• Maconha faz mal?

    Saiba mais sobre a fundamentação científica acerca dos efeitos da maconha sobre o organismo.

Ano Novo...nem tão novo, mas esperançoso !

Iremos, iniciar 2013, com 1,8 milhões de moradores de rua:


Ano Novo - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
No Brasil há cerca de 192 milhões de habitantes, segundo o CENSO do IBGE. Entre 0,6% à 1% são população de rua.
É uma variação que calcula novos moradores de rua e os que deixam de morar na rua. Em números, há até 1,8 milhões de moradores de rua em todo o território brasileiro.

 

Iremos, iniciar 2013, com 1,2 milhões de usuários de crack:

Ano Novo - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
O número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (5) pelo psiquiatra Pablo Roig, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados. Roig é especialista no tratamento de dependentes do crack. 

 

Iremos, iniciar 2013, com 11 milhões de toneladas, de alimentos desperdiçados:

Ano Novo - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Mesmo sendo um dos principais produtores de alimentos do mundo, o Brasil ainda desperdiça mais de 11 milhões de toneladas de alimentos todos os anos. Os dados são do Centro de Agroindústria de Alimentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que aponta tambémque os brasileiros jogam fora 37 quilos de hortaliças anualmente.




Não se fala aqui de números globais, porque daí a situação, é muito pior, e bem pior. Estimativas, dão conta, que a cada 12 minutos, morre uma criança de fome no mundo. DE FOME. Nada está bem...nada. Mas, é o princípio, de cada um por si, ou no mínimo, a constatação de que, não podemos mudar o mundo. É, talvez. Mas, podemos, por exemplo, começar a eleger políticos, que estejam de acordo, com o que pensamos, mudar nosso mundo pessoal, tentar por pequenas ações, em nossa própria comunidade, por menores que sejam. É talvez um começo, para quem sabe um dia, mudarmos este quadro acima.

"Deus, conceda-me a serenidade necessária, para aceitar as coisas que eu não posso modificar, CORAGEM, para modificar aquelas que eu posso, e SABEDORIA, para RECONHECER A DIFERENÇA" Só por hoje.

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Combinação de Medicamentos pode reduzir o consumo de cocaína

Medicamentos pode reduzir o consumo de cocaína

NIDA 

Medicamentos podem reduzir consumo de cocaína - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
Investigação (Pesquisa) financiada em ratos mostra que o uso de uma combinação de buprenorfina e naltrexona pode reduzir a ingestão de cocaína, sem produzir dependência de opióide - um passo promissor para um tratamento médico eficaz para a dependência de cocaína, em seres humanos, para os quais não existem correntes medicamentos aprovados pela FDA.
A buprenorfina é um medicamento opióide utilizado para o tratamento da dependência de opiáceos. Estudos recentes sugerem que a buprenorfina pode também ser eficaz no tratamento da dependência de cocaína. Na verdade, um ensaio clínico randomizado mostrou que a buprenorfina pode reduzir o uso de cocaína independentemente do consumo de opiáceos - em uma população de pacientes com tanto ópio e da dependência de cocaína. No entanto, existe a preocupação de que dar bupenorphrine - um opióide - a opióide pacientes virgens de coloca-los em risco para a dependência de opiáceos. Em teoria, este risco de dependência pode ser minimizado pela administração concomitante de naltrexona, um bloqueador do receptor opióide.

Estudos têm demonstrado que as acções de blocos de naltrexona buprenorfina é de um tipo de receptor opióide que está associado com a recompensa da droga (isto é, mu), preservando ao mesmo tempo a sua capacidade para potencialmente interagir com um subtipo de receptor segundo opióides (ou seja, kapa), pensado para contribuir para a cocaína compulsivo usar. Este estudo demonstrou que a combinação de baixas doses de naltrexona com a buprenorfina pode reduzir a ingestão de cocaína, sem indução de dependência de opióide nestes animais.

Para obter uma cópia do estudo por Wee et al., Vá para http://stm.sciencemag.org/content/current.

Para mais informações, entre em contato com a equipe de imprensa no NIDA media@nida.nih.gov ou 301-443-6245.

Nida Press Office

Fonte-NIDA (National Institute on Drug Abuse)

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É a favor da legalização das drogas ? Considere isto...

É a favor da legalização das drogas ? Considere isto...


Alguns vídeos, que talvez façam você, que defende a legalização das drogas sejam elas quais forem, apenas ponderar, se é a melhor solução, para estes problemas que você atribui a ilegalidade delas...pense...








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PM de SP e a nova lei seca

PM de SP usa menos o bafômetro, mas flagra mais motoristas


Folha de São Paulo - GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Lei Seca - http://www.mais24hrs.blogspot.com.br
A Polícia Militar de São Paulo fiscalizou menos motoristas nas operações da lei seca neste ano. Mesmo assim, dobrou a quantidade de pessoas flagradas dirigindo sob o efeito do álcool.
A redução na fiscalização foi constatada pela Folha com base em números enviados à reportagem pelo Comando de Policiamento de Trânsito da Capital (CPTran).

A quantidade de pessoas submetidas ao bafômetro na cidade diminuiu 26% na comparação da média mensal de 2012 com a do ano passado.

Até o último dia 11, 163.730 pessoas haviam feito o teste, contra 221.079 averiguadas em todo o ano passado.

A média mensal de motoristas que assopraram o bafômetro em 2011 foi de 18.423 pessoas, contra 13.644 neste ano. Para chegar ao patamar atingido no ano passado, seria necessário fazer mais 59.349 novos testes até o dia 31, ou mais de quatro vezes a média mensal deste ano. Ontem, entrou em vigor a lei seca mais rigorosa. Pelo novo texto, provas como filmagens ou a análise de policiais também vão valer para comprovar o crime de embriaguez ao volante.

Embora a fiscalização tenha diminuído, quase dobrou o número de motoristas flagrados dirigindo sob o efeito de álcool --de 4.707 em 2011 para 8.784 neste ano.
mudança

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

Segundo a PM, a diminuição das blitze se deve a mudanças de procedimentos para focar a fiscalização apenas em áreas onde é maior a probabilidade de flagrantes.

Segundo o capitão Sergio Marques, porta-voz da PM, as operações ocorreram mais nas regiões da Vila Madalena e Barra Funda (zona oeste) e da Guarapiranga (zona sul).

"Fizemos um estudo e constatamos que havia necessidade de melhorar a qualidade da fiscalização. E deu resultado, porque houve muito mais flagrantes do que no ano passado", disse Marques.

O capitão afirmou que os flagrantes tomam tempo dos policiais militares por conta do preenchimento de documentos e o deslocamento de motoristas embriagados às delegacias, o que pode ter ocasionado a redução.

"Quanto mais pessoas embriagadas a gente pega, mais trabalho a gente tem", disse o capitão da PM.




 Fonte-Uniad

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Atração, e não promoção...

