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O que está na lei de drogas que pode ser aprovada ainda hoje pelo Senado

O que está na lei de drogas que pode ser aprovada ainda hoje pelo Senado


Texto já aprovado pela Câmara possibilita a internação involuntária de usuários de drogas e não define quantidade para diferenciar usuário de traficante.


As Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) aprovaram em conjunto, nesta quarta-feira (8), o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 37/2013, que promove mudanças na política sobre drogas. A proposta altera o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), que coordena medidas relacionadas à prevenção do uso de psicoativos, à atenção de usuários e à repressão ao tráfico. O texto regula temas controversos como internação compulsória de dependentes, comunidades terapêuticas e a caracterização do porte de droga em menor quantidade.

Entre outros pontos, o texto possibilita a internação involuntária de usuários de droga e aumenta a pena mínima para o traficante que comandar organização criminosa, de 5 para 8 anos de reclusão, com máximo de 15 anos. O texto segue para a Comissão de Direitos Humanos e Partcipação Legislativa (CDH). Ao longo dos seis anos de tramitação no Senado, o PLC 37/2013 chegou a ser aprovado, com alterações, pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Educação, Cultura e Esporte (CE), mas o relator na CAE e na CAS, senador Styvenson Valentim (Pode-RN), decidiu resgatar o texto aprovado pelos deputados federais. Ele defendeu a proposta da forma como veio da Câmara dos Deputados, para evitar que emendas e o substitutivo já aprovado na CCJ levem o projeto a retornar à análise dos deputados.

Mesmo reconhecendo que algumas alterações propostas pelas comissões do Senado são meritórias, o ganho para a sociedade que elas proporcionariam é comparativamente pequeno, frente ao tempo adicional que teríamos de aguardar para que a Câmara deliberasse sobre essas inovações — defendeu o relator. Mas a votação da proposta enfrentou resistência. Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE) apresentaram voto em separado para incorporar mudanças sugeridas durante a análise do projeto na CCJ e na CE.

Eles defenderam, entre outros pontos, a definição de parâmetro mínimo de porte de droga para diferenciar usuário de traficante e a facilitação do processo de importação e comercialização de derivados e produtos à base de cannabis — princípio ativo da maconha — para uso terapêutico.

Também criticaram a não inclusão à atenção psicossocial, ao lado do tratamento ambulatorial, como forma prioritária de tratamento dos dependentes de drogas. Segundo Humberto Costa, a proposta traz de volta a abstinência como objetivo do tratamento da dependência, quando as políticas mais modernas voltadas ao tratamento de saúde de usuários estão focadas na redução de danos.

Não estamos discutindo liberar o consumo de drogas não, nem descriminalizar. O que é que há de novo nesse projeto? Comunidade terapêutica já existe, já recebe recursos. Elas precisam de regulamentação, de regras para não transformar a comunidade terapêutica em uma manicômio. Rede assistencial de saúde que não é sequer citada no projeto… É como se houvesse apenas uma abordagem para enfrentamento da questão: a abstinência — criticou.

Apresentado pelo ex-deputado e atual ministro da Cidadania, Osmar Terra, que esteve presente à votação, o PLC 37/2013 agrava as penas do acusado que atue no comando individual ou coletivo de organização criminosa. A pena mínima, nesse caso, passa de 5 para 8 anos de reclusão. A pena máxima permanece em 15 anos. O texto define como organização criminosa a associação de quatro ou mais pessoas com estrutura ordenada para a prática de crimes cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos.

Para tentar evitar a aplicação de pena de tráfico a usuários, a proposta cria um atenuante na lei. O projeto prevê a redução da pena quando o acusado não for reincidente e não integrar organização criminosa, ou se as circunstâncias do fato e a quantidade de droga apreendida demonstrarem o menor potencial lesivo da conduta. Nesse caso, a pena deverá ser reduzida de um sexto a dois terços.

A norma, contudo, continua sem estabelecer critérios objetivos. Segundo o relator, caberá ao juiz avaliar caso ao caso. Styvenson exaltou essa medida, que, segundo ele, “permite a punição mais branda de traficantes de pequeno porte e daqueles que simplesmente transportam drogas”. O efeito provável dessa intervenção, conforme pontuou o relator, será a diminuição da população carcerária, já que cerca de 25% dos homens, e mais de 60% das mulheres, encontram-se presos por tráfico de drogas. Mas, para o senador Rogério Carvalho, sem um critério objetivo, abre-se caminho para a manutenção do encarceramento em massa sob o pretexto de tráfico de drogas. Ele alega que pode haver discrepâncias entre o que cada juiz ou policial considera tráfico.

— Poderíamos dizer, legislar, tratar da questão central sobre o que é usuário e o que é traficante. Estamos nos negando e deixando para que, na ponta, o policial, o juiz de primeira instância, o promotor, defina diante das circunstâncias se é ou não é traficante — apontou.

Juíza Selma (PSL-MT) e Fabiano Contarato (Rede-ES) argumentaram que a situação é subjetiva e exige das autoridades policias e do Judiciário uma interpretação dos fatos.

— Não há como engessar uma circunstância. Devemos de fato julgar casa a caso. Definir objetivamente nunca vai funcionar. O traficante sempre vai dar um jeito de aliciar ppequenos traficantes paras satisfazer o seu comércio — avaliou a senadora.

Para Styvenson, definir uma quantidade aceitável para o usuário seria, na prática, legalizar as drogas

— Esse projeto não se trata do quantitativo, mas do acolhimento, do cuidado, de onde serão cuidados e como serão reinseridos. Eu entendo que colocar um quantitativo seria uma permissão hoje para o uso de drogas no nossos país.

O texto possibilita a alienação de veículos, embarcações, aeronaves, máquinas, ferramentas, instrumentos e objetos de qualquer natureza usados no tráfico de drogas antes mesmo de promovida a denúncia.

