,4% e 44,9%. Há registros de reincidência em 54% dos 14.613 processos analisados no território nacional.
Perfil do adolescente infrator
De acordo com a pesquisa divulgada pelo CNJ, a idade média dos adolescentes entrevistados é de 16,7 anos. O maior percentual de internados observados pela pesquisa tem 16 anos, com índices acima dos 30% em todas as regiões do país. O estudo aponta ainda que a maioria dos adolescentes cometeu o primeiro ato infracional entre 15 e 17 anos (47,5%). Considerando-se o período máximo de internação, o estudo revela que boa parte dos jovens infratores alcança a maioridade civil e penal durante o cumprimento da medida.

Quanto à escolaridade, 57% dos jovens declararam que não frequentavam a escola antes da internação. Entre os entrevistados, apenas 8% afirmaram ser analfabetos. Ainda assim, a última série cursada por 86% dos jovens pertencia ao ensino fundamental.
No que diz respeito às relações familiares, o estudo aponta que 14% dos jovens entrevistados têm filhos. Do total de adolescentes ouvidos no levantamento, 43% foram criados apenas pela mãe, 4% pelo pai sem a presença da mãe, 38% foram criados por ambos e 17% foram criados pelos avós.
Entre os aspectos comuns à maioria dos entrevistados, de acordo com a pesquisa, estão a criação em famílias desestruturadas, a defasagem escolar e a relação estreita com entorpecentes.

Fonte - G1

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Efeitos do Ecstasy no Organismo

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Efeitos do Ecstasy no Organismo


Também chamado de droga do amor, o ecstasy é uma droga psicoativa, conhecida quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviada por MDMA. O ecstasy foi produzido por uma indústria farmacêutica no ano de 1914 com o intuito de ser utilizado como supressor do apetite, mas nunca foi utilizado para essa finalidade. Nos anos 60, começou a ser utilizado por psicoterapeutas para elevar o ânimo de pacientes; e na década de 70 passou a ser consumido recreativamente, sendo disseminado principalmente entre estudantes universitários. O uso dessa droga é proibido em vários países, inclusive no Brasil.
Embora esse modo de utilização não seja mais empregado, o ecstasy pode ser injetado via intravenosa. Atualmente o consumo ilegal de ecstasy tem sido realizado na forma de comprimidos via oral.
O efeito do ecstasy pode durar em média oito horas, mas isso varia de acordo com o organismo. Em pessoas que possuem maiores quantidades de enzimas metabolizadoras, o efeito do ecstasy pode durar menos tempo. À medida que as enzimas do organismo metabolizam as toxinas, elas produzem também metabólitos ativos que continuam exercendo atividade psicoativa, como se fosse a própria droga, mas com efeitos não muito agradáveis, que podem durar por mais algumas horas.
Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da sociabilização e extroversão.
Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento da tensão muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia, grande oscilação da pressão arterial, alucinações, agitação, ansiedade, crise de pânico e episódios breves de psicose. O aumento no estado de alerta pode levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Nos dias seguintes ao uso da droga o usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de concentração, ansioso e fatigado.
O uso a longo prazo do ecstasy causa muitos prejuízos à saúde. O excesso de serotonina na fenda sináptica provocado pelo uso da droga causa lesões nas células nervosas irreversíveis. Essas células, quando lesionadas, têm seu funcionamento comprometido, e só se recuperam quando outros neurônios compensam a função perdida.
Estudos realizados em humanos consumidores dessa droga comprovam a perda da atividade serotoninérgica, que leva seu usuário a apresentar perturbações mentais e comportamentais, como dificuldade de memória, tanto verbal como visual, dificuldade de tomar decisões, ataques de pânico, depressão profunda, paranoias, alucinações, despersonalização, impulsividade, perda do autocontrole e morte súbita por colapso cardiovascular.
O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante de fígado.
No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos.
O uso de ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que pode levar à morte. O aumento da temperatura corporal tem alguns sintomas como desorientação, parar de transpirar, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio.
Ainda não há estudos que comprovem que o ecstasy provoca dependência física, mas também não podemos afirmar que isso não irá acontecer.