 ATRAÇÃO E NÃO PROMOÇÃO


"Nossa política de relações públicas baseia-se na atração , não em promoção, (...) primeira parte, da 11ª Tradição de NA (Narcóticos Anônimos) 
Esta, é uma tradição que norteia, assim como as demais (são 12 ao todo), os serviços, os servidores, e as diretrizes de NA. Mas, de outro ponto, serve perfeitamente, para aplicar-se em outras situações. Com relação ao DQ, após um tratamento: Quando alguém, após um tratamento para DQ, volta ao convívio social e familiar, após por exemplo, roubos, uso, destruição psicológica e física, não é com "palavras" (promoção), que esta pessoa irá conquistar, ou reconquistar, a confiança dos outros, ou de sua família....mas sim, com as atitudes (atração), e com o "tempo limpo"...o tempo limpo, é o primeiro que irá "falar", por qualquer DQ, pois quanto mais tempo limpo, mais se confirmarão quaisquer palavras...segundo, as atitudes do DQ com relação às suas relações sociais, ambientes que frequenta, trabalho, sua idoneidade social perante compromissos como dívidas e outros, comportamentos, e daí por diante...Então, com o tempo, as pessoas, e a família notarão, a mudança, e a confirmação, da mudança, e o resto é consequencia, o resto, é viver....porque uma coisa, é certa, ninguém que para de usar drogas, terá um mar de rosas pela frente, os problemas, não cessarão, a diferença é que, o DQ aprende, a lidar com eles sem usar, e a não cometer antigos erros novamente esperando resultados diferentes (insanidade). 

Com relação  à recuperação e tratamento de um DQ: Em um trabalho por exemplo, que envolve a recuperação de indivíduos, quem quer que eles sejam, é inadmissível, que haja uma postura de exposição, deste indivíduo, sem sua livre vontade. Isto, é um ponto razoável, e mais, correto e adequado é, manter absoluto e total anonimato, durante todo o processo de tratamento, deixando para o próprio indivíduo, ponderar no futuro, a conveniência ou importância, de expor, e para quem faze-lo, a sua DQ, e  seu passado.  Mas, as Comunidades Terapêuticas do Brasil, tem sido por vezes alvo de críticas, por exemplos ruins dados por dirigentes, coordenadores, proprietários, ou outros profissionais ligados a elas. Um dos casos mais recentes, foi o das unidades do Creta em SC, lastimáveis acontecimentos, ora sendo apurados pelo MP/SC. Ainda nesta linha, entra-se no princípio da Atração e não Promoção. Nunca, deve-se confundir, estas simples, mas importantes palavras. Aliás, palavras "comovem", ações "arrastam" !

O propósito, de uma instituição que trata dependentes químicos, e promove um ambiente favorável para sua recuperação, é a recuperação do ser humano, do dependente químico, tratando sua doença, fornecendo "ferramentas" que o auxiliem no pós-tratamento, não é a instituição, nem o profissional, não é o prédio, nem o nome da mesma...E, afinal, os resultados, são somente importantes para o próprio indivíduo...Nada impede que uma estatística, possa estar sendo levantada...mas expor a vida cotidiana, de uma CT por exemplo em meios de comunicação social, expor internos, em saídas periódicas, com fins inapropriados, idas a shopings, lojas, restaurantes....é absolutamente absurdo, visto que, não se pode mensurar as consequências a curto prazo. O isolamento, inicial, salvo as visitas familiares, e quando chegado o tempo, as visitas/saídas autorizadas, é muito necessário, senão fundamental. Caso contrário, não haveria necessidade de CT'S, bastaria, uma casa, no centro de uma cidade, e pronto...Ainda que, existam ou existiram já, CT'S nestes moldes. Nada, é "normal", na vida de uma pessoa, que é encaminhada a uma CT, se vai, é porque obviamente, já não havia governabilidade de sua própria vida, portanto, necessário o tratamento, o aprendizado, e a reeducação comportamental e pessoal. E, estas situações, apontadas acima, como ainda o trabalho do interno para benefício próprio (dos profissionais ligados a instituição), acontece, e muito hoje em dia...a honestidade e a ética, não reinam neste mundo, e é claro, inúmeras exceções em CT'S de todo o Brasil. Eu, já presenciei, em algumas CT'S,  várias e várias situações...Segue o link do Código de Ética da Febract (Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas) que aborda também estas situações, dentre outras.

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Considerações sobre a legalização da maconha

Considerações sobre a legalização da maconha - http://www.mais24hrs.blogspot.com

Considerações sobre a legalização da maconha

No âmbito de assuntos ligados à DQ, reflito sobre a crescente discussão em algumas esferas, sobre a legalização do uso de maconha no país, e os efeitos desta lei (graças a Deus, não existe), que se for aprovada, trará um sério impacto social. Radicalmente contra, sou da opinião, baseada em experiências, e pesquisas até, de que trará mais malefícios, do que o contrário. Toda uma sociedade, e cultura, serão influenciados. O modo de pensar, e agir, mudará.
Uma das implicações será a de que, com o tempo, a normalidade do uso, irá criar pais, que usarão a substância, dentro de seus lares (o que talvez já aconteça), normalmente, como o hábito criado das bebidas alcoólicas em algumas famílias brasileiras, senão na grande maioria. Isto, tem diversas implicações a curto prazo. Criar filhos usuários ? Ter regras para o uso dentro de casa ? Sabemos, que o controle dos pais, nestes casos (álcool, e utopicamente maconha), é baixo, quando existe uma cultura familiar do uso recorrente a estas substâncias. Pois muito bem, que garantias, os pais, usuários eventuais e recreativos da droga, terão de que seus filhos, não desenvolverão a Dependência Química por exemplo ? Ou que, por um ou outro motivo, não venham a experimentar crack, cocaína, ecstasy etc ? Os defensores da legalização, usam de elementos fracos e inconsistentes, para defender a idéia da "liberação controlada". Ora, se hoje, o governo se vê as voltas com uma luta que, até o momento custa para ter controle, o que faz pensar, que liberando o terá ? E os comércios paralelos, tais como hoje existem do cigarro, e álcool ?  Não falamos aqui, de aumento ou diminuição de crime (leia este post), isto é só uma das vertentes. Fala-se, da dependência química, de outras drogas, e de que, inegavelmente a maconha é sim, porta de entrada, para outras drogas.



Veja esta matéria:

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou em audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado que tenha feito apologia ao uso da maconha em passeata no Rio de Janeiro favorável à legalização da droga. Ele foi convidado, por iniciativa do deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), a prestar esclarecimentos sobre sua participação na marcha. Minc ressaltou ter participado de passeata autorizada pela Justiça e manifestado sua posição favorável à mudança da legislação, e não ao seu descumprimento.  
 