Internação compulsória

O projeto modifica a Lei de Drogas (Lei 11.343, de 2006) e outras 12 leis. O texto determina que o tratamento do usuário ou dependente de drogas ocorra prioritariamente em ambulatórios, admitindo-se a internação quando autorizada por médico em unidades de saúde ou hospitais gerais com equipes multidisciplinares. A internação poderá ser voluntária (com consentimento do dependente de drogas) ou não. A involuntária, também chamada de compulsória, dependerá de pedido de familiar ou responsável legal ou, na falta destes, de servidor público da área de saúde, de assistência social ou de órgãos públicos integrantes do Sisnad e será formalizada por decisão médica.

Essa internação involuntária dependerá de avaliação sobre o tipo de droga, o seu padrão de uso e a comprovação da impossibilidade de uso de outras alternativas terapêuticas. O dependente químico poderá ficar internado involuntariamente por até 90 dias para desintoxicação. O familiar ou representante legal pode pedir ao médico a interrupção do tratamento a qualquer momento.

Todas as internações e altas deverão ser informadas ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a outros órgãos de fiscalização do Sisnad em 72 horas. O sigilo dos dados será garantido.

Ao criticar a atual redação da proposta, Humberto Costa afirmou que, diferentemente do previsto na Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216/ 2001), o texto que veio da Câmara não atribui à família ou ao responsável legal o poder de determinar o fim da internação involuntária.

Comunidades de acolhimento

Outra forma de atendimento ao usuário ou dependente prevista no projeto é o acolhimento em comunidades terapêuticas, que passam a ser incorporadas ao Sisnad. São definidas no projeto como pessoas jurídicas, sem fins lucrativos, que realizam o acolhimento do usuário ou dependente de drogas. As comunidades terapêuticas acolhedoras devem oferecer ambiente residencial propício à promoção do desenvolvimento pessoal e não poderão isolar fisicamente a pessoa.

A adesão e permanência são voluntárias. Usuários que possuam comprometimentos de saúde ou psicológicos de natureza grave não poderão ficar nessas comunidades. O ingresso nelas dependerá sempre de avaliação médica, a ser realizada com prioridade na rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, existem mais de 1,8 mil comunidades terapêuticas espalhadas pelo país. Esses estabelecimentos filantrópicos fazem o acolhimento do usuário ou dependente químico, mas não se caracterizam como unidades de saúde, conforme destacou Styvenson.

No substitutivo apresentado, Rogério Carvalho (PT-SE) e Humberto Costa (PT-PE) impunham uma série de exigências a essas comunidades, como a existência de equipe multiprofissional e respeito à liberdade de crença e o exercício de manifestações religiosas. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que apoiou o relatório de Styvenson, disse conhecer a realidade dessas comunidades, que classificou como “muito sérios”.

— O que aprovamos aqui é reconhecer a importância dessas comunidades e dar a elas condição financeira para sua manutenção. As comunidades terapêuticas vivem hoje de doação. Esse discurso de que é para desviar recursos públicos é de quem não tem conhecimento do trabalho sério dessas comunidades — disse Eliziane.

Reinserção social e ações fiscais

Um conjunto de ações fiscais e sociais também foi pensando para dar suporte a essa revisão da política nacional de drogas. O projeto permite a dedução do Imposto de Renda da pessoa física ou jurídica, de até 30% de quantias doadas a projetos de atenção ao usuário de drogas previamente aprovados pelo Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas. Esses recursos, podem, por exemplo, ajudar a financiar ações e atividades das comunidades terapêuticas acolhedoras.

Outra forma de incentivo fiscal é a doação aos fundos federal, estaduais e municipais, cujo valor poderá ser deduzido do imposto de renda devido no limite de 1% (empresas tributadas pelo lucro real) e 6% (pessoa física). Essas doações poderão ser em bens ou em espécie.

Na esfera social, foram previstas ações como reserva de 3% das vagas em licitações de obras públicas com mais de 30 postos de trabalho para pessoas atendidas por políticas sobre drogas, e oferta de vagas aos usuários do Sisnad nos cursos de formação profissional oferecidos pelo Sistema S.

Maconha

Entre os pontos aprovados em outras comissões, mas que foram descartados pelo relator, está a possibilidade de importação de derivados e produtos à base de cannabis para uso terapêutico e a criação de um limite mínimo de porte de drogas para diferenciar usuário comum de traficante.

“Propõe-se também incluir no PLC, dispositivos garantindo o direito de importar medicamentos à base de canabidiol (CBD), mas trata-se de iniciativa que não guarda relação direta com o objeto do projeto. Ademais, é assunto que já está sendo devidamente resolvido por regulamentação infralegal emanada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)”, argumenta Styvenson no relatório.

Semana Nacional de Drogas

Também foi instituída a Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas, voltada para as atividades de prevenção, de atenção à saúde e a divulgação de ações que visem estimular o diálogo e a inserção social de pessoas que fazem uso de drogas. A ideia é que eventos com esse objetivo aconteçam anualmente na quarta semana do mês de junho.

Informação e avaliação

O projeto estabelece que caberá à União criar e manter um sistema de informação, avaliação e gestão das políticas sobre drogas. O governo federal terá também de elaborar metas, prioridades e indicadores e adotar medidas para fortalecer a política nas fronteiras.

Já os estados, terão de estabelecer e manter programas de acolhimento, tratamento e reinserção social e econômica. A elaboração de programas de prevenção caberá aos municípios.

Estados, Distrito Federal e municípios deverão elaborar seus respectivos planos de políticas sobre drogas.

Na sequência, o PLC 37/2013 será votado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e pelo Plenário do Senado. Se o texto aprovado pela Câmara também for mantido nessas duas instâncias de votação, será enviado, em seguida, à sanção presidencial.

Fonte - Exame

7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!

Embora cada um dos passos seja autônomo, todos eles se misturam até certo ponto, uma vez que interagem uns com os outros.