Paula Louredo
Graduada em Biologia


Fonte-Brasil Escola

Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade

Canibalismo pode ser novo efeito de droga sintética disseminada nos EUA

Canibalismo pode ser novo efeito de droga sintética disseminada nos EUA

País registrou alguns casos de canibalismo recentemente.
Em um deles, homem nu foi visto comendo rosto de indigente.

Da France Presse

A droga "Cloud Nine" e outras substâncias sintéticas conhecidas como "sais de banho" podem provocar uma sensação de relaxamento extremo, ataque de pânico, apoplexia ou, inclusive, converter o usuário num canibal da noite para o dia.
Rudy Eugene e sua vítima, Ronald (Foto: Reuters) - http://mais24hrs.blogspot.com.br/Rudy Eugene e sua vítima, Ronald (Foto: Reuters)
Segundo agentes da ordem em Miami (sudeste dos Estados Unidos), esta teoria pode explicar por que um homem nu comeu há algumas semanas, em plena luz do dia, os olhos, o nariz, as bochechas e a boca de um indigente.
"Devemos esperar os informes toxicológicos para poder afirmar esta possibilidade", declarou à AFP a porta-voz da administração antidrogas americana (DEA), Barbara Carreno.
Imagem de vídeo mostra policiais próximo ao corpo dos envolvidos no crime ocorrido neste sábado (26) em Miami (Foto: AP)Imagem de vídeo mostra policiais próximo ao corpo de Rudy Eugene e sua vítima. (Foto: AP)
Mas, segundo ela, certamente percebe-se um comportamento estranho na atitude do homem, identificado como Rudy Eugene. "Estas substâncias químicas são muito perigosas. Existem pessoas que as utilizam e depois dizem 'Não vou prová-las mais. Dão medo'", acrescentou Carreno.
A "Cloud Nine" é uma das muitas substâncias sintéticas com nomes sugestivos - como "Ivory Wave", "Vanilla Sky" ou "White Lightning" - conhecidas como "sais de banho", que contêm derivados de um estimulante cerebral.
Proibida em vários estados do país e na lista de drogas controladas pela DEA desde outubro de 2011, a "Cloud Nine pode ser comprada legalmente em lojas ou postos de gasolina, além da internet.
"Era vendida por entre US$ 18 e 40 a unidade", contou TG, uma fonte que pediu o anonimato e que vendia esta droga em uma loja de Washington.
Quem a comprava? "Mendigos, advogados, qualquer um entre 18 e 75 anos", acrescentou. "Esta era a parte estranha. Pensavam que era algo que podia agitar suas mentes sem violar a lei", acrescentou.
TG afirmou jamais ter consumido "Cloud Nine", mas, por outros que o fizeram, assegurou que produzia "vários efeitos, do relaxamento a leves apoplexias".
Em um documento, o DEA alerta que esta substância pode produzir "agitação, insônia, irritação, enjoo, depressão, paranoia, delírios, pensamentos suicidas, apoplexias e ataques de pânico".
Canibalismo, no entanto, não aparece na lista da agência americana. Mas a polícia de Miami suspeita que Eugene, de 31 anos, tenha consumido "sais de banho" antes de comer o rosto de um mendigo quase inconsciente, antes de morrer baleado por um agente.
Em outro incidente, também ocorrido em Miami, um jovem de 21 anos invadiu um restaurante gritando obscenidades e tentou comer a mão de um policial. Acredita-se que também estava sob os efeitos de "Cloud Nine".
"Por favor, tenham cuidado ao lidar com a população sem teto", advertiu o departamento de polícia de North Miami Beach aos seus agentes. Também pediu que os cidadãos informem imediatamente se suspeitam que alguém possa ter tomado esta droga.
Mark Ryan, diretor do Centro de Desintoxicação Estatal da Louisiana (sul) e especialista em drogas sintéticas, explicou que os "sais de banho" - feitos com produtos importados - apareceram pela primeira vez nos Estados Unidos em 2010, "e, em 2011, se propagaram incontroladamente".
"Passamos de 300 casos diagnosticados em todos os Estados Unidos em centros de desintoxicação em 2010 para cerca de 6.000 em 2011", disse em uma entrevista à AFP.
"Todos os casos não são declarados a centros de dependência de drogas, e talvez representem 25% dos que realmente existem", disse.
Ryan lembrou casos nos quais a substância "Cloud Nine" levou "pessoas nuas a saltar por uma janela e depois escalar mastros de bandeiras" ou um suicida a atirar contra si mesmo um dia depois de tentar se enforcar.