Ainda nesta mesma matéria: Dutra defendeu um debate sério, sem preconceitos, sobre a maconha e seus poderes terapêuticos, e para discutir se sua legalização seria benéfica no combate à criminalidade. (Fonte: Agência Câmara)  Link para a matéria

É um verdadeiro absurdo. Pessoas, que fico estupefato, serem ainda autoridades de 1º escalão. Completamente desconhecedoras da DQ, suas consequências, e que, pensam somente na micro-questão, que é o uso do baseadinho por seus eleitores, ou por eles próprios, porque os defensores do uso, em sua esmagadora maioria, são maconheiros, claro, ou algo próximo disto. Esta bandeira utópica, de que diminuiria o poder do tráfico, não existe, é ilusão, completa e total. Ainda que, isto fosse uma realidade, ora, o outro lado da moeda, é o usuário, aí volta-se na questão da mudança de cultura, de toda uma sociedade, escancarando as portas já arrombadas do uso de drogas, e expondo legalmente ao risco de que, no futuro, milhares de filhos, venham a experimentar, o crack, por exemplo. Ora, não sei que espécie de Brasil, esta gente quer. Nenhum traficante, vai esquentar a cabeça, porque não vai mais vender maconha, as opções são variadas; crack, cocaína, mesclado, oxi, merla, ecstasy, lsd, skank, e por aí vai...

Autor-Mais 24 Hrs

Efeitos da maconha no organismo

Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga. (Mais Sobre este assunto)
 
A curto prazo, os efeitos comportamentais típicos são:
-período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
-quando em grupo, ocorrem risos espontâneos (risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal qualquer).
-perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento, pôr exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros). -coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
-alteração da memória recente.
-falha nas funções intelectuais e cognitivas.
.maior fluxo de idéias
.pensamento mais rápido que a capacidade de falar, dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
.idéias confusas.
-aumento da freqüência cardíaca (taquicardia).
-hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
-aumento do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.
 
Doses mais altas de Delta 9 THC podem levar a:
-alucinações, ilusões e paranóias.
-pensamentos confusos e desorganizados.
-despersonalização.
-ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
-sensação de extremidades pesadas.
-medo da morte.
-incapacidade para o ato sexual (até impotência).
 
A longo prazo, a extensão dos danos, bem caracterizados, se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular.

Sistema pulmonar:
-maior risco de desenvolver câncer de pulmão. 
-diminuição das defesas, facilitando infecções. 
-dor de garganta e tosse crônica.

Sistema cardiovascular:
-aumenta os riscos de isquemia cardíaca. 
-percepção do batimento cardíaco. 

Ainda, aumenta os riscos de desenvolvimento da esquizofrenia, em pessoas que já tem esta predisposição (veja esta matéria), e em igualdade com o tabaco, de impotência sexual.
Obs: A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno.

Fonte-www.cenpre.furg.br

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Na balada, calmante vira antídoto de êxtase

Na balada, calmante vira antídoto de êxtase

O Rivotril (Clonazepam), remédio indicado para síndrome do pânico, é usado de brincadeira, alertam Psiquiatras ."Neste fim de semana quando acontece o maior evento de música eletrônica do país, muitas pessoas vão tomar Rivotril." A previsão foi feita na semana passada pelo Psiquiatra Alexandre Saadeh, do Hospital das Clínicas.

Ele se refere a um calmante tarja preta, da família dos benzodiazepínicos, que tem sérios efeitos colaterais e causa dependência, mas virou moda entre os jovens de classe média alta de São Paulo. O remédio é usado como droga recreativa e como "paliativo" para os efeitos colaterais do êxtase.

"Essa é uma droga de turmas específicas, de jovens que têm dinheiro para pagar um psiquiatra, gostam de música eletrônica, têm 20 e poucos anos e estudam em determinadas faculdades", diz Saadeh. "São pessoas que tomam o remédio por brincadeira." O calmante, para preocupação de Saadeh, virou pop. Existem 14 comunidades sobre o remédio no Orkut. Uma delas é a "Rivotril rocks". Já a "Eu tomo Rivotril" afirma: "O remédio que cura todas as doenças" e tem 296 participantes. A maior delas, "Rivotril", foi criada há um ano e tem 811 cadastrados.

Rivrotril:Antídoto para Ecstasy - http://www.mais24hrs.blogspot.comNas comunidades, usuários trocam informações sobre a droga, algumas sérias, como problemas de dependência, e outras preocupantes, como maneiras de conseguir comprar o remédio sem receita médica. "Vá a um posto de saúde", sugere um. "Pede para um amigo médico ou dentista", diz outra pessoa. M.A., 23, Estudante de comunicação, foi o criador da comunidade. "Larguei depois que vi que tinha ficado muito barra pesada. Tinha um cara que entrava lá para vender remédios", diz. O Estudante parou de tomar o medicamento depois de passar por crises de abstinência e conta que usava a droga "para se acalmar e ser aceito pelos amigos". Segundo ele, em determinados círculos "pega bem ser usuário do calmante".

"As pessoas hoje freqüentam psiquiatras, tomam drogas como essa e vêem um glamour nisso. Parece que, se a pessoa toma um medicamento, isso significa que ela é mais sensível, especial", diz Saadeh.

"Todos os meus amigos tomam", diz D., 27, Designer. Ela começou a tomar o calmante há um ano, depois de usar drogas como êxtase e cocaína. "Eu conseguia na farmácia do pai de uma amiga minha. Tomava para diminuir a depressão que vem depois das drogas." Ela também já usou o calmante em gotas misturado com bebida alcoólica. "Foi um horror. Eu ficava louca, tremendo, tendo ataques de loucura", conta. Segundo o Psiquiatra Arthur Guerra, do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas - Grea, do Hospital das Clínicas de São Paulo, tomar o remédio com álcool é dar um tiro no escuro.

"Você realmente não sabe o que pode acontecer com você", alerta. De acordo com M.A., o calmante virou a droga dos "chill outs" (as festas pós-baladas onde as pessoas relaxam depois de terem ingerido drogas como o êxtase). "É a droga perfeita para relaxar pós-êxtase, e todo mundo toma. Já vi gente deixar de comprar cocaína porque estava sem o calmante para tomar depois", diz. D.C, Cineasta, 25 anos e usuário ocasional de êxtase, também faz esse uso do calmante.

"Uma vez dei um para uma amiga que estava com "bad trip" de "bala" (apelido do êxtase) numa festa e ela adorou. Comecei a tomar porque meus amigos me deram. Gostei. Hoje uso socialmente. É normal. Chego a uma festa e vejo o que tem, se é êxtase, ácido ou o calmante. Quando tomo, não bebo. Acho perigoso.” D.C tem razão. "As pessoas ficam numa espiral de drogas. Não conseguem se sentir mal. Na hora que uma coisa pára de fazer efeito, tomam outra. Depois do êxtase, vem o medicamento, se o medicamento dá sono, vem o energético. São pessoas que tomam tantas coisas, que fazem uma salada tão grande, que depois não se sabe o que de fato fez mal", alerta Saadeh.