7º Passo - "Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos"

7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Este passo, pode parecer um simples reflexo do 6º Passo, onde dedicamos tempo e esforço para reconhecer nossos defeitos de caráter, e tomamos real consciência deles. Há porém, muito mais nesse passo do que preencher um pedido ao nosso Poder Superior, e esperar uma resposta Dele. Todos os passos anteriores, serviram para semear a humildade em nós mesmos, em nossos espíritos, embora muitos de nós, tenham certa dificuldade em entender o significado da palavra "humildade", que é muito diferente de "humilhação". A humilhação nos remete à vergonha, em lado oposto, a humildade não é algo que se requer "reconhecimento". Seria um estado de consciência sobre nossa própria condição em relação ao mundo que nos cerca e às situações que nos cercam, conjuntamente com uma reação diante desse mundo e destas situações, que se encaixa em um caminho espiritual (nossos novos princípios) ao qual, nos propusemos a trilhar. 

A humildade não pede reconhecimento, não requer motivação, pois torna-se automática em nossas vidas, a partir do momento em que vivemos realmente a mudança espiritual. Humildade, também não significa submissão a situações que possam nos prejudicar, denegrir, ou diminuir, mas sim, saber reagir de forma acertada, sem que isto nos afete os princípios pelos quais norteamos nossas vidas.



A chave é: Precisamos encontrar uma forma para que este "pedido" se encaixe em nosso caminho espiritual pessoal, e por consequência, devemos praticar princípios espirituais, no lugar dos nossos defeitos de caráter.


O Caminho

Vindos de um mundo de manipulação (na adicção ativa) enquanto fazíamos o uso, mundo no qual, nos tornamos invariavelmente desumanos sob vários aspectos, sentimentos de culpa e auto piedade eram sempre presentes. Os primeiros passos, nos levaram exatamente a perceber que somos humanos, e a conhecer nossa responsabilidade diante das situações. Não somos vítimas das consequências resultantes dos nossos atos, mas sim, responsáveis. Por outro lado e ao mesmo tempo, também descobrimos em quais situações não eramos, ou somos, responsáveis, eliminando a comiseração e culpa sobre tudo que acontece ao nosso redor.

Humildade, também se define como o conhecimento de nossa própria humanidade, o que significa tomar decisões, boas ou ruins, estar conscientes delas, e assumir a responsabilidade das consequências, boas ou ruins.
Nesse caminho, construímos e estamos construindo agora incessantemente, nosso relacionamento com Deus, Poder Superior primordial nesta nova maneira de viver. Esta então, pode ser uma ordem cronológica digamos assim, da sequência desta nova maneira de viver em forma resumida: Admissão (passo um), Fé (passo dois), Decisão (passo quatro), Ação e Consciência (passo quinto), Prontidão e Boa Vontade (passo seis), Humildade e Mudança (passo sete).

Princípios Espirituais

No sétimo passo, focalizamos a rendição, confiança, fé, paciência, humildade, além de, levar a nossa rendição a um nível mais profundo. No primeiro passo, nossa rendição perante as drogas, foi a base, mas, conforme descobrimos com o decorrer de nossa caminhada, que a "droga", é somente a "ponta do iceberg", cada vez mais esta rendição, deve ser também diante de situações, pessoas, lugares, e de nossos defeitos de caráter. Não consigo dominar sozinho um defeito meu...portanto, peço auxílio ao Poder Superior, o Deus que concebo, para que me ajude nessa empreitada, utilizando os princípios espirituais citados, e desenvolvendo uma ação positiva.
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Diante dos defeitos
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Em Deus
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
Nessa confiança
7º Passo - Humildemente pedimos a ELE!
A pratica profunda da consciência
Seguir em frente

Podemos nos perguntar se tudo isto realmente vai funcionar. Os princípios da fé, e da confiança, são essenciais neste passo. Como podemos ver, não basta apenas fazer um simples pedido a Deus, e acreditar que tudo que não gostamos será removido como num passe de mágica. Realmente, é necessária a fé e a confiança, de que todo um processo vai funcionar, e este processo inclui os demais princípios, onde nossa atuação paciente, vai dar resultados, através da mudança interior.

Tomar consciência, pedir a Deus, e praticar os princípios que irão substituir os comportamentos e defeitos de caráter doentios. Agindo desta forma, os resultados vão aparecer, e iremos superar uma a uma as barreiras e correntes que nos prendiam a dor, e sofrimentos que na verdade, não nos pertencem. Aliás, algumas desta "dores", não vamos poder evitar, porque são consequência até de nossas ações no passado, mas, vamos descobrir, que não precisaremos viver com essa dor pelo resto da vida, chegará determinado momento, que nossa consciência apontará, que algumas destas "dores", não mais nos pertencem. Começamos a viver vidas, mais espiritualizadas.

Fonte de consultas - Guia para Prática dos 12 Passos de NA
Mais 24 Hrs - Autor


80% dos usuários de outras drogas começam pela maconha

'80% começam pela maconha', diz psicólogo que atende viciados no AM


80% dos usuários de outras drogas começam pela maconha
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que cerca de 1,5 milhão de brasileiros consomem maconha diariamente no Brasil. No Amazonas, não há números exatos sobre o problema, mas as instiutições que cuidam de dependentes vivem cheias. Só em 2011, cerca de 1.100 pessoas pessoas passaram pelo Serviço de Atendimento Psicossocial às Famílias (Sapif) voltado para problemas envolvendo o consumo de drogas.


A pesquisa da Unifesp, publicada nesta quarta-feira (1) pelo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), indica também que oito milhões de pessoas no Brasil já experimentaram a droga pelo menos uma vez na vida, e cerca de dois milhões a consomem diariamente.

  • Tida como a substância ilícita mais consumida no mundo, a maconha também é considerada, segundo psicólogos, o meio de acesso aos entorpecentes mais pesados, como cocaína, crack, heroína, entre outros. De acordo com informações da Secretaria de Assistência Social e Cidadania do Amazonas (Seas), mais de 1.100 pessoas passaram pelo Serviço de Atendimento Psicossocial às Famílias (Sapif) no ano de 2011, que atende em média 15 com quadro de dependência química por dia na capital amazonense.