Fonte - G1

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Tipos de Drogas - Resumo

Tipos de Drogas - Resumo



Álcool


Nome:
cerveja, destilados e vinhos
Origem:
grão e frutas
Quantidade média ingerida:
350 ml, 45 ml, 90 ml
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, quebra das inibições, euforia, depressão, diminuição da consciência
Duração:
2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
estupor, náusea, inconsciência, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
moderado
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
obesidade, impotência, psicose, úlceras, subnutrição, danos cerebrais e hepáticos, morte
Utilização médica:
nenhuma

Alucinógenos


Nome:
DMT, escopolamina, LSD, mescalina, noz-moscada, psilocybina, STP
Origem:
sintética, mimendro (planta), cactus, moscadeira, cogumelo
Quantidade média ingerida:
variável, 5 mg, 150-200 mg, 350 mg, 400 mg, 25 mg
Forma ingestão:
oral, inalável, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
alteração da percepção, especialmente visual, aumento da energia, alucinações, pânico
Duração:
variável
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
ansiedade, alucinações, exaustão, psicose, tremores, vômito, pânico
Risco de dependência psicológica:
baixo
Risco de dependência física:
nenhum
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
aumento de ilusões e de pânico, psicose
Utilização médica:
o LSD e a psilocybina foram testados no tratamento do alcoolismo, drogas, doenças mentais e enxaquecas

Anfetaminas


Nome:
benzedrina, dexedrina, methedrina, preludin
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
2,5-5 mg
Forma ingestão:
oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
aumento da atenção, excitação, euforia, diminuição do apetite
Duração:
1-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
inquietação, discurso apressado, irritabilidade, insônia, desarranjos estomacais, convulções
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
nunhum
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
insônia, excitação, problemas dermatológicos, subnutrição, ilusões, alucinações, psicose
Utilização médica:
na obesidade, depressão, fadiga excessiva, distúrbios do comportamento infantil

Antidepressivos


Nome:
tofranil, ritalina, tryptanol
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
10-25 mg
Forma ingestão:
oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
alívio da ansiedade e da depressão, impotência temporária
Duração:
12-14 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
náusea, hipertensão, perda de peso, insônia
Risco de dependência psicológica:
baixo
Risco de dependência física:
nenhum
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
estupor, coma, convulsões, insuficiência cardíaca congestiva, danos ao fígado e aos glóbulos brancos, morte
Utilização médica:
na ansiedade ou supersedação, distúrbios do comportamento infantil

Barbitúricos


Nome:
doriden, hidrato de cloral, fenobarbital, nembutal, saconal
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
400 mg, 500 mg, 50-100 mg
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, euforia, diminuição da consciência, tontura, coordenção prejudicada, sono
Duração:
4-8 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
discurso "borrado", mal articulado, estupor, ressaca, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
sonolência excessiva, confusão, irritabilidade, graves enjôos pela privação
Utilização médica:
na insônia, tensão e ataque epilético

Cafeína


Nome:
café, chá, refrigerantes
Origem:
grão de café, folhas de chá, castanha
Quantidade média ingerida:
1-2 xícaras, 300 ml    
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Duração:
2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
agitação, insônia, enjôo
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
agitação, irritabilidade, insônia, perturbações estomacais
Utilização médica:
na supersedação e dor de cabeça

Cocaína


Nome:
cocaína
Origem:
folhas de coca
Quantidade média ingerida:
variável
Forma ingestão:
nasal, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
sensação de auto-confiança, vigor intenso
Duração:
4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
irritabilidade, depressão, psicose
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
danos ao septo nasal e vasos sanguíneos, psicose
Utilização médica:
anestésico local