"O que acontece hoje em relação ao calmante é um pouco de moda e da mania de medicalizar temas que não são médicos. As pessoas não querem mais lidar com a infelicidade. Isso é um problema de saúde pública. Não existe remédio mágico, como as pessoas imaginam", diz Guerra. "Cada época tem um calmante da moda. Antes era o Valium, na década de 90, o Lexotan, e agora é o Rivotril", avalia Saadeh.

Médicos condenam uso "recreativo"

De acordo com o Psiquiatra Arthur Guerra, o medicamento é um ansiolítico indicado para pacientes com síndrome do pânico, crise de ansiedade ou transtorno bipolar. Usado sem acompanhamento médico e por longos períodos, causa dependência. Entre os efeitos colaterais mais comuns do remédio estão a depressão, vertigem e problemas respiratórios.

"Quando usado por um paciente que realmente precisa e receitado de maneira correta pelo médico, é um remédio eficiente", explica o Psiquiatra Alexandre saadeh. "Nenhuma droga é recreativa. Todas implicam efeitos colaterais e possibilidade de vício", alerta. Quando tomado após uso de êxtase, o remédio, diz, "dá uma chacoalhada no cérebro".

"Você toma uma coisa que te acelera, depois outra que te acalma e fica em "looping" sem fim." No caso de mistura com álcool, os efeitos colaterais são gravíssimos.

"Misturar o calmante com bebida alcoólica é muito perigoso. Um potencializa o efeito do outro. Aumenta também o risco de dependência, tanto do remédio como do álcool", diz o Psiquiatra. De acordo com Guerra, misturar o ansiolítico com álcool é dar um tiro no escuro.

"Você não sabe o que vai acontecer, se vai ter uma crise de ansiedade, de nervosismo ou de depressão." Segundo Saadeh, os usuários de calmantes como drogas recreativas aprendem a fazer "teatrinho para os médicos".

"É muito fácil enganar psiquiatras. Os usuários de calmantes sabem direitinho que sintomas devem relatar para conseguir a receita", conta.

Ainda assim, ele diz que alguns médicos receitam muitos remédios. "A pessoa tem consulta de 20 minutos e sai com receita na mão. Isso é um absurdo". Guerra concorda. "O psiquiatra virou um faz-tudo, uma pessoa que cura todos os males", avalia.
 
Autor:Folha de S. Paulo
Fonte:OBID-AntiDrogas


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Justiça Federal veta propaganda de cerveja e vinho antes das 21h

Justiça Federal veta propaganda de cerveja e vinho antes das 21h

Lei contra propaganda imprópria de álcool - http://www.mais24hrs.blogspot.com
Uma decisão da Justiça Federal ampliou as restrições de publicidade para bebidas alcoólicas no país. Pela decisão, as restrições, que até então aplicadas apenas a produtos de teor alcoólico acima de 13 graus Gay-Lussac (13º GL), passam a valer para todas as bebidas com graduação alcoólica igual ou acima de 0,5º GL. Com isso, a restrição passa a incluir cervejas e vinhos.

O veto à publicidade entre 6h e 21h na TV, por exemplo, já vigente para as bebidas mais fortes, passa a valer para essas demais bebidas.

A decisão é do juiz Marcelo Borges, da Justiça Federal em Santa Catarina. Cabe recurso contra a decisão.  A pedido do Ministério Público Federal, a Justiça também proibiu também que as propagandas de bebidas a partir de 0,5º GL façam associações a esportes olímpicos ou de competição, ao desempenho saudável de atividades, à condução de veículos, a imagens ou ideias de êxito e à sexualidade das pessoas.

CRÍTICAS

Na decisão, o juiz criticou o fato de cervejas e vinhos terem ficado de fora das restrições à publicidade até agora. Segundo ele, isso fere a Constituição do país e coloca o "interesse econômico da indústria acima da saúde pública".

O procurador Mário Sérgio Barbosa, um dos responsáveis pela ação, disse que ingressou com a medida para adequar a definição de bebidas alcoólicas de acordo com o já fixado por outras leis. Ele citou que a Lei Seca, por exemplo, define o teor alcoólico como igual ou superior a 0,5º GL. "Assim, as restrições inerentes à publicidade também devem ser alteradas", defende. O procurador disse que o pedido visou ainda proteger a saúde de crianças e adolescentes, combater a disseminação do alcoolismo e reduzir gastos públicos em saúde com doenças ligadas ao consumo excessivo de álcool.

A ação da Procuradoria foi movida contra a União e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsáveis pela aplicação das restrições à publicidade no país.

OUTRO LADO

A AGU (Advocacia Geral da União) informou que se antecipou e recorreu da decisão antes mesmo de ser notificada. Não detalhou os argumentos do recurso, sob a justificativa de não prejudicar a análise do pedido pela Justiça Federal. 

A Anvisa ainda espera a notificação para verificar se entrará com recurso.
  
A Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas) foi procurada e não havia se manifestado sobre a decisão até a conclusão desta edição.

CONSULTA PÚBLICA

Em 2005, a Anvisa iniciou consulta pública para tentar aumentar a restrição à publicidade de bebidas alcoólicas. Um dos motivos apontados à época era que a veiculação de propaganda em horário considerado "impróprio" elevara o consumo de álcool entre crianças e adolescentes. A discussão terminou após a AGU decidir que a restrição só poderia ser feita por meio de lei ou medida provisória.


Fonte: Uol notícias


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Coordenador de Comunidade Terapêutica: A Missão

Coordenador de Comunidade Terapêutica: A Missão


Trago aqui, alguma abordagem, sobre este trabalho. Primeiro, vamos entender o funcionamento de uma Comunidade Terapêutica com relação ao Coordenador:

Uma CT, em geral, é o braço principal, de uma Instituição, ou Associação. Abaixo, estão relacionados os principais membros, ligados diretamente ao trabalho da CT:

COORDENADOR ADMINISTRATIVO
Cuida da parte administrativa, relações públicas e de logística da CT, integrada com a Instituição como um todo.

COORDENADOR GERAL
Coordena os trabalhos na CT, as diretrizes deste, as prioridades, revisão e adaptação do programa terapêutico, "ponte" entre os demais membros administrativos e equipe técnica, e coordena diretamente os demais Coordenadores e Monitores.Também trabalha  com os residentes.

COORDENADORES 
Em uma CT, por exemplo, com a capacidade para 20 residentes, em geral existem 2 plantões, cada qual constituído por um Coordenador, e um Monitor, que trabalham durante 9 dias consecutivos, com uma folga de 5 dias, ou 8 por 7. O Coordenador, é o responsável pelo plantão, e em última análise, toma as decisões urgentes, e estas, em sua absoluta maioria, sempre em conjunto com o Monitor, seu auxiliar.  Decisões menos urgentes, são levadas às reuniões semanais ou quinzenais da equipe técnica, onde estão presentes toda a equipe técnica, Coordenadores, Monitores, Coordenador Geral, Psicólogo.