    Com investimento de R$ 1,6 milhão ao ano, o serviço oferece aos dependentes atendimentos clínicos, ambulatoriais e, dependendo da situação, internações em uma das unidades conveniadas, como a Fazenda da Esperança, o Desafio Jovem, o Serviço Missionário do Amazonas (Recanto da Paz e Sítio Feminino de Apoio Ester), o Núcleo de Tratamento Ambulatorial e Atenção às Famílias (NAF Brasil), o Instituto Novo Mundo e a Sociedade Beneficente Cristã do Amazonas.

    Localizada no Km 14 da BR-174, a Fazenda da Esperança, dirigida por religiosos, abriga em média cem jovens do sexo masculino. “Infelizmente sempre estamos com a casa cheia”, afirmou o psicólogo da instituição, Péricles de Miranda Ribeiro. Ainda segundo ele, cerca de 80% dos jovens internados na Fazenda da Esperança iniciaram no mundo das drogas através da maconha.

  • De acordo com a pesquisa publicada pelo Lenad, mais de 60% dos usuários de maconha experimentaram a droga pela primeira vez antes do 18 anos. Desses 62%, cerca de 35% dos usuários usaram pela primeira vez aos 16 anos. “A grande maioria dos usuários internados aqui são jovens na faixa dos 18 aos 25 anos. No caso dos mais velhos, a partir dos 35 anos, o problema se torna o álcool”, completou Péricles.


    Além dos serviços de internação e ambulatorial, o Sapif promove encontros trimestrais com as famílias e mesa redonda com as entidades conveniadas. Já o Projeto Ame a Vida, que funciona nos Distritos Integrados de Polícia (DIPs), também realiza reuniões com as famílias nos bairros e promove rodadas de discussões sobre o combate e prevenção às drogas. O projeto Ame a Vida foi criado em 2008 e até hoje já atendeu mais de 600 mil pessoas em Manaus.

    Ainda de acordo com o estudo da Unifesp, 75% dos entrevistados (cerca de 111 milhões de pessoas) é contra a legalização da maconha no país; 11% (cerca de 16,3 milhões) é a favor da legalização; enquanto 14% (cerca de 20,9 milhões) não tem uma opinião formada sobre a questão.

    Fonte - G1

    6º Passo - Prontificar-se

    Trabalhando a boa vontade e comprometimento



    Após os 5 primeiros passos, se os trabalhamos com minúcia e boa vontade, estamos agora aptos a desenvolver e por em prática essencialmente alguma humildade. Somos capazes de ver a nós mesmos, mais claramente.



    6º Passo "Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter."




    Este, é um dos passos que não "funciona" de forma imediata, ou seja, nada vai acontecer de uma hora pra outra, como num estalar de dedos. É um longo processo, que frequentemente pode durar toda uma vida. Estar completamente pronto, é atingir um estado espiritual onde nós estamos não só conscientes de nossos defeitos, mas cansados deles, e confiantes de que o Deus da nossa compreensão removerá o que for preciso.

    Ao iniciar este processo, alguns destes nossos defeitos, são tão claros e gritantes, que aparece uma reação imediata diante deles, pela qual queremos que eles sumam, hoje mesmo. Estamos vendo-os pela primeira vez em toda a sua "glória", mas, ao passar esta primeira reação, na verdade estamos prestes a encarar nossos "medos" e inseguranças, diante da "falta" desses defeitos em nossas vidas. Alguns, nem bem defeitos chegam a ser, mais parecendo técnicas de sobrevivência, construídas ao longo de toda uma vida, construção esta, norteada pela adicção.

    "A adicção para alguns, criou uma espécie de imagem, e pensamos que nos tornamos com o tempo, "pessoas bacanas apesar de...", e se nos tornarmo-nos agora "cidadãos respeitáveis", ou pessoas "normais", não vamos saber como conviver com isso. É aquela história: "Existem partes de mim, que ainda gosto como são...", ou, "sou assim mesmo...é o meu jeito de fazer as coisas". Vem inevitavelmente certo medo, e insegurança diante daquilo que é novo para nós, daquilo que até agora, desconhecíamos. Isso é normal. Importante salientar, que, todos nós somos pessoas "normais". A adicção não torna as pessoas anormais, a adicção, ou dependência química é uma doença, tratável, e se estagnada, o portador pode viver uma vida plena e completa, melhor até quem sabe, do que aqueles que não possuem a doença.

    Nossos defeitos, ou falhas de caráter, em sua maioria não surgiram do dia pra noite, em grande parte estas falhas já existiam antes mesmo do uso de substâncias propriamente dito, pois que temos que lembrar que, o uso de drogas, é somente a ponta do iceberg, é a bem dizer, uma consequência da doença, e não o principal dela.

    Somos ainda inseguros? Ainda tentamos provar aos outros o quanto somos melhores? Usamos de subterfúgios e pequenas mentiras? Ainda somos desonestos? Não nos colocamos na situação do outro, entendendo que todos tem necessidades? Estes são alguns exemplos óbvios de comportamentos e por que não "sentimentos" que estão enraizados em nós...


    A droga agora, deixou de ser o "problema", pois, paramos de usar. Iniciamos o processo dos passos, e começamos a limpeza interna, o foco agora então, inevitavelmente aponta para nós mesmos. Nesse momento é necessário deixar que esta luz, revele quem somos de verdade, e que nossa confiança no Poder Superior, alimente a boa vontade em querer caminhar para aquilo que gostaríamos de nos tornar, pessoas melhores.

    Precisamos manter a confiança e a esperança que o processo de recuperação funciona, mesmo no caso dos defeitos mais enraizados.

    Que Deus removesse...

    O sexto passo deixa claro que somente um poder maior do que nós mesmos, pode remover nossos defeitos de caráter, isso requer um nível de compreensão tal acerca deste passo, que nos permita efetivamente levar a bom termo uma rendição verdadeira.