Inalantes


Nome:
aerossóis (éter), colas, nitrato de amido, óxido nitroso
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
variável
Forma ingestão:
inalável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, euforia, coordenação prejudicada
Duração:
1-3 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
estupor, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
nenhum
Tolerância:
possível
Efeitos a longo prazo:
alucinações, danos ao cérebro, aos ossos, rins e fígado, morte
Utilização médica:
dilatação dos vasos sanguíneos, anestésico leve

Cannabis Sativa


Nome:
haxixe, maconha, thc
Origem:
cannabis, sintética
Quantidade média ingerida: variável
Forma ingestão:
inalável, oral, injetável
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, quebra das inibições, alteração da percepção, euforia, aumento do apetite
Duração:
2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
pânico, estupor
Risco de dependência psicológica:
moderado
Risco de dependência física:
moderado
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
fadiga, psicose
Utilização médica:
na tensão, depressão, dor de cabeça, falta de apetite

Narcóticos


Nome:
codeína, demerol, metadona, morfina, ópio, percodan
Origem:
papoula de ópio, papoula de ópio sintética
Quantidade média ingerida:
15-50 mg, 50-150 mg, 05-15 mg, 10 mg
Forma ingestão:
oral, injetável, nasal
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, alívio da dor e da ansiedade, diminuição da consciência, euforia, alucinações
Duração:
4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
estupor, morte
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
latargia, prisão de ventre, perda de peso, esterilidade e impotência temporária, enjôos pela privação
Utilização médica:
na tosse, na diarréia, analgésico, combate à heroína

Nicotina


Nome:
cachimbos, charutos, cigarro, rapé
Origem:
folhas de tabaco
Quantidade média ingerida:
variável
Forma ingestão:
inalável, oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
relaxamento, contração dos vasos sanguíneos
Duração:
1/2-4 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
dor de cabeça, perda de apetite, náusea
Risco de dependência psicológica:
alto
Risco de dependência física:
alto
Tolerância:
sim
Efeitos a longo prazo:
respiração prejudicada, doença pulmonar e cardiológica, câncer, morte
Utilização médica:
nenhuma (usado em inseticida)

Tranquilizantes


Nome:
dienpax, librium, valium
Origem:
sintética
Quantidade média ingerida:
5-30 mg, 5-25 mg, 10-40 mg
Forma ingestão:
oral
Efeitos a curto prazo (quantidade média):
alívio da ansiedade e da tensão. supressão das alucinações e da agressão, sono
Duração:
12-24 horas
Efeitos a curto prazo (grandes quantidades):
sonolência, visão perturbada, discurso "borrado", reação alérgica, estupor
Risco de dependência psicológica:
moderado
Risco de dependência física:
moderado
Tolerância:
não
Efeitos a longo prazo:
destruição de células sanguíneas, icterícia, coma, morte
Utilização médica:
na tensão, ansiedade, psicose, no alcoolismo 

Fonte - Anti-Drogas

Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade
 

O Crack - Flagelo Social

O Crack - Flagelo Social - http://mais24hrs.blogspot.com.br/

O Crack - Flagelo Social


Crack Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica. Assim como a cocaína, não causa dependência física, o corpo não sinaliza a carência da droga.
As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago, o "tuim", na linguagem dos usuários. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.
O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.
Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.O Crack - Flagelo Social - Usuários - http://mais24hrs.blogspot.com.br/

O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.

O caminho da droga no organismo  :
O Crack - Flagelo Social
Do cachimbo ao cérebro  
1. O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares
2.
Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro
3.
No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral
4.
O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea
5.
No fígado, ele é metabolizado
6.
A droga é eliminada pela urina

O Crack - Flagelo Social
Ação no sistema nervoso

Em uma pessoa normal, os impulsos nervosos são convertidos em neurotransmissores, como a dopamina (1), e liberados nos espaços sinápticos. Uma vez passada a informação, a substância é recapturada (2). Nos usuários de crack, esse mecanismo encontra-se alterado.