MONITORES
Tem como finalidade, auxiliar diretamente o Coordenador em uma CT, mais atuantes em campo, que na sede, e substituí-lo, em caso de necessidade, visto estarem a par, de todos os trâmites internos, e da rotina da CT.
Comunidade Terapêutica - http://www.mais24hrs.blogspot.com
"O trabalho de Coordenador de uma fazenda, traz mais sacrifícios, que frutos..."

Esta é uma frase correta, do ponto de vista de retorno material, e até pessoal. Há outra ótica, que vou abordar mais adiante.
Na maioria esmagadora, os Coordenadores e Monitores, são dependentes químicos, em recuperação. Como ocorre ? O residente, após o término de seu tratamento, analisados o perfil, a disposição, e o conhecimento razoável, é convidado, a participar de um estágio, que pode variar de 1, a 3 meses, cada CT, tem uma maneira diferenciada então, de aplicar este estágio. Este é um período, onde a pessoa irá experenciar, o "outro lado da moeda", e verá, se tem realmente vontade de prosseguir neste trabalho. Também, a equipe técnica irá analisar o estagiário, em todo o período. O estágio, é as vezes, um período difícil, em geral, os residentes, tendem a escolher o estagiário, como "alvo" e nele, descarregar de diversas formas, frustrações, desinteresse pelo tratamento, rebeldia, etc. A serenidade do estagiário, é testada, em muitas oportunidades. Também, será neste período, que ele começará seu aprendizado em como "lidar" de maneira terapêutica e adequada com o residente, e que irá perder sua própria postura de residente, e adquirir a postura de "Cuidador" (Coordenador, Monitor). Firmeza (postura) na hora certa, retidão, visão de cada indivíduo como sendo único, aplicar sua experiência pessoal, na tentativa de auxiliar o residente a galgar os degraus do tratamento, muitas vezes doloridos.

Muito importante, e vale salientar, que um "cego", não pode guiar outro. Existe um código ético, da febract (Federação Brasileira das Comunidades Terapêuticas), que norteia o trabalho e os procedimentos gerais de uma CT. Mas, óbvio, que se o indivíduo, trabalha com a recuperação de pessoas, pregando um programa terapêutico distinto, sua conduta fora da Instituição, a conduta social, deve ser no mínimo aceitável. Não falamos nem de regras morais e éticas pessoais, mas no mínimo, ser idôneo em sua conduta no comércio, por exemplo, não frequentar prostíbulos e outros, ou seja, estar realmente em recuperação, e ter um comportamento social condizente com aquilo que transmite aos outros.
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Comunidade Terapêutica - http://www.mais24hrs.blogspot.com
O Coordenador, e o Monitor, tem a função primordial, de proporcionar, um ambiente favorável ao tratamento dos residentes, e monitorá-los/auxiliá-los nas diversas atividades do cronograma interno diário da CT, além de ministrar palestrar e reuniões temáticas, a respeito dos 12 passos, prevenção a recaída, motivacionais, dentre outras possíveis. Estar presente junto às capelas (espiritualidade), e regular as demais atividade. A CT, a priori, é norteada, por meio do Regimento Interno e Normas de Convivência, toda a disciplina, é regida e aplicada por este mecanismo, comum e igualitário, com a diferença de que, cada caso é análisado separadamente, mas nunca pode ser omisso perante os demais pares. 

Uma outra ótica, deste trabalho, é o ganho como ser humano. Antes, vale salientar, que para um DQ, o trabalho em uma CT, não é sinônimo de recuperação individual

Explico: Como a grande maioria, dos que trabalham como coordenadores ou monitores, são DQ'S, com a diferença que estão há tempos, até anos, "limpos" e em recuperação, ou seja, com a sua doença "estagnada", obviamente, que também teriam que fazer, como todo DQ, sua "manutenção" pessoal (reuniões grupos de apoio, espiritualidade, e outros). Existe um grande engano, de alguns, que por estarem em contato direto com o assunto recuperação, o assunto 12 passos, e todo o ambiente de CT, sugere-se que, esta, já é uma forma de manterem-se bem, sem maiores cuidados consigo mesmos. Na verdade, o equívoco está no ponto que, a pessoa que trabalha em uma CT,  trabalha com a "doença dos outros", e não com a sua, e nisto, pode esquecer de si mesmo. Mas, com toda a certeza, esta ajuda mútua, este trabalho, que é sim uma tentativa de salvar vidas, retorna com uma ganho espiritual para aquele que está verdadeiramente envolvido, o qual não tem preço, além de ser uma grande experiência pessoal.

CT Saudável e CT Doente

O trabalho em CT, é deveras importante, e delicado. Deve-se ter em mente, que está se tratando de seres humanos, e as consequências por uma dinâmica dos trabalhos errada, pode ser grave.

Alguns exemplos reais da “CT saudável” e “CT doente”(Texto de autoria de Laura Fracasso)


“CT SAUDÁVEL”
  • Ao dar uma experiência educativa a equipe considera o indivíduo que praticou o ato e procura, através da experiência, fazer com que ele reflita sobre o ato. Exemplo: um residente que atrasa para acordar deverá, por uma semana, ser o “despertador” de toda a CT.  
  • Sempre que possível às experiências educativas são individualizadas. 
  • O residente tem liberdade para dar autoajuda a qualquer pessoa da equipe. Ex: Fui confrontada por um residente por exceder o número da fila do almoço. 
  • A equipe quando comete erros ou injustiças pratica o 9 passo de Alcoólicos Anônimos. Exemplo de humildade concreta aos residentes. Na nossa experiência esta postura faz com que o residente respeite ainda mais o nosso trabalho. Diferente do que pensam algumas equipes: não podemos porque senão perdemos o respeito de todos. 
  • Postura da equipe com autoridade e não autoritarismo.  
  • Uma residente que não sabia nem fritar um ovo, ao ser escalada na laborterapia e receber o apoio da equipe para uma aprendizagem social, não só aprendeu a fazer muito bem o seu trabalho na cozinha, como deixou para outras pessoas, como ela, um livro especial de receitas: com todas as dicas que não encontramos nos livros normais. 
  • Quando algum familiar insiste, por gratidão, a dar um presente é orientado a presentear a CT e não alguém em especial. 
  • A equipe trata os residentes de maneira igualitária sem distinção de raça, credo, religioso, condição social, econômica e cultural.
  • Equipe fala a mesma linguagem e demonstra postura em harmonia aos princípios da CT. Princípios acima das personalidades. 
  • Equipe tem uma carga horária compatível (40h) assim como folgas.
   