    A primeira coisa que fazemos, como foi dito anteriormente, e decidir  que não queremos mais nossos defeitos de caráter. Infelizmente, isso se torna tão inútil, quanto nossas tentativas fracassadas de controlar nossa doença. Podemos até ter sucesso durante algum tempo, mas iremos constatar, que alguns destes defeitos são parte de nós, e estaremos sujeitos a repetir nossos piores defeitos, em situações estressantes.

    O trabalho do sexto passo então, é muito parecido com o trabalho dos dois primeiros passos. Requer uma RENDIÇÃO, um olhar no sentido de que, fomos DERROTADOS por uma força interna, que só nos trouxe dor e degradação. Precisamos assim, aceitar o fato de que não podemos remover por nós mesmos, nossas própria imperfeições, e nos prepara então para pedir, no sétimo passo, que o Deus de nossa compreensão remova-as para nós.

    Nossos defeitos

    Porque temos certas atitudes? É culpa de alguém? Quando foi que nos sentimos assim pela primeira vez? Porque? Como? Onde?. Há um cuidado essencial, em evitar a obsessão neste passo, pois esta nos levará a perder o foco real do sexto passo. O objetivo, é aumentar  a CONSCIÊNCIA a respeito das nossas falhas e defeitos de caráter, para nos prontificarmos inteiramente a tê-los removidos, e não analisar sua origem ou causa.

    Veja um exemplo, temos necessidades, todo ser humano as tem. Por exemplo, precisamos de amor. Nossos defeitos entram em ação então, na maneira como buscamos este amor, e esta é a chave. tendo consciência de quem realmente nos tornamos, teremos consciência para analisar se nossas ações estõa sendo norteadas por antigos defeitos de caráter, ou seja, forçamos situações usando meios e mecanismos falhos e deturpados, ou realmente estamos agindo naturalmente e de maneira normal em uma situação?

    Uma medida prática, é por exemplo, ao verificar os defeitos, saber qual o principio espiritual oposto a ele, e fazer uma comparação em nossas ações.

    Princípios Espirituais

    Agora de fato, podemos perceber claramente nossas imperfeições, no cotidiano de nossas vidas. Podem existir momentos, em que nossa consciência enfraquece, e deixamos de vigiar nossos atos nas mais variadas situações. Para aqueles que estão pela primeira vez experimentando o trabalho com o sexto passo, pode parecer que realmente teremos que, muitas vezes, despender uma energia enorme para não deixar que as circunstâncias nos levem a velhos hábitos, comportamentos, e falhas. Mas, a confiança e a PERSEVERANÇA nos fará, a cada dia de esforço, e a cada situação SUPERADA, deixar as coisas cada vez mais leves, com o passar do tempo. Quando nos posicionamos como "fortes", eis que estaremos fracos...ao sempre lembrar de nossas fraquezas, seremos "fortes. Ao contrário do que possa parecer, a dependência de um Poder Superior em nossas vidas, e o firme propósito de mudança com confiança e perseverança, nos tornarão cada vez mais livres.
    6º Passo - Prontificar-se
    Palavra Chave deste Passo - Ação Necessária

    6º Passo - Prontificar-se
    Imprescindível
    6º Passo - Prontificar-se
    Posicionamento
    Estamos em busca, de uma melhora gradual, mas constante, e não uma perfeição instantânea.

    O princípio espiritual da BOA VONTADE, indica que estamos dispostos a uma mudança, e nos esforçaremos para isso. Se fomos desonestos, vamos nos esforçar em busca da honestidade, seja em palavras, atos, pensamentos, ações, ou atitudes.

    Veja um exemplo de algo que pode corroer a recuperação neste passo: Temos a consciência de que, em determinado momento, não estamos sendo totalmente honestos, mas, essa desonestidade, não terá grandes consequências, e ficamos tentados a deixar como está e seguir em frente. Esse tipo de situação, que parece pequena, é a que vai realmente por a perder o trabalho deste passo. Não existe meia honestidade, meia-verdade, ou meia-mentira. 

    Existe diferença entre mentir, e ou calar. Por exemplo, não precisamos falar do nosso passado em uma entrevista de emprego, se o entrevistador não perguntar, isso não é omitir, ou mentir, apenas, o entrevistador não perguntou. Se algum dia vier a perguntar, a honestidade de fato diz então, que se for o caso, se responda as perguntas com franqueza, e serenidade, confiando no Poder Superior. Isso é CONFIANÇA e AUTO-ACEITAÇÃO.
    6º Passo - Prontificar-se
    Atitude

    6º Passo - Prontificar-se
    Traduz-se em leveza
    6º Passo - Prontificar-se
    Sempre necessária
    ACEITAMOS nosso passado, mas nos posicionamos com COMPROMETIMENTO para modificar o presente. O grau de boa vontade que teremos que desenvolver neste passo, requer um grau correspondente de fé e confiança. Devemos acreditar que nosso Poder Superior, vai trabalhar em nossas vidas, no tempo certo, na medida do nosso esforço, e da maneira que precisamos.

    Não seremos perfeitos hoje, nem nunca. Mas temos a consciência das nossas falhas, e a natureza delas, e agora com nossa melhor boa vontade prontificamo-nos INTEIRAMENTE  e não em partes, a permitir que Deus trabalha em nossas vidas, por meio desta boa vontade.

    Só por hoje, isso funciona.

    Mais 24 Hrs

    Fonte de Consultas - Guia para Trabalhar os Passos de NA

    Como acabar com a cracolândia

    Quem quer acabar com a cracolândia



    Alguém já deve ter escutado o ditado que diz: "O mundo é perfeito, os seres humanos é que são complicados...". Bom, conforme o tempo passa, eu pessoalmente acredito cada vez mais nessa máxima.
    O mundo, na verdade, anda complicado. Uma coisa que aprendi na vida, é que quando se trata de algo que envolve pessoas diferentes entre si, seja uma empresa, uma associação, etc, se nós colocarmos nossas "personalidades" acima dos "princípios", problemas com certeza vão acontecer. Então, hoje vivemos em um mundo polarizado, como algumas pessoas chamam, ou seja, pontos de vista opostos, opiniões opostas, e conflitantes entre si pela intolerância pessoal de cada um, e aí, entra a parte "personalidades acima de princípios". Mas, então não devemos ter uma opinião firme, ou posicionamento sobre os mais variados assuntos? Lógico que sim, a questão é não radicalizar estas opiniões, ou seja, respeitar o contraditório, respeitar os divergentes.