A droga (3) subverte o mecanismo natural de recaptação da substância nas fendas sinápticas. Bloqueado esse processo, ocorre uma concentração anormal de dopamina na fenda (4), superestimulando os receptores musculares - daí a sensação de euforia e poder provocada pela droga. A alegria, entretanto, dura pouco. Os receptores ajustam-se às necessidades do sistema nervoso. Ao perceber que existem demasiados receptores na sinapse, eles são reduzidos. Com isso as sinapses tornam-se lentas, comprometendo as atividades cerebrais e corporais
.
O Crack - Flagelo Social - Como se usa - http://mais24hrs.blogspot.com.br/O crack nasceu nos guetos pobres das metrópoles, levando crianças de rua ao vício fácil e a morte rápida. Agora chega à classe média, aumentando seu rastro de destruição

Fonte: Anjos Caídos, Içami Tiba. Editora Gente, 6ª edição

Fonte: Globo Ciência/1996 Ano 5 nº 58 

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Considerações Sobre a Maconha I

Sobre a Maconha

Maconha

Sobre a Maconha - http://mais24hrs.blogspot.com.br/
Muitos debates, tem envolvido esta droga, nos últimos tempos. Defensores, legalizadores, discriminalizadores, e contrários tem levantado sus bandeiras, explicando prós e contras sobre esta erva, que tem uma história de milênios, na humanidade. Lembrando que é até mesmo difícil chamar as pessoas ao debate, porque pode ser interpretado como "apologia às drogas" e, portanto, punível com cadeia. A maconha, conhecida também como cânhamo, tem no mundo todo, diversas utilidades ( ? ), usada em forma de fibras, calmante, chá, em pratos, e até, hoje em dia, como remédio, em doentes terminais. Porém, tratamos aqui, da substância que é utilizada como narcótico, ou droga. A qual, neste país é proibida qualquer forma de consumo, sendo ilegal, ressaltando que, diante da nova Lei de Tóxicos:
Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Isto, já é um avanço, considerável, ou seja, extinguiu-se praticamente a punição, e entrou a informação, educação, tratamento. Claro, que a educação neste sentido, terá muito mais efeito, se iniciada no núcleo familiar, escolas, sociedade, etc. Quando chega nas esferas judiciais, é ainda que benéfica, mas é tardia.

A seguir, os efeitos da droga no organismo ( Fonte-Banco de Saúde ) :

Os efeitos da maconha (THC)  
Sobre a Maconha - http://mais24hrs.blogspot.com.br/
Os efeitos da maconha variam muito, dependendo da qualidade da erva, da quantidade consumida, da forma de consumo e da experiência do usuário. Os efeitos psicológicos da maconha incluem:

Alteração do humor, com tendência a euforia e relaxamento,
Distorções espaço-temporais,
Sensação de insights ou pensamentos mágicos,
Taquicardia,
Dilatação dos vasos sanguíneos oculares,
Boca seca,
Aumento do apetite,
Tontura.
Entretanto, doses elevadas podem provocar uma intoxicação aguda com alucinações audio-visuais, ansiedade, depressão, reações paranóicas e outras psicoses, além de incoordenação motora e desconforto físico.
 
Maconha faz mal à saúde?

Depois de mais de um século de pesquisas, a resposta não é simplista e necessita de uma avaliação em relação ao padrão de consumo e ao aspecto analisado. Veja abaixo um resumo do que se sabe: 

Efeitos da maconha: Dependência

As estatísticas americanas mostram que 1% dos usuários de maconha faz uso pesado ou prejudicial, enquanto um a cada 300 usuários apresentam dependência de acordo com os critérios do DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças). Muitos especialistas apontam que os efeitos da maconha podem estar ficando mais potentes. Ao longo dos últimos 40 anos, foi feito um melhoramento genético, cruzando plantas com alto teor de THC. Surgiram variedades como o Skank. O fato é que, para quem é dependente maconha faz muito mal. Isso é especialmente verdadeiro para crianças e adolescentes, que não deveriam estar expostos a nenhuma forma de droga lícita ou ilícita.
Efeitos da maconha no desenvolvimento do câncer

Por muito tempo, os riscos do cigarro foram negligenciados e só nas últimas duas décadas ficou claro que havia uma bomba-relógio armada - porque os danos só se manifestam depois de décadas de uso contínuo. Há o temor de que os efeitos da maconha na indução do câncer possam se manifestar tardiamente. Até o momento não se provou nenhuma relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traquéia, boca e outros associados ao cigarro, principalmente em usuários eventuais. No entanto usuários diários e por períodos maiores que 10 anos têm uma chance maior de desenvolver câncer. 