“CT DOENTE”
  • Diante de um comportamento inadequado o residente fica o dia todo na enxada. Muitas vezes temos residentes que se “escondem” no trabalho e deixá-lo o dia todo na enxada só força este mecanismo.  
  • “Por preguiça” da equipe em observar quem está com comportamento inadequado a experiência educativa é coletiva. Ex: Perda de atividades de lazer e até de direitos básicos como a “mistura” da refeição. 
  • Cobrar valor extra para trabalhar a sexualidade dos residentes. Como? Levando-os a casas de prostituição. (um absurdo, mas que acontece)
  • Residente não tem direito a questionamentos, pois a palavra chave é aceitação. Algumas equipes “produzem” situações para testar a aceitação do residente. “Animal a gente adestra, ser humano a gente educa”. (Paulo Freire) A equipe jamais comete erros. (Quanta onipotência!) 
  • Posturas autoritárias da equipe. (Medo de perder o controle.). 
  • Um residente tem uma determinada habilidade e a equipe “explora” isto prejudicando o tratamento como um todo. (muito comum)
  • O residente é utilizado para trabalhos particulares para a equipe. (Infração ao Código de Ética da Federação Brasileira de CT`s, muito errada e equivocada postura de tratamento)
  • A equipe faz distinção entre os residentes, principalmente, na questão econômica. Se a família do residente paga um valor alto, ele terá “direitos” especiais. (Outra infração). 
  • Equipe recebe presentes dos residentes e familiares e, muitas vezes, privilegia, esses residentes (outra infração ao Código de Ética). 
  • Equipe com pessoas inseguras que para demonstrarem poder desautorizam orientações dadas por outros, deixando os residentes confusos. Personalidades acima dos princípios. 
  • Equipe trabalha 21 dias e folga 7. Isto prejudica a saúde mental da Equipe e a relação com os residentes.

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O trabalho em Instituições, Clínicas, e Comunidades Terapêuticas, não para de evoluir. Novas diretrizes são lançadas, ao mesmo tempo que existe hoje uma maior fiscalização governamental sobre instalações e pessoal capacitado, para que neste trabalho de recuperação de vidas, que já possui suas próprias dificuldades e percalços, "a emenda, não saia pior que o soneto", pois como existem excelentes CT's, (em sua maioria) existem verdadeiros crimes em forma de Comunidades pelo Brasil afora. Não há ao meu ver, justificativa de qualquer espécie em ações que visem ajudar outro ser humano, se estas ações forem criminosas, imorais, ou anti-éticas. Se eu desejo fazer o bem há alguém, e utilizo de meios criminosos ou imorais, ou anti-éticos para realizar esta ajuda, este "bem" está fadado ao fracasso. Somos seres humanos, e falhos, nesta linha de pensamento, sempre a primeira vez estaria rodeada de "boas intenções", e talvez lá no fundo seriam estas até verdadeiras, mas logo, a exceção se tornaria a regra, num círculo vicioso que cresceria em espiral ascendente...


Hoje existe o envolvimento de uma gama de profissionais, como Assistentes Sociais, Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais, Médicos Psiquiatras, Enfermeiros, etc. A figura do Coordenador, e/ou Monitor, também tem diferenciado de função, e nome, hoje em alguns locais não existe mais o Coordenador mas apenas Monitores, voltados para o acompanhamento diário dos internos. Especificamente neste locais, existem terapeutas ocupacionais, psicólogos, e assistentes sociais presentes quase que diariamente, onde a CT, não tem tamanho superior a um pequeno sítio, sendo que o gerenciamento administrativo, é feito por profissionais contratados.

Toda mudança, é bem vinda se vir a auxiliar na recuperação de vidas. Claro que nem tudo é adaptável, tudo dependerá da estrutura física, financeira, e terapêutica de cada local. Com certeza também, é válido falar, que uma Clínica ou Comunidade Terapêutica com instalações luxuosas, não é necessariamente sinônimo de recuperação, ou tratamento adequado até. Instalações adequadas, mas simples, podem e suprem as mesmas necessidades do tratamento adequado necessário, o que diferencia aí, é uma escolha pessoal ou familiar que pode ou deseja pagar por um serviço ou por instalações mais abrangentes.


O velho mito de que: "Em se querendo, qualquer lugar funciona", é também algo que mostrou-se ao longo dos anos errado. Somos seres únicos, e cada um é diferente do outro, portanto, uns adaptam-se melhor ao sistema de tratamento X, outros ao Y.


Importante é, não desistir...

Mais 24 Hrs de Paz e Serenidade

Cocaína - Overdose

Overdose por cocaína


As altas taxas de mortalidade entre usuários de droga estão relacionadas a inúmeros fatores, tais como complicações devido ao uso da droga (por exemplo, Aids entre usuários de droga injetável), overdose, suicídio, acidentes e homicídio.
As dificuldades em atribuir causas de morte a uma reação de overdose especifica são complicadas. Por exemplo, diferenciar overdose acidental de suicídio pode ser muito difícil.
No Brasil quase não existem dados sobre overdose e fica difícil colocar mortes relacionadas à cocaína no contexto de mortes relacionadas a outras drogas. Num estudo de 294 usuários de cocaína freqüentando serviços de atendimento em São Paulo, 43% (n=126) relataram que já tiveram uma overdose não fatal por cocaína no Brasil. A última overdose aconteceu com crack em 58% dos casos, cocaína endovenosa em 23% e cocaína inalada em 18%. Além disso, 56% já presenciaram outra pessoa ter overdose por cocaína.
Antes de partir para uma discussão sobre os fatores que poderiam estar relacionados à overdose por cocaína, é importante definir o termo overdose. Uma definição usada é: "overdose é o uso de qualquer droga em tais quantidades que efeitos adversos agudos físicos e mentais ocorrem. Ela pode ser deliberada ou acidental, fatal ou não fatal". Apesar desta definição parecer precisa, existe ambigüidade, por exemplo, a respeito dos efeitos que de fato constituem uma overdose não fatal. Os efeitos também variam consideravelmente de um indivíduo para outro, em relação à droga e às circunstâncias em que a overdose ocorre.
O objetivo desta revisão é apresentar a prevalência, as características clínicas, o tratamento e os fatores associados a overdose por cocaína.

PSICOFARMACOLOGIA - TOXICIDADE
A cocaína é um alcalóide extraído das folha da planta Erythroxylon coca. As folhas de coca são processadas com diferentes substâncias químicas (solventes orgânicos, ácido hidroclorídrico a amônia), resultando no produto intermediário, pasta de coca. Um último processo de refinamento da pasta de coca produz o hidrocloridrato de cocaína. Esta forma de cocaína é solúvel em água e é tipicamente usada por via intranasal ou endovenosa, apesar de poder também ser esfregada (friccionada) sobre a gengiva. O crack pode ser aquecido com o uso de um isqueiro e fumado, o que ocorre usualmente num cachimbo improvisado.
Os usuários descrevem que o efeito psicológico prazeroso da droga começa a diminuir depois de 10 a 15 minutos que a droga foi fumada ou injetada. A benzoilecgonina constitui o principal metabólito da cocaína na urina, e pode ser encontrada por períodos superiores a 36 horas após a última administração da droga.