    Eu pessoalmente tenho uma posição política, defendo esta posição com os argumentos que entendo serem coerentes, e tenho uma opção por regime econômico. Não se deve confundir regime de governo (presidencialismo, parlamentarismo, ditadura, etc), com regime econômico (basicamente socialismo, e capitalismo), apesar de que, alguns regimes de governo também o são econômicos, mas há outros distintamente separados. 

    A Cracolândia
    Como acabar com a cracolândia
    Cracolândia antes da "remoção"
    O que é a cracolândia? É de direita? De esquerda? De centro? Ou liberal? É pois capitalista, ou socialista? Pois é...nenhuma das opções. A cracolândia, também não é um "problema" por assim dizer, mas sim, um RESULTADO, uma consequência, um reflexo.


    Cracolândia, terra do crack

    Porque é chamado de cracolândia? Bom, não é só porque lá, neste local, tem, ou havia o "crack" a vontade, que é a droga em questão. (Veja: O que é droga?) Chamou-se de cracolândia, pois o local faz uma referência a permissividade, a liberalidade, ou seja, uma espécie de área livre para o uso desta substância, e de outras...Sem lei, sem ordem, sem condições de vida, sem alimentação regular, sem assistência, sem nada. Sob este ponto de vista, o Brasil então, ou algumas áreas do Brasil, poderia ser chamado de uma grande cracolândia, não? Lógico, o único detalhe é que naquela cracolândia de São Paulo, e em outras similares por capitais do país, a CONCENTRAÇÃO é destacada. 

    No caso da CRACOLÂNDIA BRASIL, tudo fica mais "espalhado"...A CRACOLÂNDIA BRASIL, é o resultado de, ou igual a: falta de emprego, falta de qualificação, estrutura em saúde e saneamento, segurança, falta de moradias, falta de investimento, falta de opções.

    A CRACOLÂNDIA SÃO PAULO, é o resultado de: 

    1 - Uma droga muito "eficaz" no que tange a destruição do ser humano;
    2 - Negligenciamento público quanto a estruturação de locais adequados para tratamento de dependentes químicos;
    3 - E os pontos restantes são inerentes à CRACOLÂNDIA BRASIL.

    Nas redes sociais, pode-se acompanhar os mais diversos pontos de vista:


    • Existem os defensores da cracolândia (acredite, existem e não são usuários...);
    • Existem aqueles que simplesmente opinam em "matar" todos e ponto;
    • Outros dão soluções religiosas, médicas, ou policiais;
    • Outros realmente gostariam de fazer algo, mas não sabem o que fazer.

    A realidade é que, essa situação, e outras iguais no país e no mundo até, não se resolvem do dia pra noite, elas são um "RESULTADO", não um acontecimento. E resultados vem de ações ou omissões, resultados podem ser POSITIVOS, OU NEGATIVOS, e logicamente no caso da cracolândia, são negativos.

    Agora, importa menos a questão: Como chegamos nesse ponto?, do que a questão: O que faremos? Num caso desses, não importa mais, ao menos para estas pessoas que estão "presas" a essa dependência, como é que a cracolândia surgiu, mas sim, qual a solução não só para por fim a cracolândia, mas a solução para as vidas destas pessoas.

    Um aparte 
    Como acabar com a cracolândia
    Usuário de crack
    Na época da escravidão, ou melhor, na época em que o fim da escravidão ganhou espaço nos países, um questionamento era feito (e inclusive pelos próprios escravos), na sociedade daquela época: "O que faremos com nossa liberdade". Sim, pois que, um indivíduo que até ontem, era considerado por muitos um mero "animal", não um ser humano, perguntava-se quais perspectivas teria para o futuro. Emprego, casa, condições de vida, alimento, etc...E realmente, é inegável o quanto a sociedade, em boa parte uns mais outros menos, pelejou no que diz respeito ao racismo, e isso até os dias atuais.

    Bom, nesse aparte, vale a mesma pergunta para os "escravos" da cracolândia: "O que eles farão com a liberdade?", ou melhor dizendo, "O que farão após serem libertados da cracolândia?". Logicamente, continuam escravos de uma doença, do vício, do crack, e sob este aspecto, qual perspectiva de vida e/ou de sobrevida? Ainda há um porém, diferentemente do aparte apresentado, a escravidão dos tempos antigos, era uma condição mais externa (imposta) do que interna. Já, a escravidão do crack, se impõe basicamente por uma escravidão interna, é essa, é mil vezes pior, nesse sentido já disse Mahatma Gandhi:


    "A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." 
    Como acabar com "as cracolândias"

    Então, o que fazer? Já sabemos, que acabar simplesmente com a cracolândia, não vai resolver a questão dos indivíduos que estão lá, é o primeiro passo, sim pois, o primeiro passo é a ordem, a presença de "sociedade civilizada", lei, sem isso, nada ocorre. Naquela situação, agora recente em São Paulo, em minha opinião o poder público agiu corretamente em sua postura firme, devolvendo aparentemente ao local, a presença de "sociedade civilizada", com lei, e ordem, mas, infelizmente, não tinha um plano preparado para o "The day after". Volta-se a questão: o que o "escravo" vai fazer, após "libertado" do "local de cativeiro", sim, porque em verdade, CONTINUA ESCRAVO do crack...

    É complicado. Certamente, ainda mais do jeito que o nosso país anda (quebrado e corroído pela política em todos os níveis), não vai ser da noite pro dia, que a solução vai ser realizada. Planos, vontade e ideias, tem dezenas, centenas...mas o que falta é o OBJETIVO, o CONCRETO, o real e possível a FAZER. 