Efeitos da maconha no cérebro e personalidade:   

Com relação a alterações fisiológicas e psicológicas, muitas experiências foram feitas revelando que o usuário de maconha, no momento do uso, fica com a memória de curto prazo prejudicada. Mas esse dano não é permanente. Basta interromper o uso que tudo volta a funcionar normalmente. Os efeitos da maconha sobre raciocínio e coordenação motora são semelhantes, que ficam mais lentos quando o usuário fuma muito freqüentemente.

No entanto, existem pesquisas com usuários "pesados" e crônicos (aqueles que fumam vários baseados por dia há mais de 15 anos), mostrando que a concentração, memória, e raciocínio podem estar prejudicados de forma permanente.

Na comparação com o álcool, a maconha leva grande vantagem: beber muito provoca danos cerebrais irreparáveis e destrói a memória. O maior risco para pessoas dependentes ou que fazem uso pesado da maconha é a síndrome amotivacional, nome que se dá à completa perda de interesse que a droga causa em alguns indivíduos.

Efeitos da maconha no coração:

O princípio ativo da maconha, o THC, dilata os vasos sangüíneos e acelera os batimentos cardíacos. Isto por si só não oferece risco para a maioria dos usuários. No entanto, os efeitos da maconha em pessoas com problemas cardíacos podem agravar a doença.
 
Efeitos da maconha na fertilidade:

Pesquisas mostraram que o usuário freqüente tem o número de espermatozóides reduzido. Ainda assim não está comprovado que maconha seja causa de infertilidade ou impotência.
 
Efeitos da maconha na imunidade:

As pesquisas vêm buscando compreender a relação entre a maconha e o sistema imunológico. No entanto, não existem evidências que liguem a maconha a alterações imunológicas persistentes ou aumento da incidência de infecções.

Efeitos da maconha no cérebro e no desenvolvimento de doenças psiquiátricas:

Está bem documentado que a intoxicação por maconha pode causar sintomas psicóticos breves, tais como delírios de perseguição. Adicionalmente, usuários pesados e crônicos têm maior chance de desenvolver quadros psicóticos crônicos como a esquizofrenia.  O desenvolvimento de tais quadros psicóticos está relacionado à dose e freqüência de uso.
 
Efeitos da maconha na gravidez:
 
O uso de qualquer substância psicoativa durante a gravidez representa um risco para a mãe e o bebê. E no caso da maconha, não poderia ser diferente. Algumas pesquisas apontaram uma tendência de filhos de mães que usaram maconha durante a gravidez de nascer com menor peso. 

Fontes e referências
Compton. W. The Journal of the American Medical Association, 2004; vol 291: pp 2114-2121.
National Institute on Drug Abuse: "NIDA Info Facts: Marijuana."
The Medical Letter on Drugs & Therapeutics, 2002; vol 44: pp 71-73.
National Highway Traffic Safety Administration: "Cannabis/Marijuana."
American Psychiatric Association, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th edition, 1994.
Nocon, A. Journal of Psychiatric Research, 2006; vol 40: pp 394-403.
Kolodny, R. New England Journal of Medicine, 1974; vol 290: pp 872-74.
Nahas, G. Marijuana and Medicine, Humana Press, 2001.
Tashkin, D. American Review of Respiratory Disease, 1987; vol 135: pp 209-16.
Jones, R. National Institute on Drug Abuse Research Monograph 14, 1977.
Nocon, A. Journal of Psychiatric Research, 2006; vol 40: pp 394-403.

Ainda, lembrando que no Brasil, trata-se de droga ilícita, o mercado, consumo, ou tráfico desta droga, financia crimes como roubo, sequestro, assassinatos, tráfico de armas, e outros.


Além do que, a maconha, é a principal porta de acesso a outras drogas, inegavelmente, onde cerca de 70 % dos usuários, tendem a experimentar outras drogas. Nenhum ser humano nasce, com a necessidade de usar qualquer tipo de droga. 

Viver de cara limpa, é o maior barato !

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