Os primeiros sinais clínicos de toxicidade por cocaína são usualmente palpitações, sudorese, cefaléia, ansiedade, tremores, hiperventilação a espasmo muscular, especialmente da língua e da mandíbula. O exame físico revela evidência de superestimulação adrenérgica com midríase, taquicardia, hipertensão, arritmias cardíacas a hipertermia. Em casos mais graves, pode haver convulsões, taquicardia supraventricular a outras arritmias, isquemia do miocárdio levando a infarto, isquemia de outros órgãos como intestino a cérebro, assim como hemorragia intracraniana e rabdomiólise. A morte freqüentemente ocorre devido à insuficiência cardíaca ou respiratória.

FATORES RELACIONADOS À DROGA
A concentração sanguínea da cocaína depende da via de administração, da dose, do peso corporal, do tempo decorrido entre o último consumo e da farmacocinética individual.
Uso concomitante de cocaína a outras drogas: uma revisão das mortes devido à overdose por cocaína ocorridas na Flórida em 1991, encontrou que mais da metade de todas as morte por overdose de cocaína envolviam cocaína usada com outra droga.
Cocaína, álcool a cocaetileno: Muitos usuários de cocaína freqüentemente usam álcool com cocaína. Parece haver três razões principais para fazer isso. Primeiro, cocaína e álcool juntos causam uma euforia mais intensa do que qualquer uma das duas drogas usadas sozinhas. Alguns usuários acham que o álcool reduz o desconforto resultante do alto grau de excitação causado pela cocaína. Um terceiro motivo seria o fato da cocaína reverter o prejuízo psicomotor e cognitivo causado pelo álcool.
A mistura de álcool a cocaína pode resultar em taxas mais altas de absorção de cocaína, níveis plásticos mais elevados e a produção de um metabólico ativo, o cocaetileno. Portanto, pode-se esperar que o risco de overdose por cocaína é maior se esta for usada concomitantemente com álcool.
O cocaetileno é similar à cocaína em suas propriedades, mas tem uma meia-vida três vezes mais longa do que a cocaína. É tão potente quanto a cocaína na inibição dos receptores de recaptação da dopamina. Os usuários de cocaína não conseguem distinguir os seus efeitos daqueles causados pela cocaína. O metabólito cocaetileno tem sido associado a convulsões, danos hepáticos e comprometimento do funcionamento do sistema imunológico. O uso de cocaína com álcool está associado a risco para morte imediata é 18 a 25 vezes mais alto do que se a cocaína fosse ingerida sozinha. O cocaetileno é tão tóxico para o miocárdio quanto a cocaína, mas é menos tóxico do que o efeito combinado de álcool a cocaína.

Via de administração: Nem sempre é fácil identificar qual a via de administração utilizada pelos indivíduos vítimas de overdose fatal. O usuário de drogas fumadas pode interromper o uso quando começa a sentir algum efeito desagradável, o que não ocorre quando altas doses de cocaína são injetadas de uma só vez. Entre usuários de drogas ilícitas, em geral, a via endovenosa está mais associada com overdose. Presume-se que isto seja resultado de uma maior eficiência da distribuição da droga no organismo a pelo fato de que altas doses podem ser injetadas de uma só vez.

FATORES RELACIONADOS AOS USUÁRIOS
Condições físicas preexistentes: Muitas mortes relacionadas a droga são atribuídas não apenas ao efeito da droga, mas também a seus efeitos em combinação com condições físicas pré-existentes, como anormalidades cardíacas e estado geral de saúde.
Tolerância: Quando se consegue informação sobre as mortes por cocaína, freqüentemente os usuários parecem ter consumido a mesma quantidade de droga a que eles estavam acostumados. Uma possível explicação para isso, deixando de lado as questões de grau de pureza, é fornecida pela teoria da tolerância reversa (sensibilização) ou "kindling", o que sugere que em usuários crônicos pode ocorrer uma resposta acentuada à dose usual de uma droga. Uma outra possibilidade é a perda de tolerância seguindo um período de abstinência, incluindo abstinência forçada que pode acontecer quando um usuário está encarcerado numa delegacia ou prisão.

TRATAMENTO
A maioria das mortes resultantes diretamente do efeito da cocaína são repentinas e ocorrem poucas horas após a intoxicação. As mortes são, na maioria, resultado de arritmias cardíacas. Convulsões generalizadas são freqüentes antes da morte em pacientes com intoxicação aguda por cocaína. Insuficiência respiratória pode ocorrer com níveis muito altos de cocaína. A morte pode também ocorrer devido a hemorragia intracerebral ou ruptura da aorta, devido a hipertensão severa induzida por cocaína. Conseqüentemente, o tratamento de overdose por cocaína dependerá da severidade dos sintomas a da natureza da complicação mais imediata a ameaçadora à vida do paciente.
Fonte-AntiDrogas 

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Dependência Química no Trabalho

A notícia não surpreende, hoje, estão mais visíveis até os casos com drogas ilegais. O álcool por exemplo, retira do trabalho milhares de brasileiros, todos os anos. Políticas, e culturas sociais, devem mudar, e isto é um trabalho de anos...
As estatísticas de afastamento trabalhistas por “dependência química”, crescem ano a ano. Entre 2007 e 2010, dados calculados pelo iG no banco do Ministério da Previdência Social mostram aumento de 24,47% deste tipo de licença, espalhadas entre trabalhadores de todas as categorias: escritórios, fábricas, escolas, construção civil e serviço público.
Os especialistas são categóricos ao afirmar que a régua não indica ampliação do número de viciados no ambiente de trabalho.“É uma mudança de paradigma empresarial”, avalia Jarbas Simas, presidente da Sociedade Brasileira de Perícias Médicas.Fonte-SaúdeIg



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Relator propõe fim da propaganda de bebidas alcoólicas

Relator propõe fim da propaganda de bebidas alcoólicas

Agência Câmara de Notícias

Votação do relatório foi adiada para a próxima terça-feira (4) porque o deputado Luiz Couto (PT-PB) pediu tempo para avaliar o texto.

Arquivo/ Leonardo Prado
Givaldo Carimbão
 Carimbão reclassifica os tipos de drogas e permite a internação involuntária do usuário.
Propagandas de bebidas alcoólicas podem passar a ser definitivamente proibidas no Brasil. Além disso, os rótulos dessas bebidas, tanto nacionais como importadas, deverão conter informações e imagens sobre os malefícios causados pelo consumo do álcool, a exemplo do que já ocorre nas embalagens de cigarro.
Essas medidas estão previstas no texto que o relator da Comissão Especial do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), apresentou nesta quarta-feira (28) aos integrantes da comissão. Ele justificou sua decisão de banir a propaganda de bebidas alcoólicas, alegando que elas são a porta de entrada para o consumo de outras drogas mais pesadas.

Internação
O relator elaborou um substitutivo englobando vários projetos em tramitação da Câmara que tratam sobre drogas (PL 7663/10 e outros). No texto, Carimbão define que a internação de usuários de drogas pode ser voluntária, quando o dependente químico concorda com o tratamento, ou involuntária, por determinação de um juiz ou a pedido de um familiar.