    NÃO SE RECUPERA NINGUÉM, ainda mais um dependente de crack, com: bolsa crack, pensão paga pra morar, ou até mesmo trabalho (ainda que essencial após o processo de tratamento). Um dependente de uma droga tal qual o crack, "desaprende" a viver, perde a estrutura interna, ou seja, é impraticável querer (salvo 1 em 1 milhão) retirar o indivíduo de uma condição de rua, e total dependência de uma droga, e querer imediatamente REINSERI-LO na sociedade. É um absurdo, porque não dizer, uma perca de tempo. Esse cidadão, deve passar obrigatoriamente por um TRATAMENTO, quer seja, internação, ou ambulatorial, e na maioria dos casos em se tratando de crack, ambulatorial não surte efeito. A pessoa deve ser "afastada" do meio social comum, para REAPRENDER hábitos, receber assistência médica, psicológica, e ter conhecimento de um tratamento psicoterapêutico que vá nortear sua vida no pós internação, além de, acima de tudo, buscar a Deus. Com a devida licença a ateus e etc, a crença em um Poder Superior (da forma e maneira como a pessoa concebe, seja evangélico, católico, luterano, etc) e o auxílio Deste, é FUNDAMENTAL na recuperação, logicamente na vida de cada um de nós, mas daí vai da crença pessoal de cada indivíduo. E porque? A Dependência Química é uma doença, com características: sociais(comportamentos), físicas(tolerância), psicológicas(compulsão e dependência) e espirituais. A questão do lado espiritual da doença DQ, é de que entre outras coisas, somente algo MAIOR que nós mesmos, ou que o próprio dependente, pode suprir, e substituir, e ajudar, e devolver a SANIDADE à ele, pois que, se sugere que seja um Deus, ONIPOTENTE, AMOROSO, E MISERICORDIOSO.
    (Veja: Tratamento para DQ, Biologia da Toxicodependencia)
    Muito importante, agora sob o aspecto do usuário, é que: é necessário QUERER..não há recuperação possível e eficaz, se a pessoa não quer. Em estando disponíveis os meios, sejam eles quais forem e de que tipo forem, de nada vão adiantar se o indivíduo não quiser.

    Discordo que, a internação compulsória, se devidamente organizada, e supervisionada, não seja indicada. Não sou médico, mas ver um médico dizer simplesmente que não deve se internar a força um dependente grave de crack, por questões vazias, e sem sentido, embrulha o estômago. 

    Veja, é uma condição quase que essencial, que o indivíduo queira se recuperar. Mas, por outro lado, quando e se, a pessoa chega em um extremo de um condição tal, que não tem mais capacidade de se auto-governar, vivendo exclusivamente para a droga, nesse caso, ainda que a pessoa não queira, é válido a internação "forçada". É uma OPORTUNIDADE, e existe a possibilidade, que mesmo de maneira forçosa, o indivíduo possa desenvolver a vontade pela recuperação. Porque senão, qual a outra opção? Se não vejamos, se a pessoa não quer: Tratar-se, trabalhar, não quer ajuda, então ok, fica nas ruas por conta, mas então formam-se aí, as cracolândias da vida, em São Paulo, no Rio, em Porto Alegre, e por aí vai. E aí? Ficam ali, sustentando parasitas humanos (traficantes) por intermédio de furtos, roubos, e mortes? Qual a opção, criar guetos? Lógico que não.


    Nesse sentido então, o país, o nosso país demanda de logicamente o básico para todos os cidadãos, veja, se pessoas que não tem nenhuma dependência, que vivem e trabalham etc, já não tem a estrutura adequada por parte do governo, sejam, escolas de qualidade e inteiras, hospitais públicos, programas de financiamento a moradias(honestos e que funcionem), rede social, rede viária, estrutura de segurança, etc, ainda mais nessa situação, os dependentes de drogas. Ou devem ser construídos centros de recuperação, ou e acredito ser o melhor, aumentar recursos para Comunidades Terapêuticas e Clínicas de Reabilitação. Porque é melhor a segunda opção? Porque no Brasil, já é tradição o governo "não funcionar direito", tudo fica bonito somente no papel, então, terceirizar estas ações, seria mais barato, e teria um serviço de melhor qualidade. Ao governo, caberia simplesmente fiscalizar, só.


    Como acabar com a cracolândia
    Traficante na cracolândia
    O fim da cracolândia em São Paulo, é ótimo, excelente, e necessário...mas faltou um planejamento anterior, e isso não é somente responsabilidade deste governo que lá está, e sim, de todos os governos anteriores, pois a bem da verdade, existem governos, que tem sim é interesse que a cracolândia continue, a cracolândia é "boa" para eles no sentido em que: cria certo caos, cria dependência do governo, desvia a atenção.Essa é a mais pura verdade. Afora é claro, que a "estrutura" definida como cracolândia, é também do interesse e dirigida por criminosos do tráfico, que tem nos usuários, verdadeiros soldados que vão defender "esse território", por apenas uma pedra, matarão em alguns casos, se preciso for.

    Não é humanamente possível admitir, que seja aceitável uma situação destas. Não há justificativa. A "força" policial é totalmente justificada porque existia, nesse caso, uma situação de crime, de direito das pessoas circunvizinhas ao local, de segurança, e de saúde pública, então, lógico que os usuários vão "resistir", pois estão apoiados pelos traficantes do local, dessa maneira, não há outro meio senão a intervenção pelo uso da força necessária, para desimpedir a rua, prender os criminosos, e promover a ordem.

    Sabemos que, o "problema" é bem maior, o "buraco é bem mais em baixo". O Brasil, de norte a sul, sofre com suas "cracolândias" espalhadas por todas as cidades, dizimando vidas, famílias, e recursos sociais. O país sofre com a miséria humana da corrupção, da indecência humana governamental, milhões de desempregados, ingerências de toda sorte em todos os níveis (hospitais, escolas, habitação, etc), o país, parece que nunca vai "funcionar" de verdade. 