"Acaba com a condição de compulsório. Esse nome compulsório sai da legislação. Nós criamos a modalidade acolhimento. Os usuários de drogas que estão, por exemplo, na rua e que não conseguem mais conviver com a família, com a sociedade, o traficante quer pegar ele, e aí tem transtorno leve. Esse vai para comunidades acolhedoras. Eu crio essa categoria de acolhedoras. Quem precisa de tratamento vai para a rede de saúde, comunidades terapêuticas clínicas", esclareceu o relator.
Outra possibilidade para a internação involuntária de um dependente químico é que um servidor público faça o pedido de internação, desde que tenha a aprovação de um médico. Seis meses será o tempo máximo da internação involuntária.

Doações
O texto de Carimbão permite ainda que pessoas e empresas façam doações para os fundos de Políticas sobre Drogas, com dedução do valor doado no Imposto de Renda. Além disso, poderão receber incentivos fiscais pessoas físicas e jurídicas que investirem nas políticas sobre drogas, a exemplo do que já ocorre com a cultura e o esporte.


Competências
Outra medida de Givaldo Carimbão foi explicitar as competências da União, dos estados e dos municípios no Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas. "Nós definimos claramente: prevenção é com o município. Tratamento, acolhimento e reinserção social é com o estado. Repressão é com o governo federal, a não ser nos estados - aí compete à polícia estadual. Nós definimos claramente a competência de cada um. Enfim, nós temos muitos avanços nessa lei que acho que vão ser importantíssimos para o Brasil."

O substitutivo prevê que os bens de traficantes que forem apreendidos deverão ser colocados imediatamente à disposição das instituições que trabalham com a prevenção ao uso de drogas, a recuperação de dependentes químicos ou à reinserção social deles. Também determina que os recursos provenientes dos bens apreendidos de traficantes sejam destinados aos fundos estaduais, municipais e federal de políticas sobre drogas.

Planos de combate às drogas
Para fortalecer os conselhos estaduais e municipais de Políticas sobre Drogas, o texto de Carimbão define que os recursos dos Fundos de Políticas sobre Drogas só serão repassados os estados e municípios que, no prazo de dois anos a partir da aprovação da lei, instalarem seus Conselhos de Políticas sobre Drogas e tiverem elaborado os planos de combate às drogas.

Além disso, as escolas federais de ensino profissional deverão oferecer 10% das vagas em cada curso para reinserção social de pessoas atendidas pelas políticas públicas de combate às drogas.
O substitutivo ainda estabelece que 5% das vagas geradas em cada contrato de obras ou serviços públicos sejam reservadas para ex-dependentes químicos; e aumenta a pena mínima para traficantes de drogas, que passa de cinco para oito anos. O relator define também regras gerais para avaliação e acompanhamento da gestão das políticas públicas sobre drogas.

Votação
A discussão e votação do relatório de Givaldo Carimbão foi adiada para a próxima terça-feira (4), porque o deputado Luiz Couto (PT-PB) pediu mais tempo para sugerir mudanças no substitutivo.

Íntegra da proposta: PL-7663/2010

Edição – Regina Céli Assumpção

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Especialista explica efeitos do uso do crack

Especialista explica efeitos do uso do crack

Ruy Palhano defende indução involuntária dos usuários e comenta deficiência no tratamento.

Especialista explica efeitos do uso do crack - http://www.mais24hrs.blogspot.com
Maurício Araya/Imirante

SÃO LUÍS – Nesta semana, a Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) iniciou uma operação nas ruas do bairro João Paulo, em São Luís, com o objetivo seria reduzir o avanço do consumo de crack e merla na região conhecida como "cracolândia". Segundo a Polícia Civil, aos dependentes químicos são disponibilizados tratamentos para eles se livrem do vício. Pelo menos 17 usuários das drogas foram conduzidos ao Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Capsad), no Monte Castelo.
O crack é uma droga feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio, uma forma impura de cocaína. A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central em 10 segundos. Seu efeito dura de três a 10 minutos e provoca intensa dependência. Já a merla é uma variação da pasta de coca, da qual se originam, também, a cocaína e o crack. 

Ambas as drogas são fumadas. Por serem baratas, crack e merla têm se disseminado com grande facilidade em grandes cidades do país.
De acordo com o médico psiquiatra Ruy Palhano, o uso de crack pode levar ao desencadeamento de doenças psiquiátricas em quem já, naturalmente, tem uma tendência a desenvolvê-las. "Hoje, nós temos três grandes situações, do ponto de vista médico e psicossocial, que devem ser considerados. Primeiro, a relação direta do uso de crack e a deflagração de doenças mentais. Quer dizer, a gente sabe, hoje, que existe um contingente exagerado de pessoas que são afetadas mentalmente porque são usuárias de crack. A segunda condição é que o uso sistemático de crack desencadeia situações psiquiátricas já existentes, isto é, se eu tenho uma tendência a uma esquizofrenia, depressão, transtornos bipolar ou de personalidade. A terceira grande condição é capacidade indiscutível do uso sistemático induzir ao vício, à dependência", disse em entrevista ao Imirante na manhã desta quinta-feira (29).

O especialista defende a indução involuntária dos usuários ao tratamento e afirma que a legislação brasileira já permite isso. "A capacidade de discernimento, a capacidade de decisão está afetada em função do uso da substância. Essa situação toda deve funcionar de corolário na determinação de políticas públicas para atender essa demanda", explica.
Ruy Palhano faz críticas ao Sistema Único de Saúde (SUS), que, apesar de seu caráter universal, segundo o especialista, não faz o atendimento de dependentes químicos. As famílias dos dependentes acabam tendo que optar por clínicas particulares. "Nós temos uma deficiência gravíssima em matéria de assistência psiquiátrica no Brasil. E aqui (no Maranhão), não foge à regra. O Brasil todo reclama, hoje, por um aperfeiçoamento da tecnologia oferecida para tratamento de dependentes químicos. Hoje, para você tratar o dependente de drogas, você é proibido pelo SUS. Você tem que falsear o diagnóstico, porque se você disser que vai internar um dependente de cocaína, crack, merla, OXI, eu não posso. O SUS e o Ministério da Saúde proíbem. Isso é um verdadeiro absurdo, vai contra a natureza do atendimento médico. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), entidade da qual eu faço parte, há mais de cinco anos, vem lutando para que o Ministério da Saúde reformule essa sua prática política", afirma.

O médico critica, ainda, a duração do tratamento, de 15 dias. Com a deficiência no tratamento, os dependentes químicos acabam voltando a usar as drogas, o que acaba sendo pior para a saúde do usuário. "Toda recaída sempre será pior do que houve anteriormente. Se eu sou viciado em cigarro, e paro de fumar durante cinco anos, na recaída, vou fumar mais do que eu fumava há cinco anos. Isso é uma tônica clínica. No caso do crack, o mesmo. Daí porque, hoje, o mundo inteiro reclama a necessidade de se fazer uma prevenção de recaídas, que é uma das mais importantes estratégias universais no mundo inteiro, e aqui, no Brasil, nem se pensa, nem se fala", finaliza.