    Legalizar, não é solução, como no caso da maconha. Drogas, não são a solução pra nada, já chega as lícitas como o álcool, pra que aumentar este Rool? É preciso educar, informar, fazer por exemplo o meu filho saber (na idade certa e com a informação correta) que ninguém precisa de drogas para viver, para trabalhar, ou estudar, e etc, etc, etc e tal. O foco nessa informação adequada, e evitar primordialmente a experimentação, isso diminui drasticamente os riscos.


    A fé em dias melhores, é que mantém muitas pessoas neste mundo, de pé e confiantes.


    Mais 24Hrs

    Mortes por overdose de heroína se elevam nos EUA

    Heroína adulterada é a causa da crescente onda de ovedoses fatais


    Mortes por overdose de heroína se elevam nos EUA
    Liz Highleyman
    Produzido em colaboração com hivandhepatitis.com
    Publicado: 24 de Maio de 2017

    Novas fontes de heroína e adulteração crescente com fentanil e outros análogos mais fortes estão contribuindo para uma crescente epidemia de mortes por overdose de opióides em várias regiões dos EUA, relataram pesquisadores na 25ª Conferência Internacional de Redução de Danos (RH17) na semana passada, em Montreal.

    Nacionalmente, as overdoses relacionadas à heroína subiram 8% anualmente de 2006 a 2013, de acordo com Dan Ciccarone, da Universidade da Califórnia em San Francisco. Mas o aumento foi de até 50% em alguns estados do Appalachia e Sudeste, e de 30 a 40% nas regiões Nordeste e Atlântico.

    Durante a década passada, os EUA estiveram em estado de epidemia de opiáceos, concentrados em áreas suburbanas e rurais. Em janeiro, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) relataram que as mortes por overdose de drogas, principalmente devido aos analgésicos prescritos e heroína, representaram mais de 28.000 mortes em 2014, superando as mortes por acidentes de veículos e homicídios combinados. Além das mortes por overdose, a epidemia também levou a surtos de HIV e hepatite C.

    Para o estudo da heroína em transição (HIT), Ciccarone e Jay Unick, da Universidade de Maryland, analisaram dados do governo da DEA (Drug Enforcement Administration) e do National Forensic Laboratory Information System, que mostram mudanças no fornecimento de heroína, formulações e contaminação. Eles também analisaram as bases de dados de saúde para avaliar as tendências nacionais e regionais em overdoses, hospitalizações e mortes relacionadas à heroína.

    As apreensões de heroína misturada com fentanyl, se elevaram em 134% de 2009 a 2014, segundo Ciccarone. Em contraste com o aumento dramático ao leste do rio Mississippi, a taxa de overdose tem sido praticamente estável na costa oeste, porque não tem visto um grande afluxo de fentanil como outras partes do país, disse ele.

    Este fentanilo é geralmente produzido clandestinamente utilizando precursores da China, não desviado fentanil farmacêutico, de acordo com a DEA. As agências também estão vendo cada vez mais outros opióides sintéticos relacionados - alguns dos quais são ainda mais fortes - incluindo acetil fentanil, furanil fentanil e o tranquilizante animal carfentanil.


    Normalmente, os usuários de drogas pretendem comprar heroína e, sem saber, obter produtos misturados com fentanil, disse Ciccarone. Porque o fentanil é muito mais forte do que a heroína pura - cerca de 30 a 40% mais forte em peso - e as pessoas injetando o que pensam que é a sua dose habitual ficam em risco de uma overdose fatal. Outro estudo apresentado na conferência mostrou que cerca de 80% das amostras de drogas testadas num local de uso supervisionado em Vancouver, continham fentanil.

    Estudos de "assinatura" de drogas revelaram que o México deslocou a Colômbia como a principal fonte de heroína que flui para estados no Centro-Oeste, na Nova Inglaterra e no Sudeste. A heroína sólida negra ou marrom do México tem sido comum na Costa Oeste, mas a nova heroína mexicana é um pó de cor clara similar ao produto colombiano que predominou no leste. Além disso, uma proporção crescente de heroína apreendida vem de fontes desconhecidas, disse Ciccarone.

    A nova heroína de origem mexicana, novas formulações com provável adulteração eo aumento de fentanil e outros análogos de heroína mais fortes "tornam o uso da heroína mais imprevisível e mortal do que nunca", concluíram os pesquisadores.

    Ciccarone argumentou que a epidemia de opióides deve ser menos tratada como uma epidemia de drogas e mais como uma epidemia de envenenamento, garantindo uma vigilância mais proativa e testes de drogas em si - não apenas as pessoas que usam drogas. Ele também pediu uma resposta mais rápida à overdose, tornando naloxona amplamente disponível para as pessoas que usam drogas e seus entes queridos, mais serviços de redução de danos e mais baseado em evidências tratamento para dependência de drogas.

    "Se opióides sintéticos estão se tornando a nova norma em termos de distribuição e consumo, então a verificação de drogas e locais de injeção supervisionados também devem se tornar as novas normas de saúde pública", disse Rick Lines, diretor executivo da Harm Reduction International.

    "Assim como a crise da Aids produziu inovação em estratégias de saúde pública, como preservativos e troca de seringas estéreis, também a crise de opiáceos que estamos vivenciando atualmente tem o potencial de ser uma mudança de jogo", concluiu Ciccarone. "Esta é uma epidemia de proporções de crise, mas como o HIV é uma crise de oportunidades, o HIV caiu dramaticamente por causa do tratamento e prevenção e ativismo, e a mesma coisa vai virar a epidemia de overdose de drogas nos Estados Unidos".


    Referência
    Ciccarone D et al. US heroína em transição: mudanças na oferta, adulteração e conseqüências. 25ª Conferência Internacional de Redução de Danos, Montréal, resumo 1403, 2017.

    Fonte - aidsmap